Eu fui destinado a isso

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Josh Beauchamp

— Amber peça que preparem uma sala de cirurgia obstétrica por favor, vou fazer uma cesariana. - me viro para ela, e chego bem próximo do rosto de Amber cochichando - Certifique que você vai estar na sala comigo, e reserve um quarto privativo para a paciente - Ela assente e sai.

Eu sou um médico bastante renomado aqui nos Estados Unidos. Tenho vários prêmios. E ninguém imagina que estou envolvido com algo tão criminoso assim. Mas quando você é designado para isso, você não pode sair, a não ser morto. Então essa vai ser a minha sina, para o resto da minha vida. Eu nasci com esse destino. Meu pai pagou a faculdade de médico para atuar na máfia dele. Acabei amando a medicina, e levei esse dom muito a sério, já salvei várias vidas, mesmo o meu destino não sendo tão bom. Amber e mais algumas pessoas nesse hospital é cúmplice e me ajudam a burlar todos os protocolos. Isso é um tanto difícil, mas como tem uma pessoa em cada setor, as coisas dão certo. Já teve uma época que eu fazia sem pensar, como era minha obrigação, eu simplesmente fazia sem palpitar, mas hoje em dia eu já não quero mais fazer, só queria ter uma família e sumir do mapa, mas eu não posso ter uma família, não posso amar ninguém, porque essa pessoa vai ser condenada junto comigo.

Me desperto dos meus pensamentos e então vou para ala cirúrgica, no caminho assino algumas prescrições, mas sigo rumo ao meu destino.

Chego na ala cirúrgica, e já vou pegando uma roupa privativa, uma toca e máscara. Amber se aproxima de mim lentamente.
— Doutor, deu um problema, não temos sala cirúrgica disponível, eu disse que vc queria para estudos, mas não adiantou muito, todas estão ocupadas no momento. - eu franzo o cenho.
— Ferrou, ela precisa dessa cirurgia agora - penso um pouco mais - Já sei, Amber lembra daquela sala de hemodinâmica? - Amber assenti - Ela tem uma mesa cirúrgica, não tem?
— Tem sim doutor.
— Então leve-a para lá - Amber assente e se retira. Eu sigo até a sala, mas encontro com Taylor no caminho.
— Oi amor, fiquei sabendo que você já terminou seu turno, e eu também terminei o meu, você pode me levar para casa? - Taylor fala com uma voz manhosa, respiro bem fundo.
— Taylor, tenho uma cirurgia de emergência, pode ir sem mim - tento desviar dela, mas Taylor se aproxima.
— Mas qual? Eu não vi entrando nada na emergência. Posso participar também, aí eu te ajudo, e terminamos logo - fecho meu olho inclinando minha cabeça para a baixo e suspiro.
— Já tenho um auxiliar Taylor, agora deixa eu ir - sem pensar muito, ando rapidamente até um elevador, sorte que ele abre, e eu entro, apertando o botão para fechar, e finalmente estou longe daquela mulher pegajosa. Eu e Taylor ficamos algumas vezes, mas ela haje como se fôssemos namorados, mesmo eu já explicado para ela mais de 10 vezes que eu não quero nada sério. Vou acabar com isso de uma vez por todas. Saio dos meus devaneios quando a porta do elevador abre no andar indicado, saiu dali já encontrando Amber no corredor, ela se direciona até a mim, me puxando.
— Doutor, ela já está na mesa, está perdendo um pouco de sangue, mas já coloquei as medicações indicadas, e ela estabilizou. - chegamos perto da sala, eu observo ela pelo vidro, e me direciono a Amber.
— Então vou me lavar, garanta que não entre ninguém aqui nessa ala, pode inventar o que quiser. - abro a porta, mas antes de entrar olho para ela - Obrigada Amber! - e entro.

A cirurgia foi um sucesso, e o bebê estava muito saudável, Beatriz que vai ter que ter uns cuidados a mais, por causa da perca de sangue. Eu já estou me lavando para sair da sala quando avisto Mike no corredor, seco minhas mãos, e saio para falar com ele.
— O bebê está lá dentro, você já vai levá-lo?
— Sim, a Melissa precisa ir, e já está até atrasada, os compradores estão ligando toda hora. - respiro fundo ao ouvir aquelas coisas, mas sigo rumo a sala cirúrgica para pegar o bebê, Mike me segue. Pego o bebê no colo e dou para Mike segurar, pego um papel que era um documento de que Mike era pai do bebê, claro falso, só para ele poder sair. Fico olhando Mike ir embora com o bebê e repenso se quero viver mesmo, isso sempre vai ser muito difícil para mim.

Amber já está aqui, então levamos Beatriz ainda sedada para o quarto privativo, como de costume, prendemos Beatriz na cama, peço para Amber ficar ali a vigiando, não posso correr o risco de Beatriz acordar e me ver, então trato de sair dali. Já fora do quarto ligo para Melissa que me atende:

Ligação on:

Josh: Deu tudo certo, ela já está no quarto, estabilizada. Ela só vai precisar tomar algumas medicações.

Melissa: Muito bem Josh, bom trabalho. Eu já estou com a grana do bebê de ouro em mãos, você vai receber seu pix jaja, esteja atento.

Josh: Oh, okay, tchau.

Melissa: Espere, Josh.

Josh: Sim?

Melissa: Você tem algo para mim?

Josh: Não

Melissa: Que pena, jaja vou buscar Beatriz beijos querido!

Ligação off

Desligo incrédulo. Como ela tem a coragem de me perguntar isso. Essa mulher é um monstro. Balanço minha cabeça para sair dos meus devaneios. E continuo meu caminho, preciso urgentemente de um banho. Finalmente finalizo meu plantão e vou para a minha casa.

Capítulo curto. Porém Josh apareceu.

Gostaria muito de saber o que vocês estão achando da história. Podem ser sinceros. Comentem aqui

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