Pov. Joana
Faz um tempo que não saio para passear com o Lep, o coitado fica apenas em casa e aqui no jardim. Vou aproveitar que está no fim da tarde e levar ele para dar uma volta pelo bairro.
Entro no meu quarto para pegar os itens necessários para meu banho, depois entro no banheiro para começar a colocar em uma boa temperatura.
Não demoro muito no banho e saio do banheiro com a toalha enrolada no meu corpo. Escolho um short jeans, uma blusa vermelha e meus chinelos para usar, prendo o cabelo em um rabo de cavalo. Pego a coleira do Lep e desço para a cozinha.— Tina vou sair um pouco com o Lep, se meu pai chegar avisa ele por favor?
— Aviso sim, toma cuidado e leve seu celular. – Valentina continua cuidando de mim, me dando conselhos e carinho. Sempre que saio ela fala a mesma coisa “toma cuidado”, ou então “olhe por onde anda, veja se vem carro pelo os dois lados”, “não converse com estranhos”.
— Ele tá no meu bolso. – Saio da cozinha e vou atrás do Lep no jardim. — Lep! Vem, vamos passear.
O vejo saindo correndo de trás do arbusto de flores, em minha direção. Coloco a coleira nele e o levo para fora de casa. Ele cheira tudo que vê pelo caminho, o chão, as árvores, os pequenos matos que tem na beira da calçada.
— Bonito cachorro, é macho ou fêmea? – Escuto uma voz feminina ao meu lado. É uma mulher de idade avançada, loira, olhos claros, alta, tenha a impressão de conhece-la.
— É macho. – Não sei porque mais me lembrei do meu pai ao olhar em seus olhos.
— Como é seu nome? – Ela faz carinho no Lep, que se aproxima para receber mais.
— Joana, e o seu?
— Leonor, sabe onde fica a rua Pedro Gonçalves? (N/A: perdoe, sou péssima para escolher nomes).
— Sim, você desce três ruas ali e vira à esquerda.
— Obrigada, eu estava procurando ela a um tempo. Você mora por aqui?
— Moro a algumas ruas, apenas saí para ele poder passear um pouco. – Ela parece ser uma boa pessoa.
— Faz bem, isso evita que ele fique estressado.
— A senhora também tem cachorros?
— Já tive a muito tempo, hoje apenas aprecio os que encontro nos lugares.
— Eu o encontrei no meio do lixo, procurei o dono mais ninguém apareceu o procurando. Desde então ele se tornou meu.
— É uma bela atitude resgatar os que estão abandonados na rua.
— JOANA! – Escuto a voz alterada do meu pai. Ele está furioso.
— Pai eu… – Tento explicar, quando ele vem na nossa direção.
— Entra no carro! – Não entendo o porquê dele está tão nervoso. Tento me justificar mais ele segura meu braço com força, quando abro a boca. — Mandei entrar, me obedece!
— Não é necessário falar assim com ela – Leonor tenta me defender e meu pai a lança um olhar mais irritado. — Apenas estávamos conversando.
— Melhor entrar logo naquele carro. – Ele solta meu braço, pego o Lep e entro no carro. Não tive coragem de dizer tchau a Leonor. Meu pai diz alguma coisa para a mulher, porém não consegui ouvir.
Me sobressalto no banco ao ouvir a porta ser batida com força. No caminho para casa nenhum de nós falou nada, ao estacionar ele me manda sair do carro e soltar o Lep da coleira.O sigo até a sala, onde ele começou a passar as mãos pelo rosto e cabelo.
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Joana
Teen FictionAdolescente 15 anos, cabelos preto, olhos verdes,carinhosa, decidida, educada. Estudou por cinco anos Europa, após a morte da mãe. Seu pai era um empresário rico, bonito, mas ausente na vida da filha. Após voltar para o Brasil,ela começa a ter mui...