VIII.

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Havia chegado o tão esperado dia. O dia que Katsuki tanto ansiava.

O dia de seu show.

Estava no camarim terminando de se arrumar. Seu figurino era uma calça preta, um longo colar e uma capa vermelha com detalhes brancos e um ténis preto e branco, apenas, sem nenhuma vestimenta para cobrir seu abdómen muito bem definido.

Sua apresentação começaria em poucos minutos, tempo o suficiente para a sua cabeleireira terminar de arrumar seus fios loiros e rebeldes e sua maquiadora acabar de aperfeiçoar sua maquiagem. Tinha que admitir que adorava ser paparicado dessa forma.

Respondia alguns directes de fãs e mais alguns famosos, de agências e marcas famosas. Berbericou um pouco de sua champanhe e beslicando alguns pedacinhos de queijo, quando, de repente, a porta de seu camarim se abriu, roubando a atenção do loiro que, até então, não tirava os olhos de sua tela.

Era uma de suas agentes.

- Hãm? O que houve, Mount Lady? - O Bakugou chamava aquela loira dessa forma, pois a mesma era bem alta.

- Seus amigos querem te visitar antes do show. Posso deixar eles entrarem?

- Quem são? - Revirou os olhos, desligando seu smartphone.

- Acho que um se chama Eijirou e Kaminari. Posso deixa-los entrar? - O loiro afirmou, sem muita paciência.

E sem tardar, Denki e Kirishima já haviam invadido seu camarim e estavam sentados no sofá de couro, comendo alguns de seus snacks.

- O que vocês vieram fazer aqui? - Katsuki sentou em um banco do pequeno cômodo, comendo mais alguns de seus queijinhos.

- Viemos te desejar sorte, Kacchan! - O cabelo de merda, ou Eijirou, exclamou, se levantando do sofá e se aproximando do loiro de olhos carmesin, dando batidinhas nas costas do cantor.

- Já desejaram, podem ir embora.

- Para de ser assim, bakubro. Também viemos saber sobre o seu caso com aquele garoto de cabelo metade-metade! - O cara de burro, ou Denki, exclamou, demonstrando uma animação desnecessária, na visão do Bakugou.

- O Todoroki? - Afirmaram com a cabeça. - Somos só amigos e nos pegamos apenas uma vez.

- Então, não são apenas amigos. - Eijirou disse e levou mais um biscoito até sua boca.

- Como assim? Somos sim, porra!

- Se acalma, bombinha. O Kirishima só quis dizer que vocês são amigos que se pegam, sabe? Amizade com benefício, amizade colorida.

- Ah, tipo o que você tem com a Kyouka, Denki? - O Bakugou provocou o outro loiro que corou enquanto tentava negar. Kirishima e Katsuki riram até a barriga doer da cena iconica.

[...]

Havia chegado a hora, estava pronto para entrar no palco, faltava apenas alguns segundos.

Cinco, quatro, três, dois, um.

Imediatamente, assim que o loiro pós seus pés no grande espaço, todos começaram a gritar seu nome, um enorme sorriso se fez presente na face do Bakugou.

Encarava todos naquela plateia de forma única até que as luzes dos palcos se apagaram novamente e então, no escuro, Katsuki se sentou no banco atrás de sua bateria e posicionou seu microfone.

As luzes voltaram, só que dessa fez, em uma tonalidade vermelha e o loiro começou a cantar uma de suas músicas, Maniac, levando a plateia a loucura, fazendo pessoas pularem e gritarem seu nome e cantar a letra da música o mais rápido possível.

Cada letra da música, cada simples frase era dita com o máximo de vontade possível por Bakugou que dava de tudo para entreter seus fãs e não os decepciona-los durante sua performance. Às vezes, acabava pousando seus olhos rubros sobre alguém aleatório da plateia, dando uma piscadela e se divertindo com a forma eufórica que seus fãs ficavam quando isso acontecia.

Estava feliz que, mesmo com todas as polémicas que envolviam seu nome, seus fãs o apoiavam e semre estavam ali para lhe abraçar quando mais precisava.

Começou a cantar Freaks e após alguns segundos depois que sua garganta começou a cantar o famoso refrão, don't cry, I'm just a freak, notou que algumas pessoas da plateia, que estavam próximas do palco, começaram a chorar.

Ou, pelo menos, foi o que deduziu.

Também deduziu que várias outras pessoas estivessem chorando naquele momento.

Começou a cantar Friends enquanto observava a todos lá do palco, deixava que seus fãs cantassem o refrão, como um grande coral, enquanto fazia uma uma leve pausa para beber um pouco de água e limpar sua garganta.

Assim que voltou a prestar mais atenção na plateia e voltar a cantar, deslizou os olhos até a área VIP, conseguindo notar um serzinho de cabelos metade-ruivo-metade-albino. Seus olhos devem ter se focado no bicolor por muito tempo, pois acabou perdendo a letra e só voltou a sua realidade quando teve que cantar a próxima música.

E cantou. Mas cantou olhando nos olhos díspares de Shouto, que o encarava de volta, curtindo a música e dançando conforme a batida.

Estava cantando Serenata Existencialista.

"Meu bem, você precisa entender
Que a minha vida só se torna tolerável com você
Tem que concordar, enquanto nossa hora não chega
A gente pode se beijar, já pode aproveitar
Enquanto nossa hora não chega, a gente pode se beijar"

A batida durou mais alguns segundos e Katsuki passou para a próxima música, voltando a ter seu foco total na plateia que pulava, cantava e filmava o Bakugou frenticamente. Por um momento, o loiro se perguntou se seus fãs não se cansavam daquilo, mas pelos gritos e alguns presentes que eram arremeçados no palco de forma violenta, rapidamente, o mesmo obteve sua resposta.

Fez mais uma curta pausa para berbericar um pouco de água, e logo voltou a cantar novamente. Em alguns momentos, uma brisa de vento batia contra seu rosto e seu abdómen suados, bagunçando o cabelo minimamente e refrescando Katsuki, que se encontrava com um pouco de calor.

Agora cantava e dançava mais uma de suas músicas, Cool Of The Summer, juntamente com a plateia. Abriu a garrafinha de água, desepejando o líquido sobre seu corpo e sobre a plateia.

Devia admitir que essa era uma de suas músicas autorais favoritas e a que mais gostava de perfomar.

Esse foi o melhor dia da vida de Katsuki. Definitivamente.

L.A VIBES. || TodoBaku.Where stories live. Discover now