XV.

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[...]

Acordaram juntos na manhã seguinte. Tiveram uma ótima noite de sono, mesmo que Katsuki se lembre vagamente de Shouto tentando roubar sua coberta de madrugada. O céu não estava tão nublado quanto no dia anterior.

- Vai querer tomar café aqui no hotel ou em outro lugar? - O loiro indagou se levantado e indo até o banheiro na compainha do meio-ruivo.

- Tanto faz, só sei que estou com fome. - Cada um dos dois fizeram suas devidas higienes matinais e vestiram-se.

Desceram as escadas com mais risadas e conversas sobre o dia anterior. Decidiram que tomariam café da manhã no hotel mesmo, queriam saborear as delícias do local ainda mais.

Dessa vez, comeram torradas com ovo frito e uma sala balanceada, bebendo suco de laranja.

- As comidas daqui são deliciosas! - O bicolor exclamou, encarando o Bakugou com um sorriso em sua face.

- Verdade. - Katsuki limpou os cantos de sua boca com um guardanapo. - Eu adoro as comidas da França, mas não vamos perder tempo falando de comida, vamos ao Louvre!

- Não sabia que gostava de museos. - O Todoroki riu baixinho, pegando seu celular de cima da mesa e guardando em seu bolso.

Saíram do cômodo onde estavam e foram até a entrada do hotel, esperando o táxi, que não tardou a chegar. Paris era uma cidade que não poderia deixar de ser admirada, por isso, os dois homens faziam questão de olhar as ruas pela janela do carro.

Assim que chegaram ao museo, Katsuki pagou o subordinado do carro e o observou ir embora com o automóvel enquanto turbinas de pensamentos sobre como se sentia em relação ao meio-ruivo. Seus olhos estão focados no carro indo embora e na rua extensa, mas em sua mente tinha mais de mil pensamentos bem mais complexos que isso.

- Terra chamando Katsuki! - Shouto estalou os dedos em frente ao rosto do loiro. - Está me ouvindo?

- Hãm? Ah, sim. Eu só estava pensando demais. Vamos entrar? - Indagou.

- Depois eu sou o avoado. - Reviraram os olhos ao mesmo tempo e soltaram risadas nasal leves, se encarando.

Seguiram pelo caminho estreito da fila e adentraram o ambiente triangular. Era maior do que pensavam por dentro, com um corredor extenso e diversas pessoas encarando as obras de artes em silêncio.

Era um ambiente calmo, que combinava até demais com Shouto, mas nem tanto com Katsuki. Como bons turistas, começaram olhando a tão famosa e falada, MonaLisa, de Leonardo da Vinci.

Olharam também a escultura Vênus de Milo, de Alexandro da Antioquia e a escultura Vitória de Samotrácia, cujo o escultor era desconhecido. Ficaram levemente decepcionados com isso, pois gostariam de saber quem havia feito uma escultura tão bonita quanto está.

Deram de ombros e continuaram conhecendo mais pinturas e estátuas.

[...]

Já estava na hora do almoço e ambos estavam famintos. Saíram do museo, indo diretamente para o restaurante que havia ali em frente.

- Iremos comer aqui? - O meio-albino indagou, afastando uma cadeira da mesa em que ficariam.

- Sim. - Se sentaram. - Todos dizem que a comida daqui é ótima, então, vamos provar. - Logo, um garçom veio ao encontro dos homens.

- Bonjour, o que desejam? - O subordinado do restaurante disse, entregando o cardápio aos dois.

- O que vai querer comer, Shouto? - O loiro intercalou seus olhos avermelhados entre o garoto ao seu lado e o garçom enquanto dizia.

- Isso aqui... - Apontou no cardápio. - Desculpe, eu não sei pronunciar. Acho que vou começar a estudar francês. - O meio-ruivo brincou.

- Oh, ok. Queremos um Carbonnade Flamande e um Gratinado Dauphinis,  s'il vous plaît. Ah, e traga uma garrafa do seu melhor vinho. - O subordinado do resturante assentiu e se retirou.

- Nossa, Katsu, tudo aqui parece tão caro... - O Todoroki passeou seus olhos pelo local. - Tem certeza que não quer comer em outro lugar?

- Não, nós vamos curtir, Shouto. - O cantor disse, formando um sorriso de ladino em sua face.

[...]

Já estava a noite e os dois homens estavam caminhando calmamente próximo ao Arco do Triunfo enquanto o meio-albino se deliciava com o churros que estava em suas mãos. O Bakugou estava inquieto, Shouto já havia percebido isso, e sua mente estava a mil mais uma vez, assim como no Louvre.

Os dois estavam em silêncio, ouvindo apenas o barulho de seus passos e da água caindo do chafariz a esquerda dos homens. A noite estava calma e tinha poucas pessoas circulando por aquela área em que estavam. Também tiraram algumas fotos durante o dia, quais o loiro fez questão de postar e marcar o meio-albino-meio-ruivo, que ganhou muitos seguidores após isso.

- Hum, Katsuki, vamos sentar? Meus pés doem e eu estou cansado. - Shouto clamou, limpando o canto de sua boca com o guardanapo.

- Ah, ok. Vamos sentar ali no chafariz. - Disse, apontando para o local e se sentaram ali mesmo.

- Eu posso deitar no seu colo? - O Todoroki indagou, inocente.

- Ah... - O cantor estava corado, mas o meio-ruivo não saberia disso, já que estava de noite. Desviou seu olhar por um momento, coçando sua nuca. - Pode. Deita aí.

Assim o bicolor fez, logo tendo seus fios acariciados pelo Bakugou, que arranhou sua garganta propositalmente.

- Eu compus uma nova música, quer ouvir? - O cantor perguntou, olhando para o céu, inquieto.

- Claro. Eu adoro suas músicas, canta aí. - Shouto respondeu, fechando os olhos.

Então, Katsuki começou a cantar sua nova música chamada I Wanna Be Yours enquanto olhava serenamente para o Todoroki deitado em seu colo, acariciando seus fios. Tinha que admitir para si mesmo o quanto estava apaixonado pelo outro homem e tinha que admitir para o bicolor também, então estava fazendo o que deveria.

Mas do seu jeito.

Era uma música calma e viciante que o loiro havia escrito especialmente para Shouto e que também escreveu pensando no garoto, já que, de fato, queria apenas ser do Todoroki, e também queria que o Todoroki fosse apenas seu.

- O que achou? - Indagou, roubando a atenção do meio-albino.

- Eu adorei. Ah, Katsuki... - Shouto se levantou, sentando-se ao lado do loiro.

- Não diga nada, Shouto. - Suspirou. - Eu queria apenas te contar, desde muito antes da viagem, que gosto muito de você. Muito mais do que você imagina, na verdade e eu queria que soubesse, porque eu, realmente, gosto demais de ti. Você tem me deixado muito feliz e eu não consigo parar de pensar em você desde que nos conhecemos. - Engoliu em seco. - Se não sentir o mesmo, eu vou entender, mas eu precisava muito te dizer isso.

- Bakugou, eu... - O bicolor perdeu as palavras por um momento, pensando no que iria dizer. - Eu também estou apaixonado por você, desculpe não ter dito antes ou não ter demonstrado antes, é que eu não sabia como iria fazer. - Riu nasalmente, passeando seus olhos da face do loiro até o chão.

E se beijaram.

Pode ter certeza que, naquela noite, eles transaram em Paris até o dia amanhecer e as únicas testemunhas daquela noite de prazer, foi a Torre Eiffel e as paredes do hotel caro.

I just wanna be yours.

[Fim.]

L.A VIBES. || TodoBaku.जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें