Armagura

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Os desejo uma boa leitura.

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Pov.Joana

Escuto um barulho de alguma coisa de madeira cair no chão. Saio do quarto e vejo meu pai segurando uma vassoura, balde com produtos de limpeza  dentro e o rodo caído no chão.

— O que vai fazer pai? – Normalmente quem cuida da limpeza é a Tina.

— Estou indo limpar o quarto com as coisas da sua mãe.  Tem muito tempo desde a última vez que fiz uma limpeza. – Ele pega o rodo do chão.

— Posso te ajudar? 

— Pode, mas tenha muito cuidado. Não deixe nada da sua mãe cair no chão, molhar, manchar e quebrar. – Ele me entrega a vassoura e o rodo. 

— Vou ter cuidado. – O sigo até o quarto, ele abre a porta e coloca o balde no chão.

— Primeiro vamos limpar os porta-retratos e a mesa com muito cuidado e delicadeza. – Ele arrasta a poltrona que fica no meio do quarto para perto da mesa, — Passe esse paninho nos porta-retratos e depois coloque aqui em cima, sem deixar cair.

Pego o primeiro quadro pequeno com uma foto solo da minha mãe, passo o pano com cuidado tirando toda a poeira. Papai abre a janela e começa a limpar os que estão pendurados na parede.

Após terminar de passar o pano nos quadros e na mesa olho as roupas penduradas em um cabideiro.

— Papai, o que vai fazer com essas roupas?

— Vou manda-las junto com as outras roupas sujas para lavar, depois quando voltarem colocamos de volta no lugar.

— Por que não as doa?

— Essas eram as roupas que sua mãe usava com frequência e gostava muito. As outras foram doadas, essas aqui ficarão guardadas. Se quiser pode usar as que sevir e caso precise fazer ajustes para ficarem do seu tamanho procuramos uma costureira.

— Algumas são grandes para mim.

— Mesmo assim não serão doadas, mas caso queira usar tem permissão… Agora me ajude a tira-las dos cabides…

Uma hora depois terminamos de limpar todo o quarto, o chão ficou brilhando. Olho o papai pegar o perfume na estante.

— Essa é a melhor parte. – Ele espirra o perfume no ar e rapidamente o cheiro espalha no quarto. — Era o cheiro característico da sua mãe, difícil sentir e não lembra dela.

— O cheiro dele é maravilhoso papai.

— É sim, ela usava apenas esse. Quando acabar comprarei outro, assim vamos sempre lembrar do cheiro dela.

— Papai sobre a culpa que sente pela morte da mamãe…

— Ainda sito filha, mas um pouco menos do que antes. Talvez com o tempo vá diminuindo até não sentir mais. – Abraço ele, imagino que seja horrível sentir a culpa pela morte de outra pessoa.

Pov. Henrique

Entro em casa e fecho a porta, passei a tarde na casa de um amigo.

— Oi Henrique – escuto a voz do Roberto. Esse imbecil se faz de bom moço, mas sei como é de verdade e nunca esquecerei o que fez comigo. — Tudo bem?

— Não é da sua conta. – Passo por ele, entro no meu quarto e fecho a porta. Não sei se minha mãe ou irmãs estão em casa, só de pensar em ficar sozinho com ele sinto pavor.

Abro a porta do meu guarda roupa, pego uma bermuda jeans rasgada, uma camiseta vermelha. Quando minha mãe chegar tomo um banho, por enquanto ficarei trancado aqui ouvindo música.

JoanaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang