Roubo ao Dólar

Capítulo 44

Eu andava pelas ruas em pleno estado de transe sem saber mais o que fazer, elas simplesmente imploravam para que eu voltasse para casa e eu neguei... Fiz Ashley chorar, mas acho que não fiz só ela chorar, fiz todas elas chorarem pela minha decisão radical e minha consciência agora está pesada por causa disso, penso agora que eu estou sendo extremamente egoísta... Enxuguei o rosto de algumas lagrimas teimosas que acabaram caindo e continuei a andar normalmente como se nada tivesse acontecido. Eu mantive um novo caminho para ir e no momento eu precisava urgente de um lugar calmo para conseguir pensar.

Meia hora depois –

De tanto caminhar eu finalmente cheguei ao meu destino, olhei para a placa de metal que identificava o lugar e com um pequeno buquê de flores em mãos eu entro no lugar, no momento o lugar estava bem calmo e havia só algumas pessoas no momento então eu andei mais um pouco até parar de frente com uma placa de mármore.

— Oi tia... — Respiro fundo antes de continuar. — Eu trouxe essas flores pra senhora, eram as suas favoritas...

Eu me abaixo e deixo o buquê em frente ao seu túmulo, eu sabia que o cemitério onde ela estaria era bem calmo e me daria horas de paz para conversar com ela e pensar tranquilamente.

— Faz tempo que não venho aqui conversar com a senhora não é mesmo? Apesar que... Acho que só vim aqui uma vez depois que a senhora se foi... — Eu me sento no chão. — Tenho tantas coisas para perguntar para você, mas seriam coisas que eu queria muito saber a resposta e eu queria que a senhora estivesse aqui comigo... Sabe, aqui pessoalmente...

Deixo algumas lágrimas caírem enquanto abraço minhas pernas para obter algum conforto.

— Está acontecendo tanta coisa que a senhora nem sabe, muita coisa mudou desde que se foi e eu me sinto tão sozinha... Eu sinto falta do seu abraço, sinto falta dos seus conselhos, eu sinto falta de você... Sem você eu estou perdida eu não sei mais o que fazer em minha vida, eu tratei mal as únicas pessoas que se importavam comigo... — Mal conseguia falar por conta do choro. — Estou começando a pensar que eu perdi tudo, que eu estraguei tudo como sempre fiz...

Paro um momento para controlar meu choro e para respirar um pouco, e após conseguir me acalmar mais eu olho para cima e percebo o quanto o céu estava bonito.

— Tia... Você sabe se meu pai e minha mãe estão aí com você? Será que eles ficariam felizes em saber como estou agora? Queria muito que eles me vissem crescendo assim como a senhora viu, mas infelizmente eles não estão aqui... Eu tenho poucas lembranças deles sabe... — Solto um pequeno sorriso. — Será que a senhora poderia fazer um favor para mim? Se eles estiverem aí com a senhora, fala para eles não se preocuparem comigo e que eu estou bem, e diga pro meu pai que eu guardo o colar dele até hoje comigo e que eu não o tiro para nada e mesmo que eu não tenha muitas memórias deles eu irei continuar os amando muito com meu pai e mãe.

Eu me levanto do chão e passo a mão por cima do mármore.

— Eu tenho que ir agora está bem? Mas eu prometo que ainda irei voltar mais vezes para conversar com a senhora. — Falo me retirando dali.

Eu estava me sentindo mais leve, depois de ter desabafado tudo para ela, mas claro eu não estava totalmente leve por não conseguir seus conselhos igual antigamente, fiquei só um pouco triste por não conseguir também visitar os túmulos dos meus pais, eu nunca soube onde eles realmente foram enterrados ou se quer foram enterrados... Quando acontecia confronto entre gangues e os corpos eram achados, eles não queriam saber se a pessoa tinha família para lhe dar um enterro, a maioria tinha seu corpo incinerado e as cinzas jogadas em algum lugar por aí e essas pessoas não tinha nem direito a uma lápide para que seus parentes pudessem visitar e isso foi o caso dos meus pais... Um gangster e uma ex prostituta, nem deram um enterro a eles, só obtive certeza de suas mortes quando passou no noticiário, mas como eu ainda era criança, eu não entendia muito das coisas e ainda acreditava que eles iriam voltar para me buscar. Eu amava quando minha tia me contava a história de como os dois se conheceram, ela vivia dizendo que meu pai era um homem completamente diferente que mudou no exato que conheceu minha mãe, ela fazia prostituição para conseguir seu dinheiro e quando meu pai a conheceu, disse para sair daquela vida e que ele a daria uma vida digna de rainha... Minha tia dizia que nunca o viu tão apaixonada por uma mulher na vida e quando os dois finalmente ficaram juntos, depois de um tempo minha mãe descobriu que estava gravida e que meu pai havia ficado super feliz e quando nasci ele ficou um pouco triste pois sonhava em ter um menino, mas isso não deixou ele se abalar pois vivia dizendo que ganhou uma princesa e fazia muitos mimos para mim e minha mãe... Penso que eu teria uma vida muito feliz com eles se aquela maldita gangue rival não tivesse invadido nosso território para fazer uma guerra, eles foram diretamente em nossa casa para isso e atiraram nela, nisso tudo eles acabaram acertando minha mãe primeiro e com muito peso em tristeza meu pai me pegou no colo e correu, ele havia me levado diretamente para minha tia e depois disso eu nunca mais o vi... Depois disso eu havia conhecido o amor de família apenas da minha tia e por muito tempo achava que eu não iria conhecer outro tipo de amor até conhecer as meninas que me despertaram algo que eu não sabia o que era ainda, elas cuidaram de mim mesmo eu tentando expulsa-las da minha vida, mas agora eu sei... Eu realmente amo elas!

RECADO DA AUTORA

Olá meus amores, tudo bem com vocês? eu vim aqui hoje para fazer uma interação com vocês, eu queria muito saber o que estão achando da historia, se está do agrado de vocês ou se esperavam mais dela, se algo fugiu do padrão ou não, se vocês se decepcionaram com algum marco na historia e também saber qual das cinco é a favorita de vocês, quero que me digam tudo isso aqui nos comentários! Bom, foi isso, obrigada por lerem e pela atenção de vocês, abraços da autora de vocês!