27. Eu não odeio-te

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Por favor,
meu eu do passado
para e escuta.

Eu não odeio-te!

Erros foram,
vergonhosamente,
cometidos e assolados.

Mas eu não desprezo-te,
eu compreendo-te
e não julgo-te.

És parte de mim,
tu fazes parte da minha história
e por isso repito-te:

Eu não odeio-te!

Não chores mais.
Não lamentes mais.
Não humilha-te mais.

Eu estou aqui
de braços abertos
para ressignificar-te
e oferecer-te toda a minha compaixão.

Tu não estás sozinha,
tu não és maldita,
tu és uma eterna aprendiza.

Vem!
Eu seguro a tua mão.

Vamos caminhar juntas
e percorrer todo este vale,
que é o nosso interior,
e acredita que no final
seremos abraçadas
por aquela luz branca.

Cogito ergo Scribo

Penso, logo Escrevo (Cogito ergo Scribo)Where stories live. Discover now