Prisioneira

Um longo caminho

Narradora

Dona Carmem recebeu a msg de Any, com sua localização, e ficou a acompanhando, mas percebeu que ela estava indo em uma direção totalmente ao contrário de sua casa. Ela disca o número de Any, e liga, mas toca e não atende, e fez isso mais algumas vezes. Desligando da última vez, ficando muito preocupada. Decidiu ligar para a polícia em momento de desespero.

Ligação on
— Departamento de Polícia, boa noite, com quem eu falo?

— Oi, me chamo Carmem, estou ligando porque estou muito preocupada com minha filha, ela me mandou sua localização, e está cada vez mais distante. Era pra ela vir aqui na minha casa, e está indo em um sentido totalmente ao contrário. - despeja todas aquelas palavras em tom de preocupação.

— Certo! Você já tentou ligar pra ela? - dona Carmem arqueia a sobrancelha em desapontamento.

— Sim, eu já liguei mais de 10 vezes, mas só toca, e ela não atende.

— Entendi - som de teclas - Dona Carmem, eu vou registrar a ocorrência, mas preciso que você venha até aqui pessoalmente com o celular que dá acesso a localização, consegue?

— Consigo sim, estou a caminho, até daqui a pouco - ela desliga o celular, e olha novamente a localização, que ainda está ativa, e vê que Any está ainda mais longe, quase fora do estado. Ela sai e vai as pressas para o departamento de polícia.

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Dentro daquele Uber, ela sente a vista escurecer, e perde os sentidos. A sensação que ela tem é de morte. De total morte. Não é como se ela soubesse como é morrer, mas ela imagina que seja parecido.

Marcos dirigi ainda mais rápido quando percebe que ela já está totalmente inconsciente. Pega o celular que está em seu colo, disca, e aperta para ligar e é atendido.
— Já estou com ela, ou pelo menos acho que é ela. - olha para trás confuso se certificando de que aquela mulher ali deitada estivesse alguma característica do que foi passado. O homem do outro lado da linha fala irritado

— Como assim "acha" que é ela? A patroa foi clara, se você errar, ela te mata. - fala encerrando a ligação. Marcos joga o celular no banco do carona e aperta o volante com a raiva tomando conta de si. É um tanto estranho para ele fazer isso. Ele sendo um pai de família, estava arruinando sua vida por causa de dívidas passadas. Um filme surge em sua mente.

Lembranças de Marcos On:

— Pai, joga mais longe, vai Pai - fala uma de suas filhas, mas marcos prendeu sua atenção a uma ligação no seu celular, respira fundo, olha pra sua filha, e da um sinal para que ela espere, e atende o telefone.

— Marcos? Finalmente te achei querido Marcos - uma voz feminina invade o seu celular, e Marcos estranha.

— Quem é? - a fala sai um pouco falhada.

— Você não lembra de mim? Estou ofendida Marcos querido. - ele volta a sua atenção para as meninas, engole em seco, e volta a sua atenção ao celular - Ficou mudo querido?

— O que você quer? - franze o cenho - Diga? - ele escuta uma risada vindo do celular.

— O que eu quero? Que pergunta mais idiota, não acha querido? - sua cara se fecha e uma preocupação está vindo aos poucos - Você está me devendo, ou esqueceu?

— Melissa, eu não estou mais nessa vida, o que ficou no passado, está lá no passado - já com a fala entrecortada, continua - Me deixa viver minha vida em paz - ela não deixa ele terminar de falar e corta ele

— Você sabe que dever pra mim, é uma dívida eterna, não sabe querido? - Marcos arregala os olhos - Você vai ter que me pagar, e eu preciso que preste muita atenção - ele arqueia a sobrancelha- Se você não fizer isso pra mim, sua família tão linda, que você tanto ama, estará morta - Marcos arregala os olhos, engole em seco, e sente suas pernas amolecerem ao ouvir tudo aquilo que Melissa estava dizendo. Para Marcos, a sua família é a coisa mais importante, e parecia que Melissa sabia disso.

— Melissa, pelo amor de Deus, tenha misericórdia, pelo menos uma vez na vida - ele escuta uma risada - Me Melissa, por favor, me deixa em paz.

— Você continua tão engraçado querido Marcos. NÃO ME DIGA NÃO - Melissa grita ao telefone - Você vai fazer por bem ou por mal, não queira que eu mate todo mundo que você ama.

— Tá bom Melissa, eu faço, fala de uma vez o que é - ele respira fundo.

— Bom menino. Cof Cof. Então, preciso que você sequestre uma mulher - Marcos arregala os olhos

Lembrança off

Marcos balança o rosto para despertar, olha pra trás, respira fundo, olha pra frente novamente e foca na estrada. O caminho é longo, porém com a rapidez que ele dirigi, diminui a distância do seu destino, e já consegue ver a enorme pista de pouso e decolagem de avião.

Ele estaciona o carro de qualquer jeito, apertando o freio de mão, e saindo do carro logo em seguida. Olhando tudo a sua volta, avista um avião vindo em direção a pista. O avião aterrisa, e em alguns minutos ele tem a visão de Melissa saindo do avião. Ele então abre a porta do carro, pega Any no colo, e vai de encontro a Melissa.

— Aqui está ela Melissa - ele entrega Any para um dos seguranças que estavam acompanhando Melissa - É tudo que eu consegui fazer - sua voz sai trêmula.

— Você sabe que não é a mesma da foto, não sabe querido? - Melissa fala dando de ombros - Mas ela deve servir - ela se vira para Marcos e da um tapinha em seu peito - Você é um homem de sorte - pega algo em sua bolsa - Tome esse dinheiro, vai precisar para sumir do mapa. - Marcos pigarreia, engole em seco, pega o pacote, analisa e em silêncio volta para o seu carro. Melissa que está atenta ao passos de Marcos, grita - Melhor queimar esse carro Querido. - ela se vira e vai a caminho do avião, entrando, e o avião fazendo a decolagem.

Marcos pega a bolsa de Any, e abre, achando o celular, respira fundo, desliga imediatamente. Agora tudo que ele tem que fazer é tentar se livrar de tudo e não ter seu nome envolvido nessa confusão.

Me contem o que vocês acham que vai acontecer com a Any? Coloquem suas teorias