Capítulo 14° 🦋🟣

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Abro os olhos com uma ardência leve

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Abro os olhos com uma ardência leve. A luz do dia batia no meu rosto e aquela brisa gelada me fazia ter frio.

Tento me mexer mais uma pontada muito forte se instala no meu ombro e volto a por a cabeça no travesseiro com cheiro divinamente delicioso mesmo que do meu lado esteja com outro cheiro de suor e sangue seco.

Percorre com o olhar o ambiente, era totalmente desconhecido.

Era um quarto que com certeza tinha um estilo de uma pessoa que não é ambiciosa, mais no fundo tinha suas ambições secretas.

A cor do lugar é um azul marinho claro, uma penteadeira com poucas coisas: Escova de cabelo, apenas um batom vermelho, dois pompom, rímel, uma fita vermelha, um espelho menor e outras coisas, mais não tinha  maquiagem.

Um guarda roupa de madeira pura, uma cadeira com quatro livros diferentes e um sobre tudo jogado em cima. Perto da porta tinha uma mesa ao lado com computador, papéis desorganizados e uma caixinha com lápis e canetas coloridas.

Era raro acordar sem me lembrar de onde estou ou como vim parar no lugar, mais dessa vez tinha um perfume que chamava atenção e lembrava alguem doce.

— Ai — digo ao sentir outra pontada no ferimento.

— Cuidado — diz aquela voz que tanto imaginei gemendo perto da minha orelha entre quatro paredes.

Anjo ruivo! Dou um sorriso malicioso.

Melissa surgiu dentro do quarto com uma bandeja na mão, seu cabelo amarrado em um rabo de cavalo mais deixava algumas mexas soltas que insistia em perturbar sua visão, usava um vestido parecido com sua personalidade de moça ingênua, mais nem tanto.

Seu rosto não tinha maquiagem, sua naturalidade me chamava atenção.

Ela não era fútil ou se preocupava com qual cor de esmalte combinaria com sua mão delicada.

—  O que tanto observa? — perguntou, Melissa depositou a bandeja de frutas e alguns antibióticos em cima de sua penteadeira.

Sentou em uma cadeira que não percebi que estava aos pés da cama.

— Nada — digo quase em um sussurro, minha garganta estava seca — Água, por favor — peço estendendo a mão na sua direção, seu olhar era preocupado, mais dou um sorriso para tentar disfarçar a dor insuportável.

Aquela ruiva que estava incrivelmente mais gostosa se abaixou para pegar o copo com água. Me ajudou a sentar na cama encostado em dois travesseiro.

— Confortável? — suas mãos tremia, parece que alguem aqui está nervosa com minha presença.

Bebo um gole de água. Um alívio desce por minha garganta. Dou um sorriso satisfeito.

— Sim — entrego o copo.

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