Capítulo 26° 🦋🟣

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Um vazio, assim, tão simples e calmo

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Um vazio, assim, tão simples e calmo. Um sono tranquilo, confortável e seguro. Forças para abrir os olhos não tinha, mais vozes distintas e baixas ecoava na minha cabeça, não tinha sonhos para me distrair.

Focando com atenção quase impaciente, tentando entender como parei nesse lugar escuro e sem vida. Vagando sem sentir o chão por onde piso. Um frio triste, que podia penetrar a alma sem dificuldade alguma.

Talvez esteja presa na minha mente, mais porque aqui é tão vazio? Não a dor, apenas confusão. No geral, são apenas sentimentos que não são totalmente libertadores e prende minha atenção com correntes pesadas.

Com um certo esforço quase insuportável, abrir os olhos. Um brecha de luz fez me arrepender de ter abertos os olhos, mais fiquei feliz de pelos menos voltar a ver a luz por mais que doa por alguns minutos. O lugar ao meu redor era tão diferente, tão organizado e limpo.

Uma certa dor aguda me impediu de mover, o ombro tinha uma atadura e ardia, pinicava desconfortável. Aperto os olhos e solto um suspiro, ponho a mão em cima da atadura. Não vejo nem sinal o Cailan, talvez esteja lá fora. A janela não estava aberta mais as cortinas estavam afastadas, lá fora tinha impressão que o frio cobria tudo.

Ao meu lado tinha soro, remédios junto com uma jarra de água. Minha boca seca negava qualquer palavra, não tinha como chamar alguem. As lembranças daquele dia, briga com a Rose e logo em seguida os tiros na minha direção. Quando disse que levaria um tiro por Cailan não tinha a menor ideia que seria tão rápido assim.

— Olá, querida — Rose entrou dentro do quarto com um sorriso estranho no rosto.

— Água...p-por...favor — peço, minha garganta reclamou com meu esforço de fala.

— Sim, é claro — pegou a jarra de água junto com o copo de vidro.

Me ajudou a levantar mesmo que a dor no ombro me obrigasse a ficar apenas em uma posição. Depois da garganta ficar molhada, e sentir a saliva na boca. Rose, se vestia totalmente diferente, parecia uma dama da alta sociedade. Seu cabelos ruivos presos em coque alto, uma saia lápis azul escuro e uma camisa branca e por mais que seja difícil de acreditar, usava um scarpin preto com a sola cor vermelha. Não se parecia minha mãe, cada o jeans desgastado? Ou aquela blusa cinza que tinha alguns buracos na beira?

— Onde está o Cailan? — pergunto, com uma curiosidade que já me consumia a um bom tempo.

— Olha — me olhou nervosa — tenho algo para te dizer — sentou aos pés da cama, quase na beirada.

— Está me deixando nervosa — sinto uma pontada no coração.

— Não quero que me interrompa quando eu te dizer o que aconteceu — me olhou sério, nunca a tinha visto assim.

Aceno com a cabeça concordando.

— O nome daquele homem que eu estava...bem, você sabe. Quando aquela mulher me trancou em uma clínica psiquiatra...

— Eu já sei dessa história — interrompe. Rose, faz uma cara de poucos amigos para mim.

— O que falei sobre isso, mais não. Você não sabe de tudo.

Fico em silêncio novamente.

— Dentro daquele lugar, sofrendo e comendo o pão que o diabo amassou. Eu sofri abusos sexuais e psicológicos, cheguei ao ponto de não sentir nada e eles disseram que estava louca e por um momento, também achei. Não conseguia mais dividir a realidade e fantasia, acho que nas minhas alucinações cheguei a ver a própria madrasta abusar de mim.

Olhou para as mãos com um olhar triste, por mais que o racional diga que não foi culpa dela, sua cabeça diz outra coisa.

— ... Um certo dia chegou um homem, tão lindo e gentil. O psiquiatra me fez voltar a ser sã, me apaixonei por ele. Mais ele não podia ficar muito. No dia que tentei fugir, descobriram que estava grávida e me espancaram, como se não fosse o bastante me fizeram engolir a força um veneno. Não sei como, mais abrir os olhos dentro de uma caixa de lixo em um beco sem saída. O psiquiatra estava me procurando, ele achou e fomos para a casa dele. Ele te viu crescer, você o chamava de pai. Mais teve um dia que minha madrasta descobriu meu paradeiro, mandou um bilhete ameaçando matar você. Não tive escolha a não ser fugir sem contar para ninguém.

— Quem era o psiquiatra? — ponho a mão por cima da suas.

— O Miguel, depois de alguns meses descobrir que ele na verdade era o Conselheiro da máfia russa e que apenas se escondia em uma clínica psiquiatra porque sua vida corria perigo.

— Mãe, quero que você seja feliz. Se o Miguel te faz bem, então não ter o porque se afastar. Aquela mulher já deve está morta e enterrada — sorrir, gentilmente — Mais, o que tudo isso tem haver com o Cailan?

— Você corria perigo ao lado dele...

— Não, não, não — começo a falar sem parar.

— Escuta, fizemos o melhor que podíamos. Cailan, também acha que você não está segura ao lado dele. Miguel e eu achamos melhor te trazer para a Rússia — suas palavras foram como um choque na minha mente.

Não queria saber de muita coisa, apenas em encontrar ele. Levanto da cama um pouco desengonçada, quase cair com uma fraqueza nas pernas mais nada era igual a força que tinha de ve-lo. Meu ombro latejava de dor, mais nada se compara a dor que estou sentindo no coração. Vou correndo até uma escada, desço sem presta atenção em nada.

Os meus olhos cheios de lágrimas, os soluços que passavam por minha boca era alto. Não conseguia enxerga nada ao meu redor. Sou parada por uma parede de músculos, tão forte que me fez cair no chão com uma tontura na cabeça.

— Minha nossa, nunca tinha visto um anjo tão de perto. Mais esse anjo não parece nada feliz — um homem moreno, de olhos tão lindos se agachou para tocar meu rosto com seus dedos.

— Melissa — ouço uma voz masculina me chamar, mais não era do Cailan — Filha.

Acho que não estou ouvindo bem, ele me chamou de filha?

— Conhece essa jovem, Miguel? — pergunta o homem moreno.

— Essa é minha filha — respondeu, me ajudando a levantar.

— Melissa — ouço a voz da minha mãe — Está tudo bem com ela?

— Rose, esse é o Heitor Alekseeva, Don da máfia Russa.

Não conseguia ver muito bem, mais Rose ficou paralisada.

— Como vai? — cumprimentou, Heitor. Com uma voz tão profunda.

— Me desculpe, minha filha não está muito bem.

— Ela é um anjo, mais está um pouco confusa — comentou Heitor, com um sorriso no rosto.

Miguel me pegou no colo.

— Com licença, Don. Mais tenho que levar essa mocinha lá pra cima.

Me levou de volta, não consigo dizer nada.

— Droga, sua ferida está aberta. Está perdendo sangue, Melissa — disse com um tom de preocupação.

 Está perdendo sangue, Melissa — disse com um tom de preocupação

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