39. Exalando a raiva

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O corpo contorce-se
e os músculos estão contraídos.

O que pertuba-me e irrita-me
passa em minha mente
como um filme.

Enalo o oxigénio com força,
com muita força
como se este ato apaziguasse
o que estava deixando-me mal.

Sinto meus olhos a querem
libertar a água salgada
o mais tardar possível.

Exalando a raiva
é algo que também perturba-me
pois eu sei que este ato
não é saudável.

Culpo-me,
irrevogavelmente,
por permitir isto.

Meu desejo não é ser assim,
mas quando a raiva vem
sinto-me desarmada
e acabo por cair
em sua emboscada.

Cogito ergo Scribo

Penso, logo Escrevo (Cogito ergo Scribo)Where stories live. Discover now