Ander

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Ponto de vista - S/N

Eu estava atrasada novamente para a aula, e essa não é a primeira vez que acontece. Ander, o representante de turma já me deu vários sermões por eu chegar tarde. Mas eu já dei as minhas explicações, dizendo que eu trabalho até tarde e sempre estou cansada, por mais alto que eu deixe o meu despertador, não funciona comigo.

Ander: Mais uma vez atrasada, S/N? - Entrei na sala depois da primeira aula, Ander estava sentado na cadeira do professor com um caderno em suas mãos, com seu uniforme bem vestido nele mesmo, ele estava me olhando sério e mais que isso, os olhares dos demais alunos da nossa sala estavam pesando sobre mim.

S/N: Sim, Ander. Falei baixo, fechando meus olhos e baixando minha cabeça. Senti suas mãos em meu braço, me levando para fora da sala.

Ander: S/N, precisamos ter uma conversa muito séria. Eu não gosto quando você chega atrasada e sei que você não tem culpa, sei que você trabalha até tarde e ainda tem seus afazeres. Por que você não me pediu ajuda?

S/N: Você não tem nada a ver com meus problemas, cuide da sua vida. - Eu conhecia Ander já faz alguns anos e ele sempre demonstrou se preocupar muito comigo, mesmo eu tendo sentimentos a mais por ele.

Ander: Escute, eu me preocupo com você e você sabe disso mais do que eu mesmo. Não quero ver você abalada pelos lugares, com notas baixas e no final ver você triste. - Ander me abraçou. - Eu não quero ver você assim, S/N. Eu sinceramente não quero. Eu vou começar a ajudar você, pois eu sei que você precisa de ajuda.

S/N: Ander por favor.. - Seus lábios se chocaram nos meus, iniciando um beijo carinhoso que ele podia transmitir. - Por que? Por que você fez isso?

Ander: Eu gosto de você, não quero ver você feliz. Ver você assim, me faz me sentir mal. Então, eu vou te ajudar no que for preciso, você já me salvou tantas vezes.

[...]

Depois da escola, eu só tive tempo de chegar em casa e arrumar minhas coisas para ir ao trabalho. Eu trabalhava em uma cafeteria bastante famosa na cidade, foi meu bisavô quem criou e agora está por minha conta, eu e meu irmão somos as donas já faz alguns tempos e somos muito bem elogiadas por quem entra e sai da nossa cafeteria.

Valério: Pronto, hoje nós conseguimos uma boa grana. Parece que amanhã vamos ser entrevistadas com direito a sairmos nas revistas da cidade. Eu nunca gostei muito de aparecer nessas coisas, Valério sempre fez questão.

S/N: Isso é muito bom, diga a eles que não vou poder comparecer. Você sabe que eu não gosto dessas coisas, então, invente uma desculpa. - Peguei um táxi para ir para casa e ir descansar o máximo possível. Já era muito tarde e eu não conseguia nem manter meus olhos abertos por muito tempo.

No dia seguinte, acordei por causa de um barulho que estava vindo lá de fora. Me levantei mesmo tentando várias vezes tampar meus ouvidos com o barulho infernal do carro. Olhando pela janela do meu quarto, reconheci o carro branco imediatamente. Era de Ander e vi o mesmo saindo de seu veículo.

Olhei para o meu celular que estava no carregador e peguei o mesmo para ver as horas. Muito cedo, faltando uns vinte minutos para fazer o seu barulho maldito. Desci as escadas de pijama mesmo e abri a porta para Ander entrar.

Ander: Parece que eu te acordei. - Ele me abraçou, ele estava quentinho. Parecia um pãozinho gostoso que acabou de sair do forno. É tão bom te abraçar, ander. - Você está bem? Você não respondeu às minhas mensagens?

S/N: Você veio aqui para ter uma conversa séria comigo como representante? - Toquei em seu nariz com o meu e sorri para ele. Fazendo-o ficar corado.

Ander: Não, eu vim aqui porque eu queria te dizer que todos os dias irei te deixar em casa e te buscar. Sei que isso pode parecer muito para você, mas eu disse que eu iria te ajudar. Você se encontra com muitos problemas, e farei o possível para ficar ao seu lado e passar de tudo isso com você. - Suas mãos em meus cabelos, fazendo um cafuné gostoso, ficamos em pé em meio à sala de estar.

imagine~ EliteWhere stories live. Discover now