Ladrão que roubava livros

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Catherine era apenas uma garota normal vivendo o solstício de verão, quando o dia se torna mais longo e as praias turísticas lotam em demaseio populacional e típicos adolescentes de uma Derry ensolarada de 37 graus Celsius depois do último sinal soar na Lawrence Academy, se aventurarem em festas universitárias. Denota-se que,  37 por cento dos adolescentes da cidade são de classe média, onde 10 por cento se encontram na alta pirâmide estatal representando a nata da sociedade burguesa da ilha. Desses 47 por cento, metade se encontrava na escola rival, Hothchkiss, inimigos natos dos Bulldogs. Porém, seus passatempos se basevam em visitar frequentemente a biblioteca municipal e perder horas à fio nas ruas movimentadas, apreciando a arte e a cultura que se fundia a cada rua.

Derry turística, era conhecido por sofrer influências de sua colonizadora, à Inglaterra, onde ruas carregavam o arroma de bebidas típicas como o chá com leite e ainda aqueles que arrumavam desculpa para se esgueirar entre os pubs ainda no meio do dia, apontando como principal fator seus ancestrais ingleses. Ainda, algumas ruas em choque cultural apresentavam as típicos tecidos orientais hakama e yukata, como roupões, para aqueles interessados na estética japonesa. Restaurantes apresentavam em seus cardápios tradicionalistas vastas opções de sashimi e sunomono. Contudo Derry, um típico Estado pertencente aos Estados Unidos, mas localizado no hemisfério oriental, ao lado de parceiros econômicos como Japão e Coreia do Sul, adquiria hábitos aos quais muitos patriotas americanos sentiriam orgulho.

E quando o garoto mais popular da cidade de Derry, cidade pertencente ao mesmo estado com seu nome, passou a por seus olhos em cima dela, Catherine era puxada cada vez mais para o bolha social de Christian, ao qual, nunca pensou pertencer.

-Quem é aquele, Ely?-questionou Camberly tentando olhar por cima de seus ombros, mas a moça era muito mais alta que a garota franzina, com cabelos loiros escuros e mechas rosas e aparelho mesma cor que cobriam todos os seus dentes-Me deixe ver!Eu quero ver!-brandou curiosa e a ponto de berrar em manha em poucos instantes.

-Shiu, piralha!Jesus-murmurou Ruth perturbada, segurando um lado da cortina enquanto Elizabeth segurava o outro, ambas olhando atentas em um mesma direção.

-Aquele não é Christian da família dos Lewis que mora a oito casas da nossa?-Abigail fungou com os olhos arregalados e os óculos de grau tombando para o lado-Merda! O que aquele babaca faz aqui?-ponderou mudando o peso do pé de uma lado para o outro, ela era a terceira das filhas depois da primogênita, Catherine.

-V-você o conhece?-questionou Elizabeth, com seus cabelos em longas tranças ruivas douradas pendendo sobre os ombros, curiosa, suas sobrancelhas se arqueavam.

-Me deixe ver!-Camberly, a segunda mais nova, perturbou arranhando os braços de Elizabeth.

- Porra que garota chata!-soltou a cortina brevemente que caia sobre uma das janelas grandiosas que dava a visão perfeita para a rua do bairro, para verificar a pele avermelhada-Quem te chamou aqui?-perguntou curvando-se para ficar a sua altura-Vai brincar com as outras crianças...

-Não!-protestou cruzando os bracinhos e Ruth a puxou para sua frente dando lhe a visão perfeita de um dos carros mais bonitos que já vira em sua vida. Não sabia indentificar, mas logo que seus olhos encontraram o garoto impaciente encarando a casa, achou ter se apaixonado pela primeira vez na vida. Suas bochechas coraram vermelhas e suas respiração entre cortou-se-Ele parece um príncipe encantando...-comentou fazendo suas irmãs rirem em uníssono.

-Ele é velho demais para você, garota!-Ruth argumentou-Velho demais para qualquer uma de nós, na verdade...

-Como você o conhece, bi?-Elizabeth voltou a importunar a irmã, Abigail que se sentara em um sofá lendo algum livro de ficção científica da biblioteca municipal.

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