Capítulo 03: Missão "Não se matem", em ação.

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Caralho. O Kacchan é muito ranzinza. Nossa.

Foi, eu realmente o “persegui” pela cidade, sem de fato, ter um lugar para ir, ou, não ter certeza de para qual lugar ele estava “me levando”. Sendo eu, quem estava o seguindo.

A única coisa que ele sabe fazer de melhor, com certeza, é abrir a boca para xingar, acho que xingar e extravasar com a raiva, era algum tipo de desestresse pessoal, dele.

Não estou reclamando, foda-se também, já estou acostumado, e ele não me assusta nem um pouco, com esses milhões de palavrões que solta.

Se este, é o objetivo dele com isso, já pode ir desistindo.

Voltando ao assunto de ter o acompanhado a tarde inteira (lembrando, que eu não podia voltar para casa e também que não tinha algo mais interessante para fazer).

Andamos muito, fomos até uma praça que tinha um parquinho, e lá sentamos em um banco para relaxar e passar o tempo, quer dizer, o vovô ranzinza, de 17 anos do Kazinho, se apossou do banco. Eu, somente me intrometi ali.

Sério. Como alguém se esparrama num banco, com as pernas bem relaxadas e abertas, só pra não sobrar espaço? Isso é não pensar no próximo, que injusto.

E essa coisa chamada “banco”, está na praça, e a praça é pública, ou seja...? Exatamente, o banco é público e eu tenho direito, tanto, quanto esta bola de cabelos loiros aqui.

E mesmo Katsuki não querendo, conversamos, foi meio difícil nos primeiros minutos, já que ele estava obviamente, tentando me ignorar, afim de me fazer perder a dedicação de o seguir somente para o deixar mais irritado para meu divertimento próprio.

Depois da praça, passamos em uma lanchonete, e novamente o Katsuki tentou me ignorar, mas, acabei tendo uma idéia incrivelmente maléfica, e comprei um lanche completo no nome daquela loirinha irritada.

Quando ele percebeu a merda que eu estava armando, foi hilário, e ele ainda tentou me impedir, porém, quando eu dei a primeira mordida e disse que esqueci minha carteira, seu plano foi por água abaixo.

E ele pagou sim, na força da indignação. Mas pagou.

Eu estava todo sorridente, caçoando dele, dizendo que foi um maravilhoso encontro, que adorei o lanche exageradamente romântico e, nosso diálogo de dar inveja, com as cantadas seduzentes e piadinhas que ele dava para me impressionar e melhorar o clima maravilhoso e instigador que estava rolando.

Detalhe: nós dois passamos, desde que começamos a comer, o momento inteiro com os olhos grudados no celular. Cada um, em sua própria bolha, entretido demais com o mundo virtual.

O silêncio não era desconfortável, mas, era quase mortal, e se eu não tivesse espiado, pra ter certeza que o Bakugo ainda estava ali, eu diria até que talvez, ele já tivesse ido embora e tivesse me deixado sozinho.

Porém, vamos fingir que tudo que eu disse sobre o encontro romântico, é real. Somente para fazer o termômetro de paciência do Kacchan explodir.

Ele vinha logo atrás de mim, o bico que ele fazia quando estava com a mais pura cólera, parecia bem maior que o normal, e quase jurei que estava tendo um derrame quando percebi o tique no olho, que ficava tremendo.

Realmente, foi divertido, sacanear com meu inimigo era até mais prazeroso do que andar com meus amigos, às vezes.

Não sei. Talvez, fosse porque eu não andava muito com o Kacchan, ou, só estava realizado por ele ter pago o lanche, mesmo tendo algumas notas que davam claramente para ver, na capa transparente que ocasionalmente, eu usava em meu celular.

Nós, e os garotos ๑BakuDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora