12°

4.1K 214 64
                                    


**Mônica**

8:00 manhã..

Eu estava deitada na cama, não me levantei pra nada, estava com dor, estava com raiva, triste, é uma mistura de sentimentos que as vezes é difícil de descrever. São tantas coisas que passam pela minha cabeça:

“Lucas está se vingando de mim só porque eu cortei o cabelo dele?! Isso é muito cruel!”

“Mas as minhas amigas também ajudaram,  porque só eu?”

“Eu humilhei ele na frente dos meus colegas de classe, e, o xinguei de bastardo!”

“Sei que errei, mas ele foi longe de mais! Além de me sequestrar, ainda está com minha irmã!”

Meu corpo está tremendo, estou suando frio, estou com medo. Fui violada de um jeito que nunca havia imaginado e o pior é que o motivo é mais banal do que pensei.

A porta se abre, olhei rápido para ver quem era, entra Dona Lurdes com uma bandeja de café da manhã e vários coisas para comer. Tampei meu rosto com a mão, não queria olhar para ninguém e nem falar com ninguém.

Lurdes – Mônica! Trouxe um monte de coisas gostosas pra você comer! – diz empolgada.

- Não quero comer! – contínuo na mesma posição.

Lurdes – Mas você precisa comer! – ela mexe no meu cabelo com a sua outra mão desocupada – Só um pouquinho...

Bato em suas mãos com raiva quase derrubando a bandeja.

- EU NÃO QUERO COMER!! QUE PORRA!! -  acabei de perceber oque fiz, e me bateu um arrependimento – Me desculpa Tia! – choro.

Ela coloca a bandeja em cima da cadeira e senta do meu lado na cama não se importando se os lençóis estavam sujos.

Lurdes – Vamos Mônica! Não deixa esse Pânico e o medo lhe dominar!! Seja forte!

- Ele vai vir essa noite de novo tia! Eu não sei se aguento, ele me machucou muito.

Eu puxo o lençol que estava me cobrindo mostrando meu corpo nú. Estava cheia de hematomas roxos e com as partes íntimas vermelhas e inchadas.

Lurdes – Querida eu vou dar um conselho pra você de todo o coração... não resista! Fique com ele e satisfaça suas vontades.

- Está dizendo para eu deixar ele me estuprar? – a olho com indignação.

Lurdes – Não. – ela segura minha mão – estou dizendo para fazer amor com ele, ou sexo! Não sei como vocês jovens falam, é melhor ceder do que ele te pegar a força.

Fiquei uns segundos pensando no que ela disse, realmente deve ter razão.

Lurdes – vai tomar um banho, irá melhorar eu garanto, vou pegar um remédio pra você também. – sorrir

- Não consigo levantar, nem andar, dói muito aqui em baixo!

Lurdes – Vou pedir para Betriny vir me ajudar a levá-la pro banheiro! – diz se levantando.

- NÃOOO!! – seguro seu braço – Por favor! Qualquer uma menos ela!

Lurdes – Tudo bem!

Dona Lurdes sai pra chamar alguém, voltou depois de um tempo acompanhada de uma mulher, trouxe um remédio para mim e preparou meu banho. Me ajudaram a chegar no banheiro e a entrar na banheira. Cheguei a um ponto que não estava nem aí para a minha nudes só pensava em aliviar minha dor.

Ao sentir a água tocar em meu corpo soltei um suspiro, era muito relaxante. Olhei para a mulher que estava distraída ajeitando alguns cremes na prateleira do banheiro e disse:

Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo Onde histórias criam vida. Descubra agora