Um momento interminável

143 15 2
                                    

Any Gabrielly Pov

Uma claridade me invade, fazendo meus olhos abrirem instantaneamente, demoro para me acostumar com a luz forte, mas finalmente consigo olhar em volta e estou no mesmo lugar, porém está muito claro. Não me importo e levanto para lavar meu rosto, e então que eu lembro de Beatriz, e resolvo ir até a grade chamá-la.

— Beatriz? - ela não responde, então não insisto, volto para a cama e me deito. Fico olhando para o teto, quando um barulho me chama atenção, sento na cama e fico prestando atenção. É barulho de passos, que se aproxima cada vez mais, deixando as donas dos passos a minha frente, era aquela mulher do avião.

— Oii querida, vim ver se está gostando da estadia? - ela encosta na grade e me olha debochada. - O serviço de quarto está aprovado? - a olho com cara de nojo, e não respondo, viro minha cabeça na direção contrário a ignorando. - Sabe que é falta de educação ignorar desse jeito. - ela abre um sorriso - Bom, se não quer conversar, tudo bem. Levanta daí logo, vamos sair. - a olho dessa vez, franzo o cenho, levanto e vou em sua direção.

— Não vou para lugar algum, a não ser para a minha casa - ela solta uma risada bem alta. - Estou falando sério. - retorno para a cama, mas me assusto com uma batida bem forte na grade, me viro para olhar.

— O que você pensa que é para falar desse jeito comigo? - a feição dela muda - Levanta logo daí Porra, você não vai querer saber do que eu sou capaz de fazer. - sinto um medo tão grande, que só obedeço. - Vira, que vou te algemar - eu demoro a virar e sinto meu corpo sendo girado com força e solto um gemido de dor, sinto as algemas prendendo minhas mãos, e sinto em meus pés também.

Ouço um barulho das grades, um homem bem mais alto que eu pega nos meus braços e vai arrastando. No caminho tento ver se tem alguma grávida, mas sem sucesso, não tinha ninguém. Passo por um lugar muito escuro, porém percebo que estou com um capuz, por isso está tudo escuro, como esse capuz veio parar aqui. É tão ruim não conseguir ver, porque parece que você está andando para nenhum lugar. E a caminhada para, algo me empurra, sinto um acolchoado, o que parece um banco de carro. Escuto buzinas e falatórios, estamos indo há algum lugar, será que estão me levando à um matadouro? Um medo me invade, e uma corrente elétrica se inicia no meu corpo arrepiando todos os meus pelos.

O barulho de uma porta se abrindo me deixa apreensiva, alguém me puxa, fazendo com que eu me levante rapidamente, e a caminhada se inicia de novo, vou correndo para seguir os passos, e a pessoa está indo tão rápido.

Depois de uma longa caminhada, sou sentada em algo parecendo uma cadeira, percebo um silêncio, então tento puxar o capuz da minha cabeça, mas me assusto com alguém me puxando com a maior força do mundo, e o meu braço dói depois disso, e mais caminhada, tropeço pelo caminho por causa das algemas na perna, e mais uma vez me colocam sentada. Mas algo me chama a atenção, as minhas algemas são retiradas, e o capuz também.

Olho tudo em volta tentando entender o que era aquele lugar. É iluminado por luzes roxas e rosa, em minha frente tinha um grande espelho, que dava para ver meu corpo inteiro, e é então que eu percebo que estou só de lingerie, o que é muito estranho, não senti ninguém tirando minha roupa. Meu desespero entra em ação, por que estou aqui? O que será que vai fazer comigo? São tantas perguntas sem respostas. Entro em desespero e uma lágrima escapa, escorrendo em meu rosto, quando uma voz feminina me assusta.

— Sem choro - viro meu rosto em direção a voz e avisto uma mulher que deve ter seus 20 e poucos anos, bonita, pele branca, e cabelo loiro . - Vira seu rosto para o espelho, e não faça nenhuma expressão, fique seria, se você chorar outra vez vai ter consequências. - sua voz é firme, então só obedeço, engulo o choro, respiro fundo e olho para o espelho a minha frente, encarando a mim mesma.

Aquele situação é muito estranha, eu estava ali já fazia um tempo, não entendo o motivo de estar ali.

