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Obito é descendente de uma família de alfas, mais especificamente de alfas puro sangue. Como consequência, acabou por ser um alfa puro. No entanto, esse Uchiha, no auge dos seus 18 anos, não é muito fiel ao modo de pensar e ver o mun...
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E mesmo após tomar tanto dos seus supressores de cio, também ter se passado horas que estava naquela situação, parecia que seu cio não diminuía nem sequer um pouco. Pelo contrário, pareceu aumentar ainda mais os sintomas tão conturbados que odiava. Deidara estava odiando isso e odiava ainda mais a sensação de carência e desejo tão descomunais que estava tendo desde o começo.
Se não houvesse pedido para a Ino trancar a porta do seu quarto por fora, seria possível que ele fugisse no meio do cio e no meio da noite.
Seu ômega interior estava descontrolado e tomou conta completamente. Agora, tudo o que ansiava era Obito. Nada mais. Seu corpo e mente implorava para ter aquele alfa puro imediatamente, queria engravidar dele agora, queria que fosse mordido, tocado, beijado e preenchido por tudo o que ele tivesse. Desejava tanto aquilo que seu interior se contorcia em dores e era como se fosse se romper se não tivesse Obito por perto logo. Essa era a pior parte do início de um cio: as dores e febre.
É tamanho desejo que o próprio corpo parece arder em brasa e o interior se contorcer pedindo para que fosse preenchido por quem queria. Logo, as dores se passam para o corpo inteiro quando não se tem o que deveria como uma forma de punição. Isso é um castigo do seu ômega interior por não lhe dar ou ter o que tanto quer.
Deidara nem mesmo raciocinar logicamente conseguia, apenas pensava que queria aquele alfa. Seu corpo inteiro ardia em febre e excitação, estava quase impossível permanecer quieto e por mais que se tocasse em todos os lugares possíveis, nada passava, continuava na mesma, no mesmo desejo incontrolável. Já estava até alucinando de tanta febre e dor.
O pior de tudo e que fazia piorar mais sua situação era que ainda parecia persistir o aroma do feromônio de Obito em sua cabeça. O aroma era tão bom, caloroso e excitante que não conseguia esquecer de forma alguma aquele alfa puro.
Deidara estava sentado no chão, enrolado com uma coberta e encarava a parede na sua frente. A parede tinha um buraco de punho no meio dela, ele tinha esmurrado quando o seu ômega interior saiu, ou melhor, o seu ômega esmurrou a parede por pura fúria e raiva por estar trancado naquele quarto.
O loiro encarava a parede com um olhar indescritível. Sua face estava vermelha de tamanha febre e ele suava de tanto calor que sentia. No quarto, feromônios ômega de cio densos e extremamente fortes pairavam pelo ar e estavam impregnados em todo o cômodo, até mesmo móveis e lençóis. Ele se encontrava em tal situação que se alguém lhe tocasse, ele desmoronaria no chão. Nem se manter sentado direito conseguia, muito menos se manter de pé, pois suas pernas estavam bambas. Todo seu corpo ardia e tremia levemente de maneira involuntária. Se alguém o tocasse, seria possível que essa pessoa seria atacada na mesma hora e isso era o ponto assustador.
Nunca tinha tido um cio dessa maneira, nunca tinha sentido tanta cobiça para uma pessoa na vida quanto estava sentindo para aquele alfa. Só em pensar nele o tocando já era motivo de se arrepiar completamente e seu corpo explodir de calor. Estava pior que um animal no cio, sabia muito bem. E era tudo culpa desse ômega tão comprimido que veio mantendo na surdina. Parece que passar tanto tempo contendo e suprimindo seus feromônios e instintos causaram sérios problemas para o seu ômega e ele era sedento... ou estava sedento, agora que despertou tão de repente.
