A primeira festa de Peter

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– Então quer dizer que vocês dois são forasteiros? – perguntou Amora Reinhardt enquanto caminhava na frente do quarteto.

Por conta do primeiro trabalho bem sucedido o grupo acabou tendo uma folga pelo resto do dia, o que fez com que a supervisora se oferecesse para mostrar a cidade para eles. No entanto, Sebastian conhecia a capital melhor do que Peter, pois já estava aqui a um tempo – mas claro, não se comparava ao conhecimento que Cassandra e Amora tinham da cidade.

– Sim, isso mesmo, supervisora. – responde Peter.

A garota olha para trás e esboça um sorriso antes de parar de caminhar e apoiar a mão esquerda na cintura.

– Vocês podem me chamar de Amora. Até porque acredito que temos a mesma idade, não é?

Peter assente e os dois trocam um sorriso.

– Vamos parar em algum bar nesse tour? – pergunta Sebastian, sem paciência.

– Por favor, me deixem em um bar. – diz Cassandra de forma irritada enquanto cruzava os braços e fazia uma careta.

– Não precisa do tour, não é mesmo? – pergunta Amora, que fitava Cassandra de cima a baixo.

Por alguma razão parecia que Peach e Cassandra não iam nem um pouco com a cara de Amora Reinhardt e Peter não entendia o porquê.

– Vamos continuar esse passeio agradável, por favor. – diz Peach, de uma forma agressiva.

Amora lhe esboça um sorriso e assente, o que faz com que o "tour" continue de forma tranquila mais uma vez – pelo menos, era o que Peter esperava.

A Capital Imperial era incrível e não era atoa que essa era a maior e mais populosa cidade do estado de Arcadian. Por aqui as coisas pareciam realmente funcionar, mas Peter sabia que nenhum lugar era perfeito e mesmo que ele quisesse ele sabia que isso jamais seria verdade.

Peter aprendeu com Cassandra nesse passeio que existia o submundo da capital dentro desses grandes muros tecnológicos. O Ainsworth não tinha certeza, mas era como se a Tatsumi quisesse lhe mostrar o pior lado da cidade nesse primeiro tour que estavam tendo, enquanto que Amora tentava mostrar o melhor. Parecia uma competição estranha para ver quem melhor conhecia a cidade, mas infelizmente – ou felizmente – o bracelete de Amora apitou.

– É a minha hora. – diz a morena. – O governador precisa dos meus serviços, mas continuem o passeio. Logo vamos nos ver de novo.

– Até. – diz Peach. – Não deixe ele esperando.

As moças trocam um sorriso forçado e Amora pega o primeiro táxi que lhe aparece, mas antes que o motorista dê a partida a garota coloca a cabeça para fora da janela e fita o quarteto parado na calçada.

– Antes que eu me esqueça. Hoje terá uma festa no meu apartamento e vocês estão convidados. Não é nada importante, é só para comemorar algumas coisas. Se quiserem ir, mandarei o endereço para seus chips.

– Bebida de graça? – começa Sebastian. – Claro que eu vou.

– Eu adoraria. – diz Peter, com um sorriso.

Cassandra e Peach simplesmente assentem e Amora esboça um sorriso antes de fechar a janela do táxi e o mesmo começar a voar. Os chips apitam e os quatro olham para seus pulsos, onde o endereço de Amora Reinhardt aparece por ali.

– Tomara que essa festa seja uma grande merda. – diz Peach.

– Qual seu problema com ela? – pergunta Cassandra.

– Vários. – diz Peach, jogando o cabelo para trás.

A ruiva encara a Tatsumi de uma maneira estranha por um momento e parecia estar lhe analisando completamente.

Bounty HunterWhere stories live. Discover now