Visitas do passado

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Inicialmente, o grupo não tinha um plano. O que poderiam fazer contra tantos homens armados que estavam chegando naquela cidadezinha nesse exato momento? Poderiam ser caçadores de recompensas, mas nem eles podiam desviar de tantas saraivadas de balas.

– E o plano? – sussurra Peach.

– Primeiro ficamos em silêncio. – responde Sebastian. – Não sabemos o que eles querem.

A gangue parecia ter no máximo dez pessoas e todos carregavam duas pistolas e dois rifles nas costas. Eles eram barulhentos e não tinham o mínimo de respeito possível pela cidade. Chegaram atirando para o céu, gritando, assoviando e rindo como se algo muito bom estivesse prestes a acontecer. Seus cavalos estavam usando máscaras tenebrosas e todos esses dez homens pararam no meio da cidade e desceram de suas montarias.

Alguns foram direto para a delegacia e era possível vê-los destruindo ainda mais o local. Alguns estavam entrando no bar e outros pareciam ser guarda costas de um homem alto com uma cicatriz horrenda no rosto. Esse homem provavelmente era o líder entre eles. Ele usava um casaco longo e até mesmo seu jeito de andar era amedrontador.

– Conseguiram algum dinheiro para comprar novos cavalos, Gregory? – diz o homem alto, olhando os cavalos do grupo.

Mesmo de dentro do armazém Peter conseguia ver as mãos de Gregory tremerem.

S-sim, senhor. – responde Gregory, gaguejando.

O homem observou os cavalos como se estivesse em um leilão. No começo ele pareceu impressionado, mas algo o fez mudar de ideia quando seus olhos se focaram na égua de Cassandra e logo depois no cavalo de Sebastian.

– Onde conseguiu esse animal mecânico?

Gregory não tinha resposta para isso e começou a tremer ainda mais.

– Fazia muito tempo que eu não via um desses. – o homem continua a fitar os cavalos e a andar para lá e para cá. – Assim como fazia muito tempo que eu não via esse cavalo preto de merda.

O homem sacou sua pistola e a girou nos dedos enquanto dava um sorriso.

– Pode sair de sabe-se lá onde você estiver, Sebastian Stavinsk.

– Droga... – resmunga Sebastian, colocando a mão no coldre.

Peter e as meninas o observaram, não sabiam o que ele iria fazer em seguida, mas iriam fazer o que ele mandasse.

– Não se esconda de mim! – diz o homem. – Vamos conversar e beber alguma coisa. Somos velhos amigos, não somos? – ele ri de forma forçada. – Ou tenho que matar esse seu cavalo para poder saber onde você está?

Foi possível ouvir o fora da lei colocando a mão no gatilho, mas antes que ele pudesse realmente apertá-lo Sebastian se inclinou na maior velocidade e atirou pela fresta do vidro quebrado, fazendo com que o disparo acertasse a arma do homem e a fizesse cair no chão.

– Aí está você! – ele ri. – Nunca gostou que tocassem em seu cavalo, não é mesmo? Agora sai daí, vamos conversar.

– Dez contra um não é uma luta justa, Ron. – responde Sebastian.

– Tem mais três pessoas com você, Seb. – diz o tal Ron. – Não seja mesquinho.

O olhar de Sebastian estava distante, ele claramente estava tentando pensar em um plano e seu olhar voltou-se para a porta dos fundos rapidamente e ele gesticulou para que os três a seu lado fossem para lá, mas Cassandra balançou a cabeça negativamente e ele continuou a apontar para a porta e a fazer uma careta irritada para ela.

Bounty HunterWhere stories live. Discover now