Um momento romântico

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PIETRO MONTELLATO

Abri a porta de meu apartamento e entrei segurando várias sacolas nas mãos. Fui até o mercado comprar algumas coisas e acabei me empolgando um pouco. Caminho pelo apartamento afim de chegar o mais rápido possivel na cozinha pois as sacolas estavam pesando demais, porém uma cena muito incomum me fez estancar no meio do caminho.

Maria estava dançando pela sala de estar enquanto tirava pó dos móveis, ela estava de costas para mim e provavelmente usava fones de ouvido,porque ela nem notou minha presença. Eu nunca havia visto ela de modo tão descontraído, ela se movia animadamente pelo cômodo remexendo o corpo de modo desengonçado, era engraçado mas ainda assim fofo, tinha um charme especial em seus movimentos.

As sacolas do mercado nem pesavam tanto assim em minhas mãos pois eu estava distraído demais a observando. De repente Maria se virou em minha direção e ela deu um pulo de susto e gritou muito alto.

-Pietro? A quanto tempo está aí?- Ela perguntou ofegante com uma mão no coração enquanto a outra retirava os fones de ouvido.

-Cheguei a pouco tempo.- Respondi olhando seu rosto corado.

-Ai Deus que vergonha!- Disse Maria tampando o rosto com as duas mãos.

-Não precisa ficar assim amor.- Falei tentando deixá-la mais confortável.

-Eu pareço uma pata desengonçada quando danço, não queria que você presenciasse isso.- falou caminhado até mim e pegando algumas sacolas do mercado.- Eu te ajudo a guardar as compras. -Após pegar as sacolas ela se afastou de mim e caminhou até a cozinha.

Acompanhei seus passos e a encontrei tirando os alimentos de dentro da sacola e os espalhando pela bancada da cozinha, me aproximei dela e deixei as demais sacolas sobre a bancada. Ela estava tão concentrada no que fazia que nem olhava pra mim. Passei meus braços ao redor de sua cintura a abraçando por trás e dei um beijo demorado em seu pescoço.

-Amor não fica chateada comigo, desculpa por ter te assustado.- Falei com os lábios encostados em seu ouvido.

-Eu não estou chateada, só fiquei com vergonha.- Ela respondeu enquanto ainda mexia nas sacolas do mercado.

-Não precisa ficar com vergonha de mim, eu amo você do seu jeitinho.- beijei sua bochecha.-Mesmo que pareça uma patinha desengonçada ao dançar.- Minha fala a fez rir e isso me alegrou porque eu amo ouvir sua risada.

Maria se virou de frente para mim e passou os braços ao redor do meu pescoço e eu permaneci com os meus ao redor de sua cintura, ela inclinou os pés até alcançar meus lábios e então me beijou e eu fiquei louco com isso. Desde a semana passada quando voltamos do jantar na casa da minha sogra e nos beijamos de verdade pela primeira vez, nós temos feito isso com muita frequência. Parece que nenhum dos dois consegue ficar longe por muito tempo, sempre precisamos mais um do outro, mas é claro que sempre respeito os limites de Maria até mesmo porque iremos esperar até o casamento para saciarmos nossos desejos.

O beijo durou um bom tempo até que ficamos sem ar. Afastei minha boca da sua e olhei dentro de seus olhos brilhantes e azuis.

-Eu quero te fazer um convite.- Falei e ela franziu o cenho.

-Convite? Para o quê?- Questionou.

- Eu quero te levar a um lugar bem especial você aceita?- pedi já sentindo meu coração acelerar de ansiedade.

-Como assim lugar especial? Onde? Quando vamos?- Ela sorria e me olhava curiosa.

Quem poderia ImaginarOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz