22| ᴍᴜᴅᴀɴᴄ̧ᴀs ᴅᴇ ᴘʟᴀɴᴏ ᴍᴀɴᴀ

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Aproveitamos um pouco a praia cedo, Caique insistiu para pelo menos almoçar- mos por lá mesmo, fomos para um quiosque que fica perto da rua pro píer, a comida é gostosa e o preço é em conta. Comemos e conversamos, depois pegamos estrada, acabou que eu voltei dirigindo, passei no posto e coloquei cem reais de gasolina que ne completou o tanque. Minha mãe dessa vez foi no banco de trás, para dormir e meu irmão veio ao meu lado no carona.

Caique conectou o celular no som e começou a tocar uma música do Filipe Ret.

— Ela me inspirou fazer rap com violão sexo por diversão, ooo fiquei doido, vamos ver o novo stand- up do Whindersson — batuquei no volante — Comprei uma mansão com piscina, diga que me ama, vou te patrocinar, eu sou a melhoria...

Comecei a escutar eu cantando, olhei pro lado e era Caique, que tinha me gravado.

— Nem posta hein! — falei.

— Agora já foi. — ele deu de ombros.

— Coloca a 11. — falei e assim meu irmão fez. Só de escutar a voz dele já senti um arrepio.

— Nem falou seu sobrenome pra te acha no insta, pra ver se alguém que eu conheço te conhece, disse pra mim que foi bom me ver na pista, que pessoalmente é melhor que na internet. — meu irmão começou a gravar.

— Ela brinca com a postura do homem, joga na cara e depois ela some, diz que perde pra minha cara de tralha e que não acreditava que eu tava na 11, ahm... — cantei junto com ele — A cara do freio, que deixa ela louca, bem que te avisei que vou beijar sua boca...

Me empolguei com a música, cantando um pouco mais alto e arrancando o riso do meu irmão. Meu irmão terminou de cantar os 10 minutos da música junto comigo, depois de mais de uma hora de estrada percebi meu irmão quieto, o mesmo estava dormindo. Olhei o retrovisor central e o mesmo com minha mãe. O ruim de ser o motorista na viagem é que todo mundo dorme, menos você — ri com meus pensamentos.

Escutei os trap's que Caique colocou e cantei alguns e outros apenas escutei e fiz anotação mental de depois pesquisar e adicionar na minha playlist. Chegamos em Niterói era cinco e pouca da tarde, ainda pegamos um pequeno trânsito na serra. Estacionei o carro no estacionamento.

— Pega lá suas coisas Caique. — falei.

Ele concordou, pegou a chave com minha mãe e subiu de elevador. Pegamos a escada e descemos pra portaria, eu já chamava um uber e estava aguardando aceitarem a viagem.

— Obrigada filha, esse final de semana foi sensacional. — dona Suzana dizia — Posso dar um conselho de mãe? — assenti — Mantenha perto aquilo que você deseja, e que te faz bem. As vezes os pensamentos falam mais alto e ai tu tem que dar voz pro coração.

— Obrigada mãe. — lhe dei um abraço — Vou resolver o problema que arrumei.

— Isso, depois trás o rapaz para um almoço. — sorri para a mulher de cabelos castanhos claros e dentes alinhados. Seus olhos verdes pareciam brilhar.

Caique chegou com a mesma mochila que viajou. Olhei meu celular vendo que já tinha um motorista vindo.

— Tchau mãe! — dei um beijo na bochecha dela e me afastei dando espaço para Caique se despedir dela também.

— Tchau Coroa!

— Coroa teu cu, garoto! —ela deu um pescotapa no meu irmão.

Pedi um uber, para me adiantar logo, me despedi novamente da minha mãe um corola preto logo chegou e eu acenei já que era nosso motorista. Adentramos no carro, cumprimentei o motorista que parecia ter minha idade, seguimos viagem e em algum momento adormeci.

𝓟𝓸𝓭𝓮 𝓕𝓲𝓬𝓪𝓻  ||  L7nnonWhere stories live. Discover now