Capítulo 13

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POV Amy –

Finalmente eu estava em casa, longe do olhar de Sharon, longe das provocações da Vicki, longe da implicância da Ashley e longe das perguntas da Kendra. Estar em casa era como estar no paraíso para mim.

Ando pela casa e procuro por minha tia, não havia sinal alguma dela pela casa e então decido ir até a parte de trás da casa onde ficava o quintal e lá estava ela sentada em uma pequena mesa e acompanhada das nossas vizinhas em uma boa partida de cartas.

— Tô vendo que estão se divertindo muito sem mim. — Me aproximo por trás e deposito um beijo em sua cabeça.

— Amy querida, como foi o passeio meu amor?

— Foi bem tia, eu vou me deitar um pouco está bem? Qualquer coisa a senhora me chama!

Me afasto um pouco e entro em casa, ando pelo corredor até chegar ao meu quarto. Tiro meu casaco e o jogo em cima da cadeira que estava no canto e me deito. Só queria dormir um pouco, acordei muito cedo para acompanhar aquelas quatro e ainda por cima, estava com um pouco de dor, mas até que... Foi legal! Estava tão cansada e a cama tão macia que não demorou muito para que eu apagasse completamente.

Algumas horas depois:

Meu corpo estava tão pesado.

— Acho que dormi de mais...

Levanto um pouco a minha cabeça e tento olhar o relógio ao lado da cama e ele estava marcando exatamente oito e meia da noite.

— Caramba. — Me reviro até acabar caindo da cama. — Dormi muito.

Saio aos tropeços do quarto e vou indo até a sala onde encontro minha tia sentada no sofá assistindo televisão.

— Por que não me acordou? E a senhora desligou meu despertador?

— Ah, você parecia tão cansada que eu resolvi deixar, parecia que você precisava dormir durante um tempo e sim, eu desliguei o despertador para não incomodar você. — Ela dizia sem tirar os olhos da televisão.

— Sabe que uso ele pra acordar no horário certo dos seus remédios né? Desativou pra eu não pegar no seu pé!

Ela solta um suspiro e se vira para mim com um olhar como se pedisse perdão, solto um suspiro e vou até ela ficando de joelhos na sua frente.

— A senhora sabe que eu me preocupo, precisa tomar eles no horário certo para poder melhorar.

— Minha querida... Minha doce Amy... — Ela segura meu rosto. — Você colocou na sua cabeça que se eu tomar os remédios eu irei melhorar, mas na verdade eles só estão retardando um pouco a minha doença e eu aceitei já...

— Não fala uma coisa dessas por favor... As vezes pode haver uma chance... Eu só tenho você de família, não tenho mais ninguém então me recuso aceitar! — Minha voz saiu embargada.

— Eu já aceitei meu destino desde que o médico nos disse o resultado... Acho que fiquei tão perdida com isso que não percebi que estaria deixando você para trás... Sinto muito querida!

Sem dizer nada, apenas me lanço em seus braços com lágrimas em meus olhos e ela me aperta em seu abraço.

— Só me prometa uma coisa minha querida. — Ela me afasta. — Quero me prometa que quando eu partir, não fique presa ao luto, quero que você se entregue a vida com todas as suas forças e desfrute dela como se não houvesse amanhã, experimente coisas novas e lugares novos. Encontre pessoas que você queira dividir sua experiência de vida, pessoas que vão acompanhar você pra sempre independente da situação que se encontre... Pessoas que você possa confiar e o mais importante, encontre aquela pessoa para amar e que vai passar toda sua vida ao seu lado, uma pessoa que te ame cada vez mais a cada dia que se passa... Me promete isso minha querida?

— Sim... Eu prometo... — Falo antes de ser envolvida em seus braços mais uma vez.

— Sou grata por ter tido você em minha vida.

O silêncio tomou conta do lugar, não havia mais nada para ser dito ali, minha tia me lançou um último olhar antes de se levantar e ir para o quarto. Eu não conseguia pensar na possibilidade de viver sem ela e ela também já havia comentado comigo o fato de que estava sentindo que sua hora de partir já estava bem próxima... E eu não queria pensar no fato de que ficarei sozinha em pouco tempo.

Me levanto do chão e vou até o banheiro preparar meu banho, eu estava precisando daquilo e muito. A sensação da água entrando em contato com a pele era ótima, era como se ela levasse todos os seus problemas embora temporariamente.

Dia seguinte:

A manhã estava sendo tranquila, ainda estava muito cedo e eu queria passar cada momento com minha tia e por isso decidi preparar um café para ela e levar até seu quarto. Saio da cozinha carregando uma bandeja com uma xícara de café e um prato com algumas torradas com geleia que ela tanto adorava.

Bato na porta e recebo sua autorização para entrar, quanto entro sou recebida por um belo sorriso e então coloco a bandeja em seu colo para que pudesse comer tranquila.

— Hoje a senhora pode ficar aí tranquila que eu me encarrego de cuidar da casa.

Sinto que ela ia falar algo, mas não dei tempo para ela depositando um beijo em sua testa e saindo do quarto.

Passei um bom tempo tempo arrumando tudo, já estava na cozinha tentando fazer o almoço quando minha tia surge com a bandeja em mãos.

— O cheiro está ótimo, o que está aprontando?

— Alguma coisa que não vire carvão em pouco tempo. — Arranco uma risada dela.

Ela se senta na mesa logo atrás de mim e fica me observando até que eu terminasse, começo a colocar a comida no prato e levo para ela na mesa, faço o meu e me sento ao seu lado.

— Sei que não deve ter ficado tão bom quanto da senhora, mas já é algo!

Começamos a comer em silêncio até eu notar uma expressão séria em seu rosto e então fechando os olhos e respirando fundo.

— Tia tá tudo bem? Não gostou da comida?

— Não não, a comida está ótima querida é só que...

Não deu tempo para ela terminar até que caísse da cadeira, consigo segurar porém caio junto com ela.

— TIA!

Roubo ao DólarWhere stories live. Discover now