Pareceu que Ficaria Bem

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Por favor, comentem
O desejo uma boa leitura.

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Pov.Autora

 

Joana entrou devagar no escritório, alguns papéis e objeto estavam jogados no chão. Ela bateu antes de entrar, porém não houve resposta, Carlos está com o rosto escondido nos braços apoiados na mesa. Joana aproximou e colocou a mão em suas costas.

— Papai? – Carlos levantou a cabeça, seus olhos estavam vermelhos. Joana sentou no seu colo e o abraçou.

— Não está com raiva de mim? – Carlos acariciou o cabelo da filha com medo da resposta.

— A vovó me contou tudo, foi um acidente. Você não é um assassino, e se tem algum culpado é o motorista bêbado. Ele que causou a batida papai, não você. – Carlos sentiu alivio ao ver que sua filha ainda o ama e não o culpa pelo que aconteceu.

— Sempre me senti responsável por não ter conseguido evitar e sua mãe ter morrido.

— Acho que minha mãe não te culparia. – Joana apoiou o rosto no pai.

— Eu pedi perdão a ela por ter causado o acidente, em resposta disse que não era culpa minha.

— Porque não foi, tira essa ideia de culpa da sua cabeça papai. – Pediu Joana, ela está triste por seu pai sentir culpa pelo acidente.

— É difícil filha, é um sentimento que vem me acompanhando a anos. – Carlos começou a acariciar os cabelos da filha.

— Pelo menos tenta, imagino que deva ser difícil, mas ninguém o culpa pelo que aconteceu e nem mesmo você deveria se culpar.

Carlos e Joana ficaram um tempo ali trocando carinho e conforto, o mais velho ficou pensando em várias coisas que aconteceram nos últimos anos longe da filha. Em como ela sentiu falta de uma mãe, pai e do resto da família. Como foi difícil superar a falta da mãe e não ter nada que lembre ela.

— Filha? – Chamou Carlos atraindo a atenção da menina que estava começando a ficar sonolenta. — Tenho que te mostrar uma coisa muito importante. –  Carlos abriu uma gaveta e tirou uma chave.

— Por que essa chave é importante? – Joana perguntou confusa tirando um pequeno sorriso do pai.

— O que ela abre que é importante, vem comigo. – Carlos segurou a mão da menina e a guiou até o quarto com a porta diferente.

— Por que me trouxe no quarto onde guarda os registros do seu trabalho? – Joana ficou confusa, a situação não fazia sentido.

— Peço desculpas por ter te enganado durante tanto tempo filha.

— Como assim? Me enganou com o que? – Carlos apontou para a porta.

— Abre — Joana abriu a porta encontrando uma escuridão, ao ligar a luz se surpreendeu com o que viu.

JoanaWhere stories live. Discover now