Capítulo 03° 🦋🟣

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Ponho minhas chaves na mesinha perto do sofá da sala

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Ponho minhas chaves na mesinha perto do sofá da sala. Me jogo com tudo no sofá e respiro bem fundo aquela paz.

— Olá meu pequeno raio de luz — disse minha mãe descendo as escadas.

Rose tinha minha aparência só que um pouco mais velha. Cortou o cabelo até o ombro, tem duas tatuagens:  Raio de sol e 13•05, um péssimo gosto para moda e sempre está sorridente, nunca fala sobre sua família ou do passado.

—  Mamãe — dou um abraço nela.

Apesar de tudo que ela fez e disse não tem como odiar a mulher que fez de tudo para sobreviver e me ter em seus braços.

—  Como foi no trabalho? — perguntou sentando ao meu lado.

— Tudo do mesmo jeito — respondo sem ânimo.

— Quer comer algo? — levantou do sofá caminhando para a cozinha.

— Não, obrigada.

Sair do sofá e começo a subir as escadas.

— Vou descansar, te amo mãe — digo um pouco alto.

Nos corredores tive o desprazer de ver o meu padrasto apenas de cueca saindo do banheiro. Ele bloqueou a passagem com o braço e ficou me olhando de cima para baixo.

— O que você quer? — pergunto fitando seus olhos.

— Você — sorriu.

— Saia da minha frente seu porco maldito.

Empurro com força e sair correndo para o meu quarto no fim do corredor. Tranco a porta com chave e tudo, tenho medo dele mesmo que ele nunca tenha tentado nada. Se um dia ele tentar alguma coisa vou castrar igual um animal que ele é.

Vou para o banheiro e retiro as alças e deixo o vestido cair lentamente.

Vou para debaixo do chuveiro quente. Para não molhar meu cabelo, uso uma toca. Passo sabonete líquido por meu corpo. Penso no Felipe e no que ele disse, somos namorados a anos e ainda não rolou nada, ele tem razão para se estressar mais não tenho vontade de fazer sexo. Será que sou frigida?  Talvez não. Não sei.

Toda vez que penso nesse assunto me dá um frio na barriga e uma tremedeira.

Ponho pijama e me deito na cama, pego um travesseiro e coloco entre as pernas e o outro pouso meus pensamentos.

— Talvez eu deva deixar rolar — aconselho a mim mesma.

Fecho os olhos, dormir cedo porque infelizmente nasci pobre e tenho que trabalhar.

Ouço um barulho de um tiro, sair correndo sem presta atenção no caminho. Sem perceber acabo ficando frente a frente com um carro preto e o mesmo me atingi em cheio. Caída no chão começo a chorar.

— Mataram ele.— repeito várias vezes.

— Quem matou quem? — uma voz masculino pergunta.

Te Fazer SuspirarWhere stories live. Discover now