O primeiro trabalho

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Cassandra Tatsumi era o tipo de mulher que enganava por sua aparência, já que por fora ela era uma moça extremamente atraente, com belas maçãs do rosto, olhar hipnotizante e um corpo esbelto – não que Peter tenha reparado demais nela, mas era impossível não notar a beleza daquela mulher. No entanto, ela era alguém que podia te matar tão rápido quanto um piscar de olhos ou te enganar tão facilmente para roubar todo o seu dinheiro.

– Você ouviu o que eu disse? – pergunta a Tatsumi.

– Sim, claro. – diz Peter, balançando a cabeça em positividade.

Cassandra franziu as sobrancelhas perfeitas e deu alguns passos para frente, ficando mais perto de Peter, que colocou a cabeça para trás por causa da proximidade. Ele havia ficado nervoso.

– Se você estiver mentindo eu vou...

– Vamos, deixe ele em paz. – diz Sebastian, dando um gole na garrafa de uísque que tinha em mãos.

– Não me de ordens. – diz Cassandra, irritada.

O governador havia dito para que Sebastian e Cassandra explicassem para Peter o serviço que eles teriam hoje e foi isso que Cassandra fez e por isso ela parecia desconfiada por Peter não ter prestado atenção – tudo bem que foi uma tarefa árdua para ele se concentrar totalmente no que ela dizia, porque ele estava um pouco nervoso. No entanto, ele conseguiu prestar atenção na maior parte.

Muita coisa havia acontecido em pouco tempo e Peter ainda não tinha tido a oportunidade de absorver tudo tão rapidamente, até porque o rapaz não era um androide ou um ciborgue. Sua caixa de armazenamento era o próprio cérebro, que por si só, já era bastante lento para seu gosto.

– Esses braceletes – diz Cassandra, levantando o braço direito –, mostram que não somos qualquer corja da capital. Isso nos dá certa imunidade.

– Será se somos quase tão importantes quanto os guardas? – pergunta Sebastian olhando seu bracelete.

– Na minha perspectiva, somos melhores. – diz Cassandra, jogando o cabelo para trás. – Só estou aqui porque eu quis estar, caso contrário nenhum deles teria me capturado.

– Como você é convencida. – diz Sebastian, suspirando e revirando os olhos.

– Se você me irritar...

– Já sei, já sei. – interrompe Sebastian. – Você me mata.

Cassandra fechou a cara e cruzou os braços enquanto desviava o olhar. Pelo visto ela e Sebastian já não se davam muito bem e estavam juntos na capital tinha apenas dois dias.

– Vamos começar esse trabalho logo para que eu possa ir beber. – diz Sebastian, levantando-se da cadeira.

– Concordo com você apenas porque eu quero ficar longe de vocês o mais rápido possível. – diz a garota dos cabelos castanhos.

– Bom, você vai ter que se acostumar, vamos ser uma equipe até esse maldito contrato terminar. – diz Sebastian.

Cassandra não parecia muito contente com isso, mas Peter não se importava – afinal, essa era uma boa oportunidade na visão dele. Trabalharia para o governador por uma boa quantia e ainda teria imunidade na capital, isso era ótimo. Peter não tinha do que reclamar, isso era mais do que poderia pedir.

– E onde vamos? – pergunta Peter.

– Os criminosos estão perto da capital e pelo que soube estão planejando fugir pelo trem. – diz Sebastian. – Vamos pegar os cavalos nos estábulos e partir.

– E onde fica? – pergunta Peter. – É a primeira vez que eu entro na capital e eu não conheço absolutamente nada daqui. – diz o prateado coçando a cabeça.

Bounty HunterOnde histórias criam vida. Descubra agora