Capítulo 02: Sua irritação = Minha diversão

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— Muito bem.

Certamente, ser um badboy tinha seus lados bons, mas, com certeza, tinha seus lados ruins. E eu descobri isso com um dos motivos ruins, que era; ir para a sala do diretor.

Não era tão legal, como nos filmes, sério.

Lá, eles pareciam tão fodões, indo para a diretoria.

Vai, vamos concordar. Com aquele slow bacana, que a edição colocava, bem no rosto do aluno impertinente, enquanto ele sorria, como se não se importasse com nada daquilo, e fosse realmente, algo contra as leis da escola, mas, a favor da popularidade do tal bad boy.

As meninas suspiravam e os garotos faltavam aplaudir. Claro, isso dependia do caso, mas quase sempre, era um bem foda.

Tinha as suspensões de uma semana, duas e até um mês, se o caso fosse realmente grave.

Mas, estar vivenciando o negócio, fora da ficção e fazendo parte da baderna, era outra coisa. Principalmente, quando você que era o acusado.

As meninas não suspiravam, elas apontavam pra você, algumas até te encaravam com desprezo ou desdém. Se a crush estivesse no meio, então? A depressão viria mais forte e mais rápido ainda.

Estava muito chato ficar na sala do diretor, depois que ele deu um sermão todo, e mais foi em mim. Acho que ele talvez, talvez, já estivesse acostumado demais com a cara do Kacchan ali na direção, e fosse mais divertido repreender a mim.

Ok, eu aceito que sou certinho demais. Oh céus! Me sinto como um criminoso aqui!

Socorro.

Eu vou ter um ataque de risos a casa vez que o diretor me encarar, porque esse é meu jeito de agir em momentos ruins e não apropriados; rir igual um boboca com problemas mentais e sem motivos aparentes, além de vergonha extrema, que definitivamente bloqueia meu raciocínio lógico e me faz falar coisa com coisa.

Isso, se eu não gaguejar a cada vez que abrir a boca, para tentar, responder ou defender-me de qualquer coisa.

Era horrível ficar ouvindo o diretor, principalmente, quando eu estava me fingindo de atencioso e que estava escutando que o diretor estava falando, quando no fundo, eu não estava ouvindo uma palavrinha sequer.

Não conseguia mais nem raciocinar direito.

Se eu tivesse um treco, culparia todos aqueles que apontaram para mim na sala e, o diretor, que me encarava como se tivesse um pintinho, ciscando e brincando em meio aos meus cabelos verdes e bagunçados, e logo em seguida, defecasse sobre meu rosto.

Pior ainda, era que eu estava todo arrumadinho na cadeira acolchoada, com as pernas juntinhas e as mãos unidas e sobre elas.

Enquanto do meu lado, estava um Bakugo, completamente relaxado, pernas de qualquer jeito e as mãos sustentando seu rosto, enquanto ele olhava para qualquer coisa do cômodo, como se fosse muito mais interessante do que o sermão que nos era dado.

E eu estava começando a achar, que realmente fosse.

— Eu esperava isso do Bakugou, mas, não de você, Izuku... — O diretor balançou a cabeça negativamente, sem parar de me encarar.

Eu já tinha desistido de debater com ele mesmo, então apenas deixei ele falar, só concordando com acenos positivos, seria o bastante.

— Você 'tá com o seu celular, Bakugou? — Meus olhos rapidamente alcançaram o rosto do Bakugo, este que voltou sua atenção para o professor, desconfiado.

— Hoje eu não trouxe. Esqueci. — Ele deu de ombros.

— E você, Midoriya? Me parece que você e o Katsuki,  moram próximos, estou errado? — O diretor se pôs a mexer em algo em suas gavetas.

Nós, e os garotos ๑BakuDekuWhere stories live. Discover now