𝟑𝟏

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𝐂𝐢𝐧𝐜𝐨 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

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𝐂𝐢𝐧𝐜𝐨 𝐚𝐧𝐨𝐬 𝐝𝐞𝐩𝐨𝐢𝐬

O tempo é o maior cicatrizante de feridas, sejam elas novas ou antigas. O tempo vai levando dores e aliviando o peso das mágoas. Segue seu curso com a normalidade dos dias, que para os aflitos parece não ter fim, e para os apaixonados, ele voa, acaba muito rápido.

E para Tony e Abby passou rápido. Haviam se passado cinco anos, e haviam sido anos incríveis. Os filhos tinham mudado a vida dos dois de formas inexplicáveis. Tudo parecia escuro depois de tudo que haviam vivido, mas aquelas duas crianças haviam trazido luz para suas vidas.

Os primeiros meses depois do nascimento dos gêmeos haviam sido um desafio. Como tudo que sabiam sobre bebês tinha sido aprendido num livro, tiveram momentos complicados. E no mesmo período, Abby e Tony finalmente tinham se permitido viver o luto por Amy e Peter. Como sempre, haviam se apoiado um no outro, e superado juntos. Superado não, pois provavelmente nunca superariam, mas quando lembravam dos dois jovens, já não doía como antes.

Tony começou à despertar do seu sono, quando sentiu braços o envolverem. Ao abrir os olhos, encontrou aquelas orbes azuis o encarando. Abby sorriu e beijou o começou a distribuir beijos pelo rosto do marido.

-Bom dia!- disse ele
-Bom dia, dormiu bem?
-Aham...- Tony lembrou de algo então continuou- Encontrei nosso filho na sala de madrugada.

Ela sentou-se na cama com o senho franzido.

-Que? O que ele tava fazendo?
-Sabe o caderno que ele não larga mais e tá sempre escrevendo?

Abby assentiu.

-Ele dizia que eram desenhos, mas quando eu fui ver o que tinha no caderno, eram projetos de robótica.

Abigail não ficou surpresa. Os filhos não eram crianças com um intelecto comum, pelo contrário, desde de cedo demonstravam aprender tudo com uma rapidez impressionante. E nos últimos meses ela e Tony haviam percebido o quanto eles estavam avançando. Muito mais do que eles quando tinham a idade dos filhos.

-Também vi uns cálculos bem avançados nas coisas da Harper.- contou Abby
-Acho que com quinze anos eles criam um robô assassino.- Tony observou Abby lhe repreender com um olhar- Tem razão! Com dez anos eles criam.

Ela deu risada fraca e deitou outra vez ao lado de Tony.

-Ah ontem eu fiz uma reserva naquele restaurante que as crianças adoram.- avisou Abby
-Por favor, não!- murmurou ele fazendo careta
-Não adianta reclamar como da última vez.
-Você também não gosta do lugar.
-É, mas a Harper e o Hunter gostam, então iremos mesmo assim.

Sim, o nome nos filhos eram Harper e Hunter. Abby não pretendia seguir a tradição da família de colocar os irmãos para ter a primeira letra dos nomes iguais, mas quando olhou para os dois, simplesmente não havia como não ser Harper e Hunter.

𝐖𝐀𝐑 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒 | 𝐓𝐎𝐍𝐘 𝐒𝐓𝐀𝐑𝐊Место, где живут истории. Откройте их для себя