Meu vício é você, Katsuki Bakugou

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Boa leitura amores ❤️

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- Faculdade não é algo para se deixar passar sem todas as experiências, aquelas que você leva para a vida toda, que conta para os seus filhos e netos, que te fazem passar vergonha, que trazem todas as boas memórias, que contam uma história, que repassa um legado. Então, me diga, Izuku Midoriya, você está pronto para o seu primeiro trote de universitários? O trote que vai oficializar de vez o começo de uma nova fase na sua vida?

Puta que pariu, eu tô em um manicômio, só pode isso.

Desde quando o vandalismo é contado como experiência universitária? Beleza, até entendo que norte americanos - e até outras pessoas de vários países mundo afora, mas principalmente norte americanos - considerem uma tradição passar trotes maldosos quando estão na faculdade, mas nunca imaginei que isto seria tão forte aqui no Japão, ainda mais em uma lugar como Tóquio, em uma universidade tão renomada quanto essa.

- Uraraka? Me poupe, você acha mesmo que irei participar disto?

- Ah, Zuzu, por favor, você não pode se negar a participar, afinal, sem você o nosso plano não irá funcionar.

- Verdade, meu amor, sem você não seremos capazes de ter todas as nossas experiências!

Mina alimentou o argumento da Ochako, sabendo que me fazer sentir essencial era o empurrãozinho que elas precisavam para me fazer participar do plano sujo delas.

Quis dizer que não, quis com todas as minhas forças negar, mas quem sou eu para dizer um "não" para a carinha engraçada - e impagável - de cachorro pidão que caiu da mudança, que esses três fazem, somado a chantagem psicológica delas? Nem culto de fraternidades são tão eficientes e manipuladores quanto elas são capazes de ser.

- Por Amaterasu, tanto faz, só me diga logo o que vocês pretendem fazer.

- Você vai amar a nossa ideia!

- Tenho quase certeza absoluta de que não irei.

Passamos alguns minutos concentrados naquele trote idiota - e que provavelmente me traria consequências inimaginaivéis e enormes caso descobram que estou por trás dele.

Quanto mais ouvia, mais desacreditado ficava, não levando mesmo a sério as palavras malucas das garotas. Segundo elas, a sua nova "irmandade" - que mais parece um clube distribuindo ingressos para serem expulsos da faculdade - planejava aprontar justo com o meu professor favorito, o Aizawa, um ótimo químico e biólogo que dá aula três vezes na semana para a minha turma.

Era algo envolvido com "plantar" uma armadilha envolvendo tintas e esqueletos em seu escritório. Fui contra logo de cara sobre a coisa do esqueleto, usando o argumento de que usar aquele tipo de coisa, já deixaria evidente que alguém que cursava as aulas dele estaria envolvido.

E após muita discussão, elas chegaram a ideia final de prender um balde de tinta - que por algum motivo eu teria que comprar -, que ficaria preso sobre a porta dele.

Infantil? Sim, completamente.

Irracional? Nem sei como explicar o quão é.

Mas elas resistiram? Não, né, porque essas duas são loucas de pedra.

Deixando que meus pensamentos se afastasse das ideias delas, e perdi em meu mundo particular, pensando sobre aleatoriedades da minha vida, e às vezes - mais do que gosto de admitir - me perguntando onde o meu companheiro de cela estaria.

E como se tivesse ouvido os meus pensamentos, ouvi a porta destravar, e Katsuki passar por ela não se dando o trabalho de perder muito tempo olhando em nossa direção, mas deixando seus rubis se demorarem mais em mim do que nas outras duas pessoas presentes no cômodo.

Colegas de quartoWhere stories live. Discover now