VINTE E UM

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ZOE

Acordei sozinha, e na minha cama. Não sei que horas Santiago me trouxe para o meu quarto. Não gostei de ter acordado só, muito menos aqui.
Depois de todo o sexo que fizemos não imaginei que ele iria me tirar do quarto, talvez ele não goste de dormir acompanhado. Prefiro pensar que seja isso.
Levanto, tomo banho, escovo os dentes. Penteio o cabelo, visto um vestido curto florido de alcinha e minha sapatilha. Saio do quarto, no andar de baixo procuro por alguém, não a movimentação na casa. Não sei onde estão todos, as meninas provavelmente não saíram do quarto.
Decido caminhar, saio da casa e ando pelo quintal. Paro perto da enorme piscina, poderia nadar facilmente nela ainda mais com o calor que estava fazendo. Deixo-a para outro momento, continuo andando pelo rancho.
Não vejo sinal do Santiago em lugar nenhum, odeio ficar sozinha e ele praticamente me abandonou mais uma vez. Qual o sentido de estar num lugar desse se não tem ninguém para aproveitar com você.
Há uma trilha no meio das enormes árvores, me aventuro entre elas. Meus pés doem com a longa caminhada, mas sou recompensada pela vista. Vejo um grande lago, entre duas árvores há uma rede.
Sento-me na rede, retiro as sapatilhas. Observo o lago, sinto vontade de nadar mas não sei se posso.

— Está bem longe de casa. — assusto-me com Apollo.

— Qual a graça de chegar sorrateiramente?

— Não foi a intenção.

— Que faz aqui?

— Gosto daqui.

— É bem legal.

— Foi eu quem colocou a rede aí.

— Sério?

— Sim, gosto de ficar perto do lago.

— E, da para nadar nele?

— Claro.

— Eu poderia?

— Acho melhor não.

— Porque?

— Não estou autorizado a ficar perto de você.

— Tá brincando né?

— Falo sério. — responde. — Você vai acabar me trazendo problemas desnecessários.

— Como o que?

— Outro olho roxo.

Chego perto dele, Apollo está com o rosto machucado. Olho esquerdo roxo, lábio inferior cortado, há também um corte pequeno na sobrancelha esquerda.

— Não acredito que Santiago foi capaz de bater em você.

— Ele é capaz de muitas coisas.

— Desculpe-me, fui a causadora do seu machucado.

— Tudo bem, só mantenha distância.

— Mais uma vez eu machuquei uma pessoa. — digo mas para mim mesma.

— Zoe, está tudo bem.

— Você não entende, parece que sou um ímã para machucar os outros. — abraço-o pelo pescoço, sinto vontade de chorar.

— Pode me soltar? — pede.

— Sinto muito. — me afasto, seu perfume está no meu nariz.

Não havia me dado conta do quanto Apollo era cheiroso, seu cheiro amadeirado era bom.

— Gostei do perfume. — digo, sentindo uma formicação pelo corpo.

— Obrigado.

— Melhor eu ir.

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