26°

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**Mônica**

Ele é lindo.. sua pele bronzeada por natureza me inveja. Um homem fofo, engraçado e muito misterioso.

Estou olhando-o nesse momento e ele olhando a mim. Se aproxima em passos lentos e toca em meu rosto delicadamente, fecho os olhos para apreciar o toque macio de seus dedos.

Seus beijos calmos transformavam o momento cada vez mais mágicos.

Ele me empurra para trás me fazendo cair deitada na cama, sinto seus lábios em meu pescoço e solto um gemido baixo.

Seguro com força seu cabelo e nos beijamos com bastante intensidade, seu corpo apertava o meu e aos poucos ia me entregando ao momento.

Suas mãos descem até minha blusa e ele desabotoa os botões.

Meu corpo é beijado com carinho, sinto sua língua passar por meus seios que estavam rígidos pelo prazer.

Estou anestesiada.. não consigo fazer nada, apenas deixo que ele faça por mim.

Tão carinhoso.. tão bom.. tão especial..

Sua boca chega perto do meu ouvido e ele sussurra algo que apenas eu consigo ouvir:

Xxx – Seja apenas minha!

Me lembro do Lucas. Não posso ser dele!

Quando ele se aproxima para me beijar novamente eu viro o rosto.

Mônica – Não. Não posso! Desculpa!

Seus olhos me observam por alguns instantes, ficou decepcionado.

O amor de quase agora a pouco foi se transformando em ódio, suas palavras caíram como uma flecha sobre mim:

Xxx – Que pena! – pausa – Se não pode ser minha não será de ninguém!!

Seus braços me seguram com facilidade, me carrega no colo bufando e eu choro com medo do que ele iria fazer comigo.

Ele abre uma outra porta e me arremessa para dentro do cômodo vazio e escuro.

Xxx – Você merece ficar o resto da vida presa!! – diz bravo e fecha a porta com força.

Eu me levanto do chão e corro até a porta. Bato várias vezes na esperança dele abrir, gritava desesperadamente implorando que ele não me deixasse lá, mas nada adiantava.

Eu gritava tanto.. tanto.. tanto..

Fui balançada várias vezes enquanto gritava, escutei uma voz chamando meu nome. Abri meus olhos com um pouco de dificuldade, estava em um quarto, deitada na cama, dessa vez não era o de sadismo.

Meu corpo suava, passei minhas mãos que tremiam em meu rosto, tive um pesadelo horrível. Olhei para Lucas que estava parado de pé do lado da cama.
Mônica – Onde estou?

Lucas – De volta. Estava dormindo á horas!

Mônica – Desculpa.

Coloco a mão na barriga e relembro tudo oque eu tinha passado naquele lugar.

Lucas – Uma médica já te avaliou. Teve um aborto espontâneo, mas não ficou nenhum resquícios lá dentro. Pode ficar tranquila!

Tranquila? Não sei mais oque é isso.


Lucas – Você irá ficar aqui nesse quarto agora. Mas não tente nada estupido, meu quarto é logo ao lado!

Mônica – E minha irmã? – pergunto preocupada.

Lucas – Já foi. Está bem longe!- diz se retirando do quarto.

Não cheguei a falar com minha irmã, mas talvez seja melhor assim.
Tenho lembranças de Betriny, meu coração está triste. Pelo jeito dela sua vida sempre foi sofrida.

Tortura no Cárcere - Síndrome de Estocolmo Where stories live. Discover now