"Evolução: em poucas palavras, como o processo de variação e adaptação de populações ao longo do tempo, podendo inclusive provocar o surgimento de novas espécies a partir de uma preexistente"
Foi isso que aconteceu, evolução. Depois bombas nucleares...
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O acampamento estava agitado, as pessoas andavam de um lado para o outro recolhendo coisas, arrumando tudo para poderem sair. Rowena estava no módulo, com Clarke, Finn e Bellamy. Griffin estava suturando o ferimento de Raven. –Eu não entendi. Como o Murphy arrumou uma arma? –Finn perguntou. –Uma longa história. –Bellamy diz. –Tivemos sorte. Se ele acertasse o tanque de combustível, estaríamos todos mortos. –Raven conta. –Tem combustível de foguete aí embaixo? –Clarke pergunta surpresa. –O bastante pra fazer uma bomba? –Pra fazer cem bombas, se ainda tivéssemos pólvora. –Raven lamenta. –Talvez os ceifadores possam nos ajudar. "O inimigo do meu inimigo é meu amigo." Não é? –Bellamy pergunta. –Nem pensar. –Rowena discorda firmemente. –Eles não são opção nem pros terrestres. –Rowena tem razão. Não esse inimigo, nós vimos eles...não são opção. –Clarke nega. –Não temos tempo pra isso. Ela pode andar ou não? –Finn pergunta. –Não. –Clarke nega pesarosa. –Temos que carregá-la. –Tem coisa nenhuma! Eu tô pronta pra ir. –Raven tenta se levantar, mas Rowena a segura. –Espera aí. A bala ainda está dentro de você. –Clarke explica. –Se por milagre não tiver hemorragia interna, você pode aguentar até chegarmos num lugar seguro. Mas você não vai poder andar. Você entendeu? –Clarke pergunta impassível. –Entendi. –Raven concorda sem escolha. –Vou pegar a maca. –Finn explica saindo. –Sempre rápido pra fugir, né? Muito corajoso. –Bellamy provoca. –Morrer numa luta perdida não é coragem, Bellamy. É estupidez. –Finn replicou. –Você fala como todo covarde que sempre foge da luta. –Bellamy diz se aproximando. –Tá legal já chega! –Clarke intervém. –Hora de ir. –E se nos seguirem? São 200km até o mar. –Bellamy pergunta. –A gente tá perdendo tempo. Se ele quiser ficar, que fique. –Finn dá de ombros. –Não, ele pode. –Clarke nega, mas Finn não dá ouvidos e sai do módulo. –Não vamos conseguir sem você Bellamy. –Clarke reclama. –E você quer que eu diga o que Clarke? –Bellamy pergunta aborrecido. –Quero que diga que está com a gente. Essas pessoas aí fora ouvem você. –Clarke assegura. –Então se alinhando pra ir. Eles ouvem mais você. –Clarke ofereceu uma saída fácil. Mas a cinco minutos, eles lutariam e morreriam por você. Você os inspira. –Rowena intervém. –Eles vão precisar disso de novo antes que o dia acabe.
Rowena ficou ao lado do portão, esperando todos saírem do acampamento. Assim que a última pessoa saiu, ela se virou, vendo Bellamy observando o módulo. –Você foi bem Bellamy. –Dezoito mortos. –Bellamy diz. –Oitenta e dois vivos. –Rowena argumenta. –Você foi bem. –Ela ressalta. Bellamy concorda por fim, ele se virou pegando um balde com água, e jogando sobre a fogueira, apagando o fogo. Os dois saíram juntos do acampamento, seguindo o grupo, que caminhava alerta pela floresta. –Sabe o que eu vou fazer quando chegar na praia? –Miller pergunta a um garoto que estava com ele. –O que? –Eu vou surfar. –Os dois riem, mas são interrompidos por Jasper. –Quietos, fiquem de olhos abertos. –Jasper manda cauteloso. –Nenhuma floresta, só o oceano. Nenhuma árvore, só muita água azul. –O garoto diz. Rowena que estava na frente do grupo observava atentamente a floresta, em um desses momentos ela jurou para si mesma que viu alguma coisa se abaixa entre as árvores. Ela ergueu a mão parando. –O que foi? –Jasper pergunta. –Não vejo nada. Rowena não teve tempo de responder, alguma coisa passou zunindo perto do seu rosto, acertando o garoto que conversava com Miller na cabeça. Ele cai, morto no chão. O grupo se afasta assustado. –TERRESTRES! –Jasper grita desencadeando o caos. O grupo entra em pânico, e voltam para o acampamento entre correria e gritos.
