Perdoar

577 44 13
                                    

Os desejo uma boa leitura.

##########

Pov. Joana

Entro em casa com a minha chave, procuro a Valentina e a encontro dobrando as roupas no quarto do meu pai. Ando até ela sem fazer barulho, abraço-a por trás dando um susto.

— Menina, faz barulho quando anda. – Levo uma leve bronca dela, não é a primeira vez que faço isso. — Me assustou. Como você está em? – Ela me abraça e acaricia meu cabelo.

— Estou bem, ainda vou ficar mais um tempo com meus avós. Apenas vim ver você e o Lep. Cadê ele?

— Provavelmente dormindo em algum lugar. Essa é a coisa que ele mais faz.

— Vou ver ele um pouco e depois venho falar mais com você. Ok? – Ela concorda, saio atrás do Lep.

Assobio pela casa e em seguida sinto um forte empurrão. Não acredito que ele me derrubou, entendo a saudade mas precisava?

— Hei menino, estava com saudades amor? – Seus latidos confirmam. Paro de brincar ao olhar para frente e ver a porta. O lugar onde as coisas da minha mãe estão guardadas. Levanto e tento abrir a porta, mas ela está trancada, talvez a Valentina saiba onde está a chave.

— Vem Lep, vem. – Ele me segue até a Valentina.

— Tina, você sabe o porquê deu ter ido passar um tempo com meus avós?

— Sei sim, cheguei na segunda e seu pai estava bem estranho. Triste, sem animo algum depois ele me contou todo o ocorrido.

— Sabe onde ele guardou a chave do quarto onde estão os pertences da minha mãe? – Espero que ela saiba se não terei que esperar meu pai chegar do serviço.

— Não, nunca entrei naquele quarto e só ele tem a chave.

— Não está no escritório? – Escritório ou quarto, são os únicos lugares prováveis de onde pode estar.

— Realmente não sei, se for olhar no escritório tente deixar tudo organizado como encontrou. Se bagunçar algo seu pai pode  ficar bravo.  

— Vou dar uma olhada lá e deixar o Lep longe. – Teve uma vez que o Lep fez xixi no escritório e meu pai ficou uma fera, proibiu meu cachorrinho de entrar.

Deixo o Lep onde está e vou para o escritório, as cortinas fechadas deixa o lugar muito escuro. Ligo a luz e começo a olhar nas gavetas e por cima da mesa…

Não tem nada aqui, só um monte de papel. Vou olhar no quarto dele agora, lembro que na última vez que fiz isso levei várias palmadas. Olho nas gavetas da mesa de cabeceira, no penteadeira, guarda-roupa e nada. 

Vou ter que esperar ele chegar, queria evitar o ver por que ainda estou chateada. Nem sei se ele quer que eu volte mesmo a morar aqui. Sei que ele foi atrás de mim na casa dos meus avós, manda mensagem, liga e eu continuo ignorando por estar chateada.

Horas depois

— É ele ou a Rebeca. – Diz a Valentina após escutarmos o som da porta da frente abrindo.

— A Rebeca tem vindo com mais frequência aqui nessa semana que estive fora? – Pedi a ela que ficasse com meu pai, porque vi que ele também ficou mal com a situação.

— Está como sempre, ela vem passa um tempo, ficam conversando ou vendo, fazendo algo e depois ela vai embora…

— Valentina, por fav… – É o meu pai, ele trava ao me ver. — Não sabia que estava aqui, vou subir e você pode ficar á vontade pela casa. Não irei te incomodar com a minha presença… – Ele está com a aparência abatida, triste.

JoanaWhere stories live. Discover now