Capítulo 10

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O dia começou tranquilo, já estávamos em frente a casa de Amy a esperando para iniciarmos o que tanto queríamos fazer.

— Ela vai demorar muito? Tá quase na hora. — Diz Ashley já sem paciência.

Eu iria responder, mas vejo Amy já se aproximando do carro, ontem a noite não deu para ver bem, mas agora a luz do dia dava para ver perfeitamente, abaixo do seu olho havia um hematoma roxo e um pequeno machucado em seu lábio inferior e andava mancando um pouco.

Ela abre a porta do carro e entra atrás junto de Kendra e Vicki que estavam ali e Ashley ao meu lado na frente.

— Será que você está bem mesmo pra poder sair de casa? — Pergunta Vicki.

— Estou sim, mas o que chateia é o fato de não poder abrir a loja, minha tia ficou com medo e me mandou ficar sem aparecer lá na loja por medo de que aconteça outra vez, ela ficou com medo até de eu pisar pra fora de casa!

— Está tudo bem, nós iremos descobrir quem fez isso com você... É o trato. — Tento passar algum conforto.

Eu não queria dizer aquilo no final das contas, eu estava meio preocupada com aquela garota e não era só eu, as meninas também estavam, mas elas estavam disfarçando tão bem.

— Ok, vamos nessa! — Falo ligando o carro.

Nosso destino era o centro como sempre, tínhamos um alvo e poderíamos fazer facilmente arrancar aquela maleta daquele cara, mas não queríamos arriscar e então chamar Amy foi a melhor solução pelo fato de ela ter mais leves e nossa chance de sucesso era maior.

O caminho foi tranquilo mesmo tendo um trânsito daqueles, devíamos ter ido mais cedo para o centro, era horário de pico e todos estavam indo trabalhar então já sabe do que estou falando. Depois de um bom tempo chegamos ao nosso destino, deixamos o carro parado em um lugar qualquer e seguimos até um pequeno café na esquina.

Amy estava comigo enquanto as outras três se separaram em direções opostas.

— Achei que a gente íamos procurar por alguém nessa multidão e não tomar um café.

— O disfarce é o segredo de tudo, se ficarmos seguindo ele todas juntas podemos levantar suspeitas e então, nada melhor do que tomar um belo café enquanto investigamos algo.

— Juro que não tô entendendo...

— É o seguinte, quando as pessoas saem pra trabalhar, muitas delas toma café na rua. Acompanhei um pouco da rotina dele, toda manhã ele vem para esse café com a maleta em mãos, no almoço ele fica sem ela, mas na hora de ir para casa ele sai com ela e é a mesma coisa, horário de pico. E nesse exato momento ele já está vindo, ele está bem ali vindo em nossa direção.

Amy olha um pouco para trás e observa o homem. Ele era baixinho e careca, usava óculos e um terno chique, típico de quem trabalha em banco. Ele passa pela mesa onde estávamos e se senta a duas mesas da gente, ele estava bem atrás da gente, fora do meu campo de visão porém ele estava no campo de visão da Amy e então ela poderia analisar a situação e montar algum plano para arrancar aquela preciosa maleta dele.

O tempo foi passando e então percebi que ele havia se levantado e ido embora.

— E então? — Pergunto a ela.

— Estou bolando uma coisa, mas não sei se daria certo.

— Sou toda ouvidos, mas vamos esperar as meninas para falar sobre isso, vamos voltar pro carro que a partir de agora o resto é com elas, a nossa parte já fizemos.

Me levanto e Amy faz o mesmo, pago a conta e começamos a andar até o carro. Estava ansiosa para saber que tipo de plano aquela garota estava montando naquela cabecinha.

De repente eu sinto um puxão em meu braço, Amy estava me puxando com toda sua força para atrás de uma placa que estava ali, parecia que ela queria se esconder.

Ela mantinha seus olhos vidrados na multidão que passava, queria saber de quem ela estava se escondendo e também, era bem óbvio que ela não havia notado que estávamos praticamente coladas uma na outra. Seu corpo estava pressionado contra o meu e então eu conseguia sentir seu coração batendo, ele estava tão acelerado. Logo a vejo suspirando de alívio e ali, tenho a certeza que ela finalmente notou de como estávamos próximas, porém ela ficou imóvel olhando para mim, seus olhos eram um verdadeiro oceano.

Meus olhos se conectaram aos seus e seu coração a denunciava, estava prestes a saltar de seu peito, mas o meu estava no mesmo rumo então não tinha muito o que fazer, eu havia esquecido completamente do mundo ao meu redor e ela parecia ter feito o mesmo.

Abaixo um pouco minha cabeça e Amy se inclinava em minha direção, sabíamos o que iria acontecer, tínhamos a plena certeza do que iria acontecer ali mesmo, estava apenas alguns centímetros de acontecer e realmente estava ansiosa para saber o sabor de seus lábios.

Mais alguns centímetros apenas, mas acabou não acontecendo, a atenção de Amy foi tomada pelo meu celular que tocava sem parar em meu bolso, vendo isso Amy se afasta rapidamente e sai andando, provavelmente estava indo para o carro, pego meu celular e atendo.

— Ei, conseguimos mais um pouco de informações, voltaremos para o carro!

— Ok... — Falo prestes a desligar, mas não o faço após lembrar de algo. — Ah e Ashley! Você e as meninas conseguem achar um grupo de homens? Todos eles usavam jaquetas iguais com o símbolo de uma cobra na jaqueta!

Iremos tentar, mas depois queremos saber o motivo!

— Está bem, agora só tomem cuidado está bem? Amo vocês, tchau!

Eu teria que voltar pro carro junto com Amy, mas como eu iria encara-la depois do que aconteceu? Mas uma coisa eu percebi... Ela iria retribuir, eu tinha certeza, ela iria retribuir... Porém depois iria dar uma grande confusão!

POV Amy –

O que eu pensando? O que eu tenho na cabeça? Agora as coisas vão ficar cada vez mais constrangedoras!

Roubo ao DólarWhere stories live. Discover now