32. As vestes brancas

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Não quero
manchar minhas vestes,
as vestes brancas.

Com muito cuidado
elas foram feitas.

Cada detalhe
muito bem planeado.
E doravante,
muito bem executado.

Eu corro,
inspiro e expiro,
mas não posso parar.

Senão,
a enorme mancha
esta pegar-me-á
e sem compaixão
seduzir-me-á
até que eu mergulhe
nas profundezas de sua perdição.

Esta luta ainda não tem um fim
pois eu ainda corro.

O medo de cair
é enorme e cega.

Não posso manchar
as minhas vestes,
as vestes brancas.

E por isso,
até então,
eu ainda corro.

Eu corro da mancha
e não olho para trás.

Seguro as vestes,
corro sem parar.

Cogito ergo Scribo

Penso, logo Escrevo (Cogito ergo Scribo)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant