Não atravesse o meu caminho

179 21 4
                                    

Narradora

Já faziam mais de 4 horas que dona Carmem estava naquela delegacia, sentada em uma cadeira aguardando o rastreamento do celular de Any, ela se levanta, anda de um lado para o outro, senta novamente, fazendo esses movimentos varias vezes, até que é interrompida por um policial.

— Dona Carmem? - o policial chama, e dona Carmen caminha até ele. Ela percebe que ele não está com uma cara muito boa, ajeita a bolsa de lado, e o encara.

— Seja o que for, você pode falar logo, se não quiser me matar de tanta angústia. - aquelas palavras sai como jato, dona Carmem estava muito nervosa com toda aquela situação.

— Venha comigo, que o Delegado irá te explicar melhor - o policial fala, a conduzindo até a sala do delegado, ele bate na porta e abre, coloca a cabeça pra dentro - Dona Carmem está aqui senhor - o delegado assenti com a cabeça, o policial libera a passagem e dona Carmem caminha até a cadeira, se sentando em frente ao delegado.

— A senhora é mãe da Any Gabrielly Rolin Soares? - olhando alguns papéis ele pergunta para dona Carmem que lhe responde:

— Sim, sou a mãe dela, e se vocês puderem parar de rodeios e me falar logo o que vocês descobriram, eu vou agradecer - dona Carmem já estava nervosa com toda a demora, com todo aquele suspense.

— A gente não conseguiu rastrear o celular dela, o quer que esteja acontecendo com ela, algo ou alguem desativou o rastreador, fazendo com que não sabemos exatamente do paradeiro dela. Mandamos viaturas até o local onde vimos que ela ficou parada, mas eles não acharam nada por lá - dona Carmem já estava chorando com tudo que está ouvindo - Precisamos muito que fale nomes de amigos próximos dela, precisamos interrogá-los para ter mais pistas de seu paradeiro. - Dona Carmem o olha, e pega seu celular, lhe passando todas as informações necessárias.

——————————————————————

Enquanto isso, nos Estados Unidos...

Melissa pediu para que colocassem Any em uma espécie de cela, e foi para seu escritório resolver algumas pendências. O lugar em que Any ficou só tinha uma cama e um banheiro aberto, com pia e vaso. Lá tinha mais celas como a de Any, e dentro tinham mais mulheres, uma em cada cela. Aquele lugar era um mercado humano. Tinha mulheres de todos os países. Any ainda estava adormecida.

Melissa recebia uma ligação, quando escuta alguém bater na porta.

— Entra logo, Porra - fala entredentes - Fala logo o que quer e some daqui - ela fala olhando alguns papéis.

— Deixamos a moça lá na cela, como pediu. Mas, mas - ela o olha de rabo de olho.

— Mas o que caralho? - o cara em sua frente começa a estralar os dedos

— Mas César a estuprou denovo - ele desvia o olhar do dela. Ela bate na mesa com toda força, fazendo um barulho enorme.

— Chame César aqui AGORA! - o cara sai depressa da sala, deixando Melissa ali furiosa.

Melissa tem uma espécie de regras na casa: "Não pode ter relações com as mulheres que são presas ali". E isso todos sabiam de cor e salteado. César é trazido por dois homens sendo segurado.

— O que você pensa que está fazendo César? - ela o rodeia, parando em sua frente, coloca o dedo em sua testa. César faz uma cara de debochado.

— Estou comendo a putinha - Melissa da um tapa em sua cara, fazendo ele virar o rosto.

— Você sabe bem das regras, está cansado de saber, César. - ela anda até sua mesa, abre uma gaveta, tira um revólver. César arregala os olhos ao ver o que estava na mão de Melissa — Você sabe muito bem o que acontece com quem infringi as regras, não é Querido César? - ela se aproximo de César, chega próximo de seu ouvido, e sussurra - Adeus César - Coloca a arma na têmpora, fazendo César tremer, sem nem pensar, aperta o gatilho, estourando os miolos, fazendo o corpo de César cair no chão. Ela vai em direção a sua cadeira, se sentando, pegando uns papéis, mas escuta um suspiro, olha em volta e percebe que os homens estão ali parado estáticos.

— O que vocês estão esperando? - Levanta, colocando a mão na mesa os encarando.

— Sim senhora, estamos saindo - eles iam saindo sem o corpo, mas Melissa bate na mesa, chamando a atenção deles, que voltam e limpam a bagunça.

Melissa é bastante temida por muitos, ela é de uma facção criminosa no Brasil, e nos Estados Unidos se uniu a Máfia, e virou dona de um enorme império. Ela é intimidadora quando quer ser. Todos os que cruzam seu caminho, ficam marcados para sempre.

O capítulo foi curto hoje, mas espero que gostem.

Comentem o que estão achando da história!?

Beijos 😘

PrisioneiraOnde histórias criam vida. Descubra agora