II.

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Assim que adentraram o carro luxuoso do Bakugou, o mesmo pode ver o rosto do garoto que chamou sua atenção mais claramente. Tinha um cabelo metade branco e metade ruivo, olhos heterocromaticos e uma cicatriz.

O alourado estava em transe, não conseguia parar de olha-lo e isso já estava começando a deixar o Todoroki corado, tentava disviar sua atenção ou não encara-lo diretamente nos olhos, mas era quase que impossível.

- Meio-a-meio, você faz o que da vida? - Perguntou se xingando mentalmente pelo péssimo apelido que havia dado ao mesmo.

- Meio-a-meio? - O Todoroki indagou baixinho, logo dando um sorriso quase que invisível. - Eu trabalho em uma biblioteca.

Silêncio. Mais uma vez o silêncio que deixava Katsuki cada vez mais tenso se instaurou no grande carro. Geralmente, gostava de silêncio, já que vivia cercado por pessoas que só viviam gritando e agindo como desesperadas.

O carro foi estacionado em frente a casa do Bakugou que já foi direto abrir o portão principal, enquanto o Todoroki observava a bela mansão.

- Meio-a-meio, não precisa agir como se nunca tivesse visto uma casa assim. 'Cê tem cara de quem tem dinheiro.

- Hãm, é. Quando eu morava com meus pais, eu vivia em uma casa grande também, com estilo tradicional japonesa, mas atualmente eu moro em um apartamento.

- Por que não mora mais com seus pais? - E, de repente, uma expressão triste tomou o rosto do meio ruivo, que abaixou minimamente a cabeça, fazendo sua franja cobrir metade de seu rosto.

- Não gosto de falar sobre isso, Bakugou.

- Foi mal, aí. E, me chame só de Katsuki.

O Bakugou o guiava até sua sala de ensaio particular que ficava no final de seu corredor. Abriu a porta do cômodo, vendo sua bateria e microfone ali, enquanto o Todoroki passeava seus olhos pelo local.

Tinha diversos prémios de apresentações e categorias pendurados e alguns estavam em estantes. Katsuki ligou seus amplificadores e posicionou o microfone na altura de sua boca, sentado-se no banco que continha atrás do instrumento.

Shoto se sentou em uma das cadeiras que haviam ali, e sem se importar com o horário ou com seus vizinhos que dormiam tranquilamente às onze e cinquenta da noite começou a tocar a música que séria seu mais novo lançamento, Beggin.

Bakugou a tocar e a cantar, enquanto seu olhar estava fixo no Todoroki e no corpo do mesmo que era bem mais bonito agora que via com clareza. Em alguns momentos, o loiro fazia um solo de voz, sem o instrumentou da bateria e percebia que os olhos do meio albino também estavam focado no mesmo.

Por outro lado, Todoroki tinha certeza que havia gostado do estilo de música que o Katsuki tinha tocado e que com certeza começaria a ouvir as músicas daquele loiro talentoso que havia conhecido.

A voz de Katsuki despertava seu interesse, estava gostando de ouvi-lo cantar, assim como descobriu que gostava de ouvir ele falar desde que trocou as primeras palavras com ele. E assim que o show particular que o Todoroki estava recebendo acabou, o loiro foi em direção a Shoto que hesitou levemente com a proximidade.

- E aí? O que você achou? - Disse, se sentando.

- Muito bom. Você canta bem, Katsuki. - O nervosismo começou a tomar conta do corpo de Shoto, visto que o Bakugou se aproximava cada vez mais.

- Ah, que bom que gostou, podemos marcar de você me ver ensair mais vezes. - O meio ruivo assentiu e, finalmente, o alourado colou seus lábios com o do Todoroki, com uma de suas mãos pousadas no pescoço do garoto de olhos heterocromaticos.

O Todoroki segurou a gola de Katsuki impedindo que separasse o beijo, o meio-ruivo se levantou e se sentou no colo do loiro, envolvendo seus braços no pescoço do Bakugou. Shoto arfou a sentir sua coxa sendo apertada, o alourado se levantou, ainda com o Todoroki em seu colo.

Em poucos segundos depois, a jaqueta de couro já estava perdida no chão da sala de ensaio. Katsuki foi andando com Shoto em seu colo até o quarto, onde o deitou sobre a cama.

Naquela cama, durante toda a noite, eles fizeram um sexo intenso com gemidos altos, chupões por todo o corpo e os orgasmos mais gostosos que já tiveram em toda a sua vida.

[...]

No dia seguinte, o Bakugou acordou com seu celular explodindo de notificações e Shoto ainda estava deitado ao seu lado. Se sentou, reencostando seu corpo na cabeceira da cama e abriu seu Instagram.

Para a sua infelicidade, já havia descoberto o porquê de tanto alvoroço em suas redes. Tiraram uma foto de Katsuki com Shoto na balada e também quando os dois entravam no carro do mesmo, e o pior de tudo, dava para ver perfeitamente o rosto dos dois nas duas fotos.

O Bakugou bufou e revirou os olhos, levando as orbes até o Todoroki que dormia tranquilamente. Se levantou e foi até o banheiro, onde escovou seus dentes e fez suas necessidades, botou sua calça moletom e desceu até a cozinha.

Estava faminto e muito cansado, sabia que isso era pela noite, no mínimo, agitada que teve. Começou a fazer o café da manhã sem reparar que Shoto o observava da escada, mas notou a presença do meio-ruivo quando escutou a risada baixa do mesmo ecoar.

- Por que está rindo? Tem algum palhaço aqui? - Indagou, vendo apenas que o outro negou com a cabeça e se sentou.

O Todoroki vestia apenas sua cueca e uma blusa preta de Katsuki, o Bakugou começou a comer seu delicioso café da manhã, wallfles com frutas e uma vistamina de morango.

- E você? Não vai comer nada? - Perguntou, vendo o Todoroki negar.

- Vou me contentar com o suco de uva que peguei na sua geladeira.

- Hum. - Deu de ombros. - Todoroki, precisamos conversar.

- Sobre o que? - Agora Katsuki parecia mais serio que o comum, Shoto franziu o cenho. - Ah, e me chame apenas de Shoto, por favor.

- Hum, certo. - Uma golada em sua vitamina. - Bom, a midia sabe que passamos essa noite juntos, parece que alguém tirou fotos e agora está em todos os portais de fofoca. Assim que você botar a cara na rua vão te reconhecer e te encher de perguntas constrangedoras. O que quero dizer é que sua vida não é mais anônima.

L.A VIBES. || TodoBaku.Kde žijí příběhy. Začni objevovat