XI.

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- Sim. Vá comigo para Paris. Eu quero que você vá comigo. - Katsuki insistiu, ainda sendo encarado por Shouto, que estava em choque.

- Katsu, eu não posso. - Explicou, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- O que? - Indagou confuso, franzindo o cenho. - Por que?

- Seu sei que você é famoso e vive viajando, e pode fazer isso quando bem entender, mas eu não posso. - Falou, quase que choramingando. - Eu ainda sou o mesmo Shouto que trabalha em uma biblioteca no shopping e mora no centro de Tokyo. Não sou como você.

As palavras do Todoroki deixaram-o levemente intrigado e triste, balaçou a cabeça negativamente. Foi até a geladeira e tirou os bombons de lá e os desinformando.

- Estão prontos. Prove. - Disse, entregando-o um dos pequenos bombons para o homem um pouco maior que si.

O Todoroki mordeu o bombom, sentindo o gosto adocicado de chocolate emanar pelo seu paladar. Gemeu em prazer com o ótimo gosto, e o loiro soltou um riso baixo.

- Está uma delícia. Muito bom!

- E então, vai para Paris comigo?

- Já disse que não posso. Eu tenho trabalho, Katsu.

- Por favor, vai ser só por uma semana. Eu posso conversar com seu chefe e te garanto que não precisará mais desse emprego, se depender de mim.

- Não quero depender de você para nada, Bakugou. Eu gosto da sua compainha por você ser você, não por ser famoso ou ter dinheiro. - Terminou de comer seu bombom e viu o cantor levar seus olhos avermelhados até o doce, aparentemente triste.

- Por favor, vá comigo... - Suplicou, falando baixo. - Eu quero que você vá comigo, Shouto. - O meio-albino suspirou.

- Tudo bem. Eu posso tentar. Eu vou ver se eu posso ir, mas não prometo nada, ok? - E um sorriso se abriu no rosto de Katsuki, como se o mesmo fosse uma criança que havia acabado de ganhar um pirulito colorido do tamanho de sua cabeça.

[...]

O celular do Bakugou vibrou em seu bolso, largou as baquetas da bateria e o atendeu.

- Fale o que quer, meio-a-meio.

- Não seja tão rude. Só vim avisar que eu conversei com o meu chefe e com o meu irmão, e vou poder ir para Paris contigo.

Um sorriso radiante surgiu nos lábios nervosos do cantor.

- Que bom. - Disse em um tom de voz calmo, com um sorriso em sua face. - Quero comemorar isso. Vamos sair para jantar essa noite, o que acha?

- Hum, eu iria jantar na casa do meu irmão. A propósito, quando nós iremos a Paris?

- Semana que vem. E pode dizer para o seu irmão que ele e o namorado esquisito dele estão convidados também.

- Ok. - Antes do meio-ruivo desligar, o loiro pode ouvir ele soltando uma risada e gritando alguém, provavelmente seu irmão mais velho, o que o fez soltar uma risada nasal.

Estava feliz que iria encontrar o meio-ruivo naquela noite, já que havia um tempinho que não se viam ou conversavam por mais de trinta minutos, mas isso bastava para o Bakugou, ainda mais quando sabia que o Todoroki, com aquele jeito todo certinho, havia separado um tempo em sua agenda para dar total atenção ao cantor.

Essa felicidade repentina de Katsuki em falar com Shouto, e a preocupação de Shouto com Katsuki fazia os dois questionarem seus sentimentos várias vezes durante o dia e se pegarem lembrando um do outro em momento aleatórios. O nervosismo do cantor em se encontrar com o meio-albino e as borboletas no estômago de Shouto não deixavam que eles esquecessem do que estavam sentindo.

O cantor voltou para sua sala de ensaio e ficou lá por mais algumas horas treinando e pensando em músicas para o seu próximo álbum.

Estava suado e corria para seu banheiro, faltava uma hora para se encontrar com o Todoroki e os outros dois acompanhates, precisava se arrumar rápido. Tomou um banho de vinte minuto e certificou-se de que seu cabelo estivesse arrumado, emperfumou-se e vestiu-se.

Botou um conjunto de roupas sociais azul-escuro e um sapato social também, sua camisa tinha apenas dois botões abertos, mostrando o inicio de seu peitoral. Pegou sua carteira e celular e foi para seu portão, esperando para que os irmãos Todoroki, e o namorado de Touya, o buscassem.

Poderia ter ido com seu motorista, e até mesmo ter ido busca-los, mas desde que começou a nutrir sentimenos pelo meio-albino, está começando a gostar dos pequenos atos que Shouto fazia para lhe agradar ou mimar. Estava ansioso para o encontro duplo que iriam ter.

O carro de Dabi não tardou a chegar. Era um Porsche azul-marinho, com o vrido blindado e com insufilme preto, tão escuro que não dava para ver o que se passava no banco de trás. Adentrou o carro, sentando-se ao lado do meio-ruivo, inquietamente. Dirigiram calmamente até o restaurante, Katsuki encarava a rua pelo o outro lado do vidro.

O restaurante não era longe, em poucos minutos puderam ver a estrutura grande e muito bem iluminada, com um tapate vermelho na frente e um lindo jardim. Descerem do automóvel, que foi estacionado em frente do estabelecimento de luxo.

Ao adentrarem o local, foram recpcionados por uma bela senhora baixinha com sardas e que vestia uma saia longa até os joelhos, um salto alto preto e meias brancas, combinando com o tom de sua blusa fina, tapada pelo suéter cor de rosa-bebê; o cabelo era preso em um coque no alto de sua cabeça.

- Boa noite, aonde os senhores desejam se sentar? - A voz fina e fofa indagou, o loiro abaixou seu olhar para encarar a moça.

- A mesa mais próximas da janelas possíveis, no canto, colado na parede. - A voz rouca soou.

- Me acompanhem, por favor. - Os quatros homens a seguiram, sendo levados até a mesa qua atendia aos requisitos do cantor. - Sastisfeitos?

Todos os homens assentiram e se sentaram, vendo a senhorinha se distanciando.

- Esse lugar é muito bonito, Bakugou. Você tem bom gosto. - Tomura disse, acomodando-se em seu assento.

- Valeu. Vamos beber para comemorar? - O cantor indagou, erguendo sua taça com um chamapanhe para a degustação, e por conta da casa.

L.A VIBES. || TodoBaku.Where stories live. Discover now