No limite da Dominação

16 quartos

-O que faz aqui, Catherine?-questionou verificando o estado catastrófico em que sua filha se encontrava-Volte para seu futuro marido!-ordenou com as mãos repousando sobre a porta, a qualquer minuto pronta para fecha-la. E Catherine não deixou de notar e seu coração sentir.

-Mãe, me deixe entrar...-argumentou, arrumando mais uma vez os cabelos e enxugando as lágrimas que banhavam suas sardas com a manga do terno caro, já estava tão acostumada e impregnada à todo tempo com o luxo excessivo, que saberia identificar seu cheiro em longas distâncias-Por favor...-impeliu suas mãos contra a madeira refinada em tons brancos.

-Sua casa não é mais aqui, Catherine!-ponderou firmando as mãos ainda mais contra a peça-Volte para Christian, eu não quero ter que aturar suas repreensões...-comentou. Odiava que aquele homem impulsesse ordens para ela, mas amava muito mais seu dinheiro para aguentar. Dinheiro que permitia que mativesse a casa em mais perfeito estado. Que sua pele permanecesse intacta mesmo por anos à fio trabalhando abaixo do Sol escaldante. Seus cabelos reluzentes e hidratos por salões renomados. Suas roupas novas de um closet lotado com etiquetas intactas e algumas sequer retiradas dos plásticos de embalagem. Unhas feitas todas as semanas e maquiagens que custavam o olho da cara acentuando cada traço. Estato social em destaque e contas bancárias preenchidas pelo dinheiro dos empreendimentos Lewis.

-Mãe eu não posso e não quero voltar...-murmurou olhando para baixo retorcendo os pés descalços sobre o mármore puro incrustado ao beiral da entrada.

A mulher espantada comprimiu a boca em choque, quando a irmã mais nova de Catherine apoivada a cabeça nos ombros esguios da mãe. Emma com seus longos fios loiros e rosto jovial de uma pré-adulta em formação, olhos um pouco puxados e sombracelhas finas, descendente de traços paternos; Akira Watanabe Hills, nascera e crescara no Japão, advindo de uma família de sábios pescadores para ganhar a vida na pequena e próspera ilha de Derry, separada de seu país ocidental.

-V-você ouviu a barbaria que sua irmã acaba de me dizer, Emy?-questionou deslizando os longos dedos pelos cabelos macios da garota-Entre querida, vamos conversa melhor, sim...-tomou os ombros frágeis e trêmulos de Catherine empurrando em sua direção, abraçando-a.

Passaram pelo hall de entrada, composto por uma mesa de centro do mais puro carvalho com flores desabroxado sobre. O piso em degrade preto e branco, imitava um tabuleiro de xadrez reluzindo seu esmero cuidado e luzes de densos lustres em caiam como cachos de uva. A vasta sala para visitas com enormes portas de correr dava acesso para o jardim, estavam abertas deixando a brisa levantar as cortinas brancas requintadas. Até a cozinha indrustrial, com equipamentos que sequer foram usados pelas mãos de Teodora, polidas e bem cuidadas. Ao adentrarem deram de cara com Ruth sentada sobre o balcão com um pacote de biscoitos e um curativo sobre o nariz. Seus olhos estavam um poucos inchados do pós operatório con áreas avermelhadas em volta.

-Caty!-grunhiu com a boca cheia, logo o pacote em suas mãos foi tomada por outras frias e calculistas, jogando fora o recém aberto ao lixo-Mãe!-grunhiu raivosa. Seus cabelos em tons de ruivo acobreados e olhos verdes eram semelhantes à sua matriarca.

-Rue, quantas vezes já lhe disse para parar com o glúten?-questionou embasbacada-Depois tem que ficar recorrendo a plásticas...-argumentou, pegando um pires e um xícara para depositar o conteúdo que estava fervendo sobre o cooktop e entrega-las nas mãos de Catherine que sentara em uma das banquetas do balcão, supreendendo a menina por saber localizar qualquer coisa naquele vasto cômodo de mármore preto e grandes armários de blindex móvel. Mais portas de correr davam acesso para outro ângulo do quintal podendo apreciar a piscina gigante ao qual Camberly usufruia em uma boia de cisne rosa e a claridade que se apossava o ambiente-Tome, irá  acalma-la...-comentou passando as mãos pelo rosto da filha, cuidadosa, como nunca fora.