Uma lenda diz que um taxista não te leva onde você pede para ele levá-la, mas sim onde você precisa estar. Stella encontra esse taxista e após o taxista levá-la para um lugar sombrio e misterioso, ela terá de encontrar uma saída, ou ficará lá para s...
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Como vou explicar para Stella que por sua causa a mãe dela pode morrer? Stella sempre foi muito apegada a mãe, desde que me lembro. Como explico a ela que sou uma feérica?
No momento estamos indo em direção a minha casa. Espero que Annie não fale nada que não deva. Annie é minha irmã, ela tem cinco anos e consegue ver o futuro, mas ainda não tem controle algum de seu poder.
Nunca contei a Stella que tenho uma irmã, então sei que vou ouvir: "pelo menos você conhece toda minha família", pelo resto de seus dias.
— Lany — ela começa, eu estou quase a arrastando até casa —, pode pelas almas de Hades me explicar o que está acontecendo?
— Saberá quando tivermos chegado em casa. — Digo e torço para que não faça mais pergunta alguma.
Helena é uma menina deplorável no início, mas quando a conhece bem sabe que poderá contar com ela para tudo, até quando você — acidentalmente — mata seu namorado e precisa de ajuda para esconder o corpo, mas isso é história para depois.
A vejo sair de casa, ao passo que coloca um casaco, ela não suporta o frio, por mais que o vento seja seu combustível natural.
— Stella — ela fala enquanto vem em nossa direção —, meu Deus, onde se meteu?
— Eu... — Stella começa mas eu a interrompo.
— Por que deixou ela ficar em sua casa? — Pergunto a Helena.
— Porque está tarde e seria muito perigoso voltar para o mundo dos humanos a essa hora. — Ela responde com indiferença.
— Sabe o que acabou de fazer? — Ela me olha confusa, não ela não sabe — Ela é filha de Serena Mitchell. — Ela arregala os olhos.
— Oh, merda! — Ela diz — Precisa ir para casa, agora!
— Não saio daqui sem explicações. — Vejo a boca de Helena abrindo a boca. Vai contar a profecia, e tudo estará acabado.
— "No dia em que o ar ficar branco e cinza..." — Eu tampo sua boca, não pode fazê-lo.
— Está ficando louca? — Urro — Sabe o que acontecerá se contar a profecia.
— Pelo amor de Deus — Stella fala —, o que raios está acontecendo com vocês duas?
— Chame Azure — Helena fala.
Azure é um dragão estelar, é maravilhosa. Porém não sou da realeza, e ela só vem para a realeza. Luna.
— Não podemos chamá-la. Mas Luna pode. — Olho para a lua e deixo o frio presente me invadir. O brilho da lua entra em minha alma e escuto sua voz:
"O que deseja?" — Não é Luna, estou falando com a Lua em pessoa.
"Oh, majestade. Lhe suplico, traga-me Azure. De todas as coisas que já lhe pedi essa é a mais importante."
"E porque devo lhe entregar Azure?"
"A profecia está se cumprindo, ela está aqui."
Vejo Azure descer dos céus, a pele preta brilha junto com a luz das estrelas, sua pele parece uma galáxia. As grandes asas batendo em sincronia, e os grandes olhos verdes no fitando do alto. Ela tem partes turquesa que parecem brilhar tanto que te deixaria cego.
Stella a encara, perplexa.
— Azure — digo me achegando a ela —, está radiante, como sempre.
Ela balança a cabeça em agradecimento.
— Devo lhe apresentar Stella. — Digo trazendo Stella para mais perto — Filha de Serena Mitchell.
— Por que todos precisam falar que sou filha de minha mãe? — Stella pergunta, e uma pontada de pena nasce em meu coração.
Azure faz uma reverência para Stella que retribui de uma forma exagerada.
— Toque-a. — Sussurro para Stella — Mostre a ela que não tem medo, só assim ela criará confiança em você.
Stella passa a mão pela sua pele, suas asas e seus chifres brilhantes.
— Azure! — Helena se achega — Como senti sua falta. — Ela fala a abraçando.
— Conseguiria nos levar para casa? — Azure concorda com a cabeça e abaixa, para subirmos em cima dela, e assim fazemos.
Tinha esquecido como é voar em dragões, quando era mais nova já havia voado em um, mas voar em Azure é melhor do que qualquer outro dragão.
A pele de Azure brilha como as estrelas no céu, e seus chifres ficam tão brilhantes que poderiam cegar. O vento batendo em meu cabelo, a brisa fria me acolhendo como uma filha, Azure passa por cima das nuvens e consigo ver logo abaixo, minha casa. Com paredes de mármore e telhado de vidro. Serve para ver as estrelas.
Azure aterrissa e se abaixa para que possamos descer de suas costas.
— Muito obrigada — Helena diz ao descer.
— Vou sentir sua falta — Falo passando a mão pela sua pele.
Stella sussurra algo para Azure, mas não consigo escutar o que é.
A primeira pessoa que vejo quando chego em casa é Annie, com os cabelos loiros e os olhos verdes, os olhos de minha mãe e o cabelo de meu pai.
Ela está brincando com suas bonecas, mas para assim que me vê. Ela corre em minha direção.