Capítulo 08: Katsuki é pior que princesa

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Onde diabos é o botão de desligar os pensamentos, hã?

Tava quase pra endoidar, não sei como, mas em um só momento, eu fazia e pensava, e tentava raciocinar sobre três coisas ao mesmo tempo.

A primeira; eram as provas do primeiro período que estavam se aproximando, argh! E só de pensar nas questões gigantes, tanto em perguntas como em respostas, nas área de humanas, eu faltava pouco chorar ou espernear sobre minha calma.

Meu pai trabalha com contabilidade, vendo ele fazendo cálculos com tanta facilidade, me serviu de inspiração e me deu gosto para a coisa. Era tão divertido quando ele me ajudava de uma forma informal e brincalhona nas atividades do ensino fundamental.

Eu, Katsuki Bakugo, sou ótimo em exatas — cálculos. O professor já abusou minha cara, de todas às vezes que ele passa tarefa, e muita das vezes sou o primeiro a entregar.

Não sou lá o Pitágoras. Mas, com grande orgulho, e certeza, me garanto nas continhas.

A segunda coisa; era a melodia nada calma que soava por todos os metros quadrados do meu quarto.

Todavia, meu nobre, não era essa que me deixava surdo e avoado as coisas que aconteciam, tanto no meu quarto, quanto fora da minha própria mente.

A terceira coisa, era a que me deixava inquieto, confuso e muito mais pensativo; Izuku, e a última vez que o vi com aquele papo de Romeu e Julieta.

Não eram os ponteiros do relógio que me irritariam nesse momento, nem os agudos e solos bonitos e maneiros da guitarra, eram os tic tac's da bomba que era minha mente, prestes a explodir a qualquer momento.

Estava mergulhando em questionamentos sem fim, que levava a uma coisa que abria outra incógnita, e mais outra, e mais outra e... Putz. Parecia uma armação de solução de uma continha de equação do primeiro grau, ou então aquela de inequação do 2 grau. E olha que era excepcional nas duas “continhas”.

Não era, exatamente, relacionado a peça Romeu e Julieta. Estava mais próximo das minhas reações sobre ele tão perto de mim, suas ações repentinas e questionadoras, ou como estava me sentindo sobre isso.

Porra, parecia aquelas explicações da professora de história ou quando era algo como a diferença dos 4 porquês. Muito além de uma situação embaçada, talvez muito além de complicado ou complexa.

Eu não conseguia entender caralha nenhuma. Mesmo que a algodão doce da Ashido me explicasse e até desenhasse.

Como eu disse, não sou lá tão foda, na porcaria de humanas.

Puta que pariu, mas, onde diabos eu iria chegar?

Katsuki Bakugou, — Eu não sei vocês, mas só de ouvir essas palavras sendo proferidas, meu cofrinho mágico fechou, não passava nem vento. Acho que na mente da minha mãe, cada sílaba que ela proferia era um soco que ela me dava, porque ôh matriarca pra ter uma voz grave e alta, cruz credo. — Abra essa porta agora ou eu a derrubo!

As batidas carregadas de ódio, que somente em segundos de compreensão me fizeram levantar de um supetão do meu ninho de concentração, pois estava simplesmente um fuleiro de tão bagunçada, cheia de livros, gibis, materiais da escola, fone, carregador, enfim uma bagunça — minha cama.

E que por incrível que pareça, anteriormente me sentia confortável enquanto cantava juntamente ao tempo em que passava as folhas do meu livro, encarando as palavras sem de fato ler.

Eu me sentia ferrado sem nem ter feito algo tão grave, na verdade, o som do meu quarto estava nas alturas, quase no último volume, e, não sei como diacho isso aconteceu, mas a voz de Mitsuki Bakugo conseguiu se sobressair sobre aquele clássico que tocava no filme do herói mais foda dos tempos. Ela mesmo Back in Black de AC/CD.

Nós, e os garotos ๑BakuDekuOnde histórias criam vida. Descubra agora