CAPITULO 2

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Meu coração dispara com sua pergunta .

- não seu bobo ,te amo mas como meu amigo .

Fico encabulada e começo a querer uma forma de escapar ,o medo de parecer uma idiota grita alto dentro de mim .

- Ah meu Deus Ravi eu tenho que ir .

Ele me lê tão bem que tenho medo que veja minhas incertezas , por isso mesmo eu sai correndo em disparada para o banheiro e tomei um banho rápido ,coloquei a saia vermelha e a cueca dele ,que se dane não vou  de calcinha molhada .

Fui em busca do meu sutiã e o encontrei em cima da cama ,Ravi esta colocando um short de corrida preto ,ele esta de férias da clinica e pegou alguns  dias para descansar do Pronto Socorro da cidadezinha que o nosso amigo Cristóvão mora ,ele ainda continua indo ,as vezes penso se ele vai porque tem alguma "Amiga" por lá também , mas então me contento em saber que ele acabou tendo uma amizade verdadeira com o aquele rancheiro tesudo .

- milagrosamente meu sutiã apareceu.

Falo fingindo estar surpresa .

- Eu o encontrei primeiro e escondi .

Ele nem fingi.

- muito bonito Ravi .

Eu falo cruzando meus braços e olhando feio para ele .

- ah fofinha eu sei que sou bonito .

Ele me da um beijo rápido e depois sai do quarto ,eu olho ao redor e vejo seus livros em um nicho que parece um zig zag ,sua cama a onde passei a noite e algumas noites ,suspirei bem fundo e peguei meu caminho para fora do seu quarto , a um corredor pequeno que já leva a sala com um estofado cinza e uma tv enorme em uma parede pintada de um azul bem escuro enquanto as outras são brancas .

- Sr. Ego já estou de saida.

Ele sai da cozinha e eu o olho de cima embaixo ,vai ser necessário chamar um cardiologista para todas as corredoras dessa manhã.

Abro a porta com ele vindo atrás de mim e dou de cara com uma senhora baixinha de óculos com rugas ao redor dos olhos ,ela me olha feio e olha para ele.

-Hoje não teve aquela música alta de fazer estremecer as paredes.

AH MEU DEUS .

- Não , não teve ..

Eu sei que o Ravi já iria ser grosseiro, então coloquei a mão no peito dele o impedindo de continuar falando .

-é que eu me empolguei demais naquele dia eu sinto muito, e como pedido de desculpa eu fiz uma torta de limão para a senhora.

Sinto o corpo do Ravi ficando tenso, e então dou uma olhada de lado para ele rapidinho, e eu o vejo me olhando com o maxilar cerrado  .

-Ravi vai lá pegar.

Peço para ele e nem tenho a coragem de olhar e ver a sua carranca, ele se move demora uns segundos, mas se move indo buscar a torta.

-Vocês são namorados?

Ela me pergunta parece uma xereta curiosa igualzinho a minha tia a irmã da minha mãe, ainda bem que aquele demônio se afastou das nossas vidas, eu abri minha boca para responder para ela, mas Ravi entregando atravessa com a torta a respondeu.

- Não somos namorados e não se esqueça de devolver a travessa é da mãe dela,  e elas tem uma espécie de ciúmes doentio pelas panelas.

Eu olho para ele não sei estou sentido raiva dele falar que não somos namorados ou a maneira grossa que ele respondeu, abaixo meus olhos e a vizinha xereta dele agradece a torta que na verdade eu não fiz para ela, mas sim para ele.

-Isso mesmo tenha medo de mim por ter dado o meu doce mentirosinha.

Eu bato nele.

- Medo de você Ravi?

Começo a rir debochada da cara dele.

-Entra para dentro , que eu vou fazer você gritar.

Eu levo as mãos na boca rindo dele.

- Vou gritar é ?

- E gemer, vai gemer e gritar tanto que os vizinhos vão chamar a polícia.

- Oh meu Deus você não presta Ravi.

Ele continua falando tranquilo enquanto andamos até a porta do elevador esperando-o se abri.

- Vai ficar uns três meses sem conseguir andar com a surra de pau que eu vou te dar.

Eu tento segurar a minha risada esquisita, mas é impossível, ele deixa as mãos para trás e entramos dentro do elevador, foi então naquele momento que eu vi uma senhorinha de cabelos grisalhos, ela deveria estar atrás de nós e eu nem havia percebido, eu fico passada na maionese, enquanto o Ravi sabe disfarçar muito bem a sua surpresa.

Quando ela entra no elevador ela fica bem no cantinho bem longe do Ravi, eu olho para ele que permanece imóvel e logo a porta se abre graças a Deus .

Quando estou saindo  de dentro do elevador aquela senhorinha me segura pelo braço.

-Querida não tenha medo de denúncia.

-Denunciar?

Repito suas palavras.

- Eu ouvi o que ele lhe disse que vai te dar uma surra de pau.

Santo Deus como vou dizer para essa vovozinha que não era esse tipo de pau que ele estava me falando no corredor.

-Não é bem isso que ele quis dizer.

Falo com gentileza sem encontrar as palavras certas para falar.

-Você não precisa ter medo existe lei para isso nos dias de hoje.

Ela pisca um olho para mim e logo em seguida ela sai andando e passando perto do Ravi o olhando feio.

Ele me olha abrindo os braços .

Eu me aproximo dele enquanto ele olha para a senhorinha.

- Ela acha que você me bate, que sofro violência doméstica Ravi.

- E o que você disse?

- Eu não disse nada, como eu iria dizer que você me bate com a naja preta.

A sua boca se abre e eu tampo a minha e quero morrer.

Não eu não quero morrer tenho muito pra viver ainda.

- Minha o que?

Ele leva a mão na cintura .

- Oh meu Deus.

Eu choramingo de vergonha.

-Vai correr vai.

Falo para ele fazendo gesto com as mãos .

-Espera.

Ele pega em meu braço me impedindo de sair correndo feito uma fugitiva.

-Se vai rir de mim eu juro que te mato.

Ele me olha bem sério.

-Eu sempre soube que você me achava gostoso, mas me comparar com uma naja preta você me fez ganhar o dia .

Eu juro que vou bater nele.

Ele tenta me beijar, mas não deixo, não permito que sua boca toque na minha, então ele morde o meu pescoço.

- Você é um vampiro agora?

- Não só um cara cheio de tesão.

Ele pisca e logo depois sai correndo para a sua corrida com o seu amigo que também é médico e parece que não gosta muito de mim  ele mora também aqui no prédio , vai saber se não é gay e tem uma queda pelo Ravi ,oh meu Deus Jussara você tem cada ideia .

Mas não seria impossivel e ele tem uma paixão avassaladora pelo Ravi e me odeia porque uso e abuso daquele corpinho sexy .


ATRAÇÃO INESPERADAOnde histórias criam vida. Descubra agora