3° Sequestrada.

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**Mônica**

Depois da ligação do meu pai eu desmaiei, fui acordar dentro do meu quarto.

Quem será que sequestrou minha irmã?

Será que vão machuca-la?

Será que aquela pirralha não deve ter dado um perdido e nos deixou preocupados?

Muitas coisas se passam pela minha cabeça, e quanto mais tempo se passa mais eu fico preocupada.

**********


Cinco Dias Depois...

Cinco dias já se passaram após o desaparecimento de Maisa minha irmã, a polícia ainda está continuando com as buscas.

Durante esses cinco dias parece que algo dentro de mim desmoronou. Não consigo comer, nem dormir. Uma tristeza profunda cresce dentro de mim, e oque eu fiz foi apenas ficar trancada nesse quarto.

Meus pais não querem que eu vá a escola por enquanto, eles estão com medo de eu ser raptada também. Estou dentro dessa casa sufocada de tanta tristeza, e todos os dias após o sumiso de Maisa meus pais brigam como cão e gato colocando um a culpa no outro. Nunca tinha visto eles desse jeito. Me tratam indiferente, como se eu fosse culpada pelo oque está acontecendo.

Quanto mais eu fico presa, mais a ansiedade e a tristeza me dominam. Ficar em casa com todos observando casa movimento que eu faço e ainda escutar meus pais discutindo e de mais pra mim!

Tomo uma decisão. Tomo banho e coloco meu uniforme escolar.

Eu sei que eu deveria ficar em casa, mas não estava aguenta tanta chatice e stress. Preciso ver gente, preciso aliviar minha mente, preciso desabafar com minhas amigas. Se Deus quiser não vai acontecer nada comigo.

Desço as escadas, e vou na direção da porta, giro a maçaneta da porta devagar.

Pai - Para onde você vai mocinha? - escuto a voz do meu pai atrás de mim.

Droga!

Sabia que se eu virasse ele não iria me deixar sair, ia ver a cara dele me repreendendo e eu ia acabar lhe obedecendo.

Com um gesto rápido e sem pesar muito abro a porta e corro, corro tão rápido que parece que meu coração vai saltar pela boca.

Pai - MOONICAAAAA!!!! - grita.

Cheguei até a portaria da mansão onde morava. Estava suada e bem ofegante. O porteiro me olhava sem entender nada.

Porteiro - Senhorita Mônica, você está bem? Onde está seu motorista pra leva-la?

- Abre logo esse portão PORRA!

Ele arregala os olhos e se apressa em fazer oque falei. Eu nunca tinha falado com ele desse jeito.

Continuo correndo, mas desta vez estou na rua. Paro um pouco pra recuperar o fôlego, realmente corri muito por um dia só!

Queria meu motorista agora!


Nunca sai sem motorista. Não posso ser julgada eu disse que era a filhinha do papai.

Enquanto eu recuperava o folego senti braços vindo por trás de mim e antes que eu pudesse fazer alguma coisa a enorme mão que segurava um pano branco tampou imediatamente meu nariz e minha boca. Respirei o cheiro forte que vinha do pano e não aguentei, acabei desmaiando.

**************

Abri meus olhos com um pouco de dificuldade, minha cabeça não parava de latejar. O meu cabelo estava no meu rosto, quando tentei levantar a mão para arrumar percebi que a mesma estava amarrada na cadeira onde eu estava sentada, meus pés também estavam amarados.


Minha memória voltou e lembrei que tinha sido sequestrada no caminho pra escola.

Minha boca estava livre! Ou seja: onde eu deveria está deve ser muito afastado de outras pessoas.

Comecei a reparar mais no local em minha volta. Era sujo, fedia a carniça, o chão era feito de contra piso, não tinha janelas. Há poucos metros em minha frente tinha uma porta de Aço.

O medo me consumiu, decidi ficar o mais quietinha possível pra pensarem que eu ainda estava desacordada.

Sai de meus pensamentos quando escutei a porta sendo aberta. Fechei os olhos rapidamente, meu coração estava tão acelerado, quando fui perceber as lágrimas já escorriam do meu rosto.

Bom... eu não sou uma menina tão corajosa.

Escuto seus passo se aproximando..

Xxx - Acordou princesinha? - passos - Porque fechou os olhos? - diz segurando meu queixo.

- Meu pai pode dar Milhões de Dólares se você me devolver, eu juro! - Ele rir - Estou com os olhos fechados, não vi seu rosto ainda, e não faço ideia que lugar seja esse, ele pagará sem pensar!

Dinheiro pro meu pai não é problema. Eles sempre querem dinheiro, não é mesmo?!

Xxx - princesinha, princesinha, abre o olho.

Permaneci com olho fechado, ele me dá um tapa forte no meu rosto me fazendo dar um gemido de dor, pude sentir o gosto do sangue.

Xxx - Abre a PORRA do olho! - disse impaciente.

Quando abri o olho vi um rapaz branco, seu cabelo era curto, tinha um dos olhos verde e o outro azul. Era bonito de rosto, vestia uma blusa de manga comprida folgada e estava de bermuda. Não o reconheço de nenhum lugar.

Xxx - Acha que eu quero dinheiro? Já tenho esse caralho todo!

- Me diz oque você quer! Eu posso conseguir! Eu juro!

Ele sorrir de lado e me olha fixado.

Xxx - Oque eu queria já consegui - ele deu as costas para mim e anda até a porta novamente.

Que?!


- Por favor! Por favor! Me soltaaaa!! - digo entre soluços e choro.

Xxx - já já eu volto, Mônica!

A porta se fecha.

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Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo Where stories live. Discover now