Conto - O Soldado - Parte 5

355 61 5
                                    


LARA

Mal cheguei às escadas e ouvi o som de uma explosão. Rapidamente saquei a arma, a empunhando corri em direção as crianças.

- Crianças, venham! – Chamei com urgência.

Assustados os três vieram correndo.

- O que foi isso doutora?

- Eu não sei, Adisa. – Respondi, os colocando atrás de mim.

- Os rebeldes estão de volta, eles nos encontraram. – O capitão informou.

Ele e o tenente, vieram correndo.

- O que faremos? – Meu tom preocupado.

- Nos defender. – Sam, está controlado. – Suba com as crianças e fiquem todos no quarto. Vou enviar o Pope, para lá.

- Sim, capitão. – Guardei a arma, pegando Zuri no colo.

- Capitão, eu tenho medo. – Disse a garotinha, a ele.

- Não tenha, nós estamos aqui para proteger vocês. – Sam, suavizou o tom e fez um afago na bochecha dela.

- Cuidado. – Murmurei para ele, Sam assentiu.

Subimos as escadas quase correndo.

***

- O que foi isso? – Perguntou, dr. Roy.

- Os rebeldes, eles nos encontraram. – Coloquei Zuri na cama. – Vamos ficar todos neste quarto, até segunda ordem.

Novamente o médico, puxou-me de lado.

- A dilatação chegou a 8 centímetros. – Ele informou.

Respirei fundo, mantendo os nervos sob controle.

- Faremos o parto. – Afirmei.

- Com esse caos, e o risco dos rebeldes invadirem o hotel? – Ele se sobressaltou.

- Não temos outra opção, e os rebeldes não entrarão aqui. Confio nesses homens, sei que podem manter esse forte até a chegada do resgate.

- Gostaria de um pouco da sua frieza, dra. Miller

- Trabalhe alguns anos como médico militar, meu caro. – Caminhei até Amara.

Fiz um novo exame, é certeza, o bebê está chegando. Mas ela não pode parir nesse quarto, diante de todas essas pessoas e as crianças. Portanto, eu tive uma ideia.

- Adisa, por favor, leve aquelas almofadas, o edredom e as toalhas para o banheiro. – Pedi ao jovem.

O banheiro é espaçoso, Dandara o higienizou por completo com cloro e álcool que encontrou na despensa.

- Sim, senhora. – Ele jamais hesita, é um bom rapaz.

- Dandara, pode ficar de olho nas crianças?

- Certamente. – Ela saiu do lado de Amara, se prontificando.

- O que pretende doutora? – O soldado Pope, perguntou.

- Ajudar um bebê a chegar ao mundo. – Os olhos dele se arregalaram.

- Vocês Miller, gostam de aventura. – Murmurou.

Gesticulei com as mãos, dizendo, o que podemos fazer!

Instruí o dr. Roy como quero proceder e precisei permitir que ele tomasse outro comprimido. As mãos do homem estavam tremendo.

***

Coletânea Fardados - ContosTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang