Capitulo Seis

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SINA CONKLIN

                     NA NOITE EM QUE STEVEN FOI EMBORA, DESCI COM BELLY para uma de nossas sessões de natação noturna, embora apenas Belly nadasse, desta vez eu iria entrar na piscina também. Usava um biquíni preto simples, só iria ficar ali parada. Encontramos Conrad, Jeremiah e Clay Bertolet, nosso vizinho, bebendo cerveja sentados nas espreguiçadeiras. Ele morava mais para baixo na nossa rua e frequentava Cousins Beach havia quase tanto tempo quanto nós. Era um ano mais velho que Conrad, mas ninguém gostava muito dele. Acho que só o chamaram porque não tinham mais alternativa.

Travamos na hora, enrolando as toalhas mais junto aos nossos corpos. Fiquei na dúvida se seria melhor voltar, porque Clay sempre me deixava nervosa. E eu não precisava nadar, isso sempre foi com a Belly mesmo. Mas não voltei, até porque Belly não voltou.

Ela se aproximou e eu a segui, Belly fingia confiança, e nós os cumprimentamos. Não tiramos as toalhas. Era estranho ficar ali de biquíni e toalha enquanto todos estavam vestidos.

Clay se virou para nós, estreitando os olhos. Ele olhou mais para mim do que para Belly, o que me incomodou.

— Oi Sina, oi Belly. Quanto tempo! — Ele deu uma batidinha na espreguiçadeira ao lado da dele. — Sentem aqui.

Olhei para Belly na esperança de que ela dissesse que já estávamos de saída mas ela apenas se sentou ali. Queria gritar com ela, mas apenas me sentei ali. Me recusava a deixar ela sozinha com eles.

Ele se inclinou e me deu um abraço, ele cheirava a cerveja e perfume caro. Depois abraçou Belly.

— E aí, como vão? — perguntou.

Conrad falou antes mesmo que alguma de nós pudesse responder:

— Elas estão ótimas. Mas já está na hora de dormir. Boa noite, garotas.

— Não vamos dormir agora, vamos nadar — Belly retrucou, fechei os olhos com força só querendo voltar para o quarto. Jeremiah e Conrad me olharam estreitando os olhos, dei de ombros.

— Acho que vocês deveriam entrar — interveio Jeremiah, largando a cerveja. — Sua mãe vai ter um treco se souber que vocês andaram bebendo.

O olhei com raiva e indignação, queria socar a cara dele.

— Quê? Eu não estou bebendo.

— Muito menos eu.

Clay estendeu sua Corona para Belly, dando uma piscadela.

— Então beba! — Ele parecia bêbado.

Belly hesitou, Jeremiah disparou, irritado:

— Não faz isso, cara. Belly é uma criança, pelo amor de Deus.

Belly o olhou feio e retrucou:

— Pare de falar como o Steven.

Belly parecia ponderar, aumentando minha indignação.

— Belly, você não é nem louca! — Sussurrei.

— Não quero, obrigada.

— Agora vai dormir, vai. — Conrad disse.

Suspirei vendo onde isso iria dar, e com toda certeza não era para onde eu queria estar.

— Somos dois anos mais novas que você — ela rebateu.

Clay riu, e senti seu hálito de cerveja. Fiz careta.

— Droga, minha namorada tinