Capítulo 04: Fã ou hater?

286 44 96
                                    

Sexta-feira, seis horas da manhã, digamos, que o mundo estava "acordando".

O sol estava subindo sobre aquele véu azul radiante, e os primeiros raios de luz não eram tão quentes ou desgastantes, pois agora que o dia estava amanhecendo.

Os famosos raios ultravioleta estavam saindo, e, na verdade eles eram um calorzinho, até, muito bem vindo, acordando até minha alma que ainda se espreguiçava.

Quê? Eu tinha acabado de ser expulso da minha própria cama. Meu corpo estava de pé, mas minha alma ainda estava na minha cama quentinha, decidindo se saia ou não do aconchego do meu edredom do Capitão América.

A aurora era encantadora, e aquele típico friozinho indo embora do meu corpo assim que os primeiros raios de sol me encontraram na varanda da minha casa me deram uma sensação espetacular de bem estar.

Cara, falando em sol, e raios ultravioleta. Lembrei da aula do meu professor de biologia. E que tenho uma atividade de 4 questões para responder, cada uma com 77 letras do alfabeto. Sendo que o nosso alfabeto só tem 26.

Mas, vamos esquecer os laços do inimigo, amém? E vamos focar no sol.

Você sabia que a exposição ao sol aumenta a produção de endorfina pelo cérebro, substância antidepressiva natural, que promove sensação de bem-estar e aumenta os níveis de alegria? Além disso, a luz solar estimula a transformação da melatonina (hormônio produzido durante o sono), em serotonina, que é importante para o bom humor.

Sim, exatamente; "Carai, Midoriya".

Talvez, essa seja uma explicação mais científica do porquê, de estar me sentindo ótimo, enquanto pareço um galo pronto a cacarejar, me esticando todinho só para tirar o resto de preguiça que ainda está amontoada em mim.

Ou, talvez eu devesse dar uns socos no peito e esgoelar igual a como um gorila alfa faria.

Já tomou um solzinho, hoje? Sol é saúde, mais não exagere. Não queremos ninguém torrado.

E lá estava eu, me sentindo relaxado depois de uma ótima boa noite de sono. O dia estava começando e com ele o mundo também.

O bairro a qual eu morava era calmo, não tinha pessoas muito agitadas, apesar de existir pessoas da minha idade ali.

Contando, o que mais tinha, eram moradores antigos, como idosos, ou famílias que tinham se mudando a pouco tempo.

Então, eu agradecia mentalmente, pela calmaria, e também por não existir aqueles baladeirinhos e barulhentos.

Não escutei os passarinhos cantando, ou qualquer coisa clichê, mas só de olhar para as plantas da minha mãe adornando o pátio, involuntariamente um sorriso se expandiu em meu rosto, fazendo covinhas intrometidas surgirem.

Hoje não tinha aula, era algum tipo de feriado e ficamos "de folga".

Que calúnia. Eu não estava de férias, definitivamente. Minha mãe já estava me fazendo de escravo, e eu mal tinha aberto os olhos quando ela me deu mil e uma tarefas para cumprir.

Estava me sentindo um mandado qualquer.

Então, esse era o amor incondicional de mãe, dela, por mim? Me acordar na base da vassourada, e já vir abrindo as cortinas do meu quarto, com aquele clarão de luz quase me deixando cego? Inacreditável.

Nem mesmo para ter uma folguinha adequada. De vários e vários nadas para fazer, enquanto assisto algum filme ou, uma das minhas milhares de séries acumuladas que nunca terminei, ou terminarei.

Ou, sequer comecei.

Assim que voltei a abrir meus olhos, respirei fundo, soltando o ar assim que comecei a andar. Eu tinha um dia inteiro pela frente e já estava reclamando.

Nós, e os garotos ๑BakuDekuWhere stories live. Discover now