Josh Beauchamp Pov

Depois de 2 dias atrás, eu decidi que iria mudar de vida, e que vou enfrentar meu pai, não quero mais fazer isso, e estou determinado. A primeira coisa que eu fiz foi ligar para meu pai e avisar da decisão, e o que me estranhou um pouco foi que ele não foi contra, e me apoiou, agora o meu problema vai ser Melissa, que por mais que meu pai fale para ela que tudo bem, tenho certeza que ela vai se opor, e vai ser contra, mas vou fazer o que for preciso para sair dessa máfia.

Hoje eu vou encontrar com Melissa no galpão, e revelar minha decisão. Me arrumo, pego a chave do carro e saio de casa, entrando no carro, dando partida indo a caminho do galpão.

A estrada estava a meu favor, e logo chego, estacionando o meu carro, desligo, e saio do mesmo, entrando no galpão. Encontro Bruces, que ao me ver, veio me cumprimentar.

— Beauchamp por aqui? Confesso que estou surpreso - sorrio sem mostrar os dentes. Bruces é o braço direito de Melissa, ele é capaz de tudo, mata, tortura, e faz tudo que Melissa manda.

— Olá Bruce, vim falar com Melissa, sabe onde ela está? - Bruce me rodeia, e para na minha frente.

— Hoje é dia da feira, ela está no mesmo lugar de sempre - ao escutar isso, me arrependo profundamente de ter vindo, quando estou pronto pra ir embora, esbarro em Melissa.

— Josh? O que está fazendo aqui? - sua feição é de dúvida. Eu não costumo vir aqui.

— Eu vim para conversar com você, mas eu vou embora, volto outro dia - eu falo e vou saindo, mas Melissa me para.

— Oh, não, pode falar, ainda tenho tempo, vamos para a minha sala. - coloco a minha mão no bolso e a sigo. O caminho é longo até a sua sala, faz um tempo que não venho aqui, eu me perderia fácil sozinho. Passamos por uma vitrine e alguém me chama atenção, uma mulher de peles marrom claro, cabelos cacheado, com um olhar triste, isso me hipnotiza, fico estático, mas sou despertado por Melissa.

— Gostou? - ela fala em um tom debochado. Viro meu rosto para encarar Melissa.

— Por que você faz isso com essas mulheres? - meu tom de fala é de puro desprezo e nojo. Eu posso ser bruto, ser arrogante, ser a pessoa mais difícil, mas tenho um coração bom, tenho ao menos piedade.

— Ahh querido, você sabe muito bem o que acontece aqui, não seja idiota e não faça perguntas bestas, e me responda o que perguntei, você gostou dela, né? - desvio meu olhar.

— Vim aqui para falar com você, pode ser? - Melissa solta uma risada, e segue o caminho, e eu vou indo atrás dela, mas minha cabeça fica pensando naquela moça linda. Ela é encantadora.

Chegamos na sala da Melissa, entro e sento em uma poltrona em frente a ela, que fica me observando.

— Vou direto ao assunto - falo a encarando - Conversei com meu pai, e ele foi totalmente a favor, então só vim te comunicar - ela me olha como se tentasse me decifrar - Eu estou saindo da Máfia - Melissa solta uma gargalhada, que chega a dar medo, mas mantenho minha postura.

— Você sabe que não é tão fácil assim né Joshua? - me levanto para sair - Pode continuar sentado, eu não terminei - me viro para a olhar - Você sabe que eu não facilito, eu preciso de você ainda.

— Melissa isso é um comunicado, eu não vim pedir sua opinião - seguro a minha respiração quando vejo sua feição mudar para brava.

— Então, você só ficará livre se ficar com alguma mulher daqui - a olho incrédulo - Você não vai sair daqui sem nenhuma consequência, vai ter um problema também, a não ser que queira perder a vida? - ela se aproxima de mim, colocando a mão em meu peito, e eu a fito com meus olhos - Não vou correr o risco de você me denunciar, você também vai ter um risco querido, afinal você faz parte de tudo isso também - não acredito que estou escutando isso.

— Melissa, não tem trato nenhum, eu já te disse, era só um comunicado - me viro para sair e escuto a gaveta bater, viro de volta e vejo Melissa com uma arma na mão. Engulo em seco.

🤧 confesso que estou perdida na história, mas espero que estejam gostando

PrisioneiraWhere stories live. Discover now