Os desejo uma boa leitura!
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Pov. Carlos
Termino de verificar e assinar a permissão para o transporte dos móveis e outros Itens domiciliares.
— Gabriela, por favor venha na minha sala. – Digo pelo telefone. Em menos de um minuto ela bate na porta — entre – Gabriela pede licença e se aproxima. — Entregue esses papeis para o responsável pelos transportes, estão todos assinados e verificados. – A entrego os documentos.
— Senhor chegou uma mulher chamada Leonor pedindo para vê-lo, posso permitir sua entrada? – Minha mãe aqui?!
— Deixe entrar e que ninguém nos interrompa.
— Sim senhor, com licença – Gabriela sai da sala permitindo que Leonor entre.
— Feche a porta – Leonor fecha a porta e senta na cadeira em minha frente. — O que faz aqui?
— Tudo bem com você? – Seu tom de voz é calmo e baixo.
— Sim, diga o quer vindo até aqui? – Mantenho minha voz firme e fria.
— Recuperar meu filho, o filho que a quinze anos atrás saiu de casa e não voltou. – Ela fala como se eu tivesse saído sem acontecer nada para isso.
— Saiu de casa ou foi expulso depois de levar uma enorme e pesada surra de vara do pai, por não deixar a mulher que amei grávida e sozinha? – Depois que contei a meus pais sobre a gravidez da Amanda nenhum dos dois aceitaram, ouvi palavras que me deixaram arrasado.
Meu pai foi pior, pois além de dizer o quanto estava decepcionado, me insultar, ainda pegou um galho da arvore que fica no jardim para me bater nu no quarto. Implorei para que parasse e ele não parou até me deixar completamente marcado e dolorido.
— Você era jovem, tinha planos que acabaram no momento que decidiu engravidar sua namorada. Mas isso não me deixa mais irritada como naquela época, agora entendo que fez certo assumindo e criando a Joana. Ela é educada, gentil, parece com você e tem os olhos azuis iguais o da Amanda. – Meu pai vivia dizendo que eu seria um bom médico igual a ele e um dia assumiria o hospital, minha mãe concordava.
— Mesmo passando por todo aquele sofrimento e dificuldade consegui me ergue, cuidar da Joana e da Amanda, melhorar minha questão financeira para dar o melhor a elas. Não me arrependo mesmo que tenham perdido parte da minha família.
— Sente minha falta, a do seu pai e irmãos? – Sou o irmão mais velho de três, quando tudo aconteceu eu tinha apenas 17 anos, meu irmão do meio Pedro tinha 15 e o mais novo Matheus tinha 13 anos. Desde aquele dia fui obrigado a me afastar deles, tentei manter contato, porém meus pais conseguiram nos afastar.
— Por que está aqui? Pedi para ficar longe, fez isso durante anos por vontade própria agora aparece atrás de mim e da Joana. Quer voltar a machucar ela com suas palavras? – A Joana tinha cinco anos quando Amanda e eu a levamos em uma pizzaria e no caminho de volta para casa encontramos minha mãe.
Ela disse a Joana, que era um peso para mim que não a amava, atrapalhava minha vida, não queria ser pai e ainda a culpou por ter nos afastado. A Joana acreditou naquelas terríveis palavras, chorou por horas e ficou me implorando perdão. Demorou até se acalmar e entender o quanto a amo e não tem culpa de nada, era apenas mentiras ditas pela minha mãe. Depois a colocamos para dormir no nosso quarto, onde passou a noite abraçada em mim e na Amanda.— Claro que não, estou arrependida por tudo e quero aproximar de vocês. Fazer parte da vida da minha neta e da sua. Por favor filho, me perdoa?
Como quero poder acreditar em suas palavras, apresentar ela a Joana e a Rebeca. Mas se for mentira e voltar a falar daquele jeito ou maltratar a Joana?!
Minha filha sofreu muito, principalmente por minha causa. Não posso permitir que meus pais a magoem.
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Joana
Teen FictionAdolescente 15 anos, cabelos preto, olhos verdes,carinhosa, decidida, educada. Estudou por cinco anos Europa, após a morte da mãe. Seu pai era um empresário rico, bonito, mas ausente na vida da filha. Após voltar para o Brasil,ela começa a ter mui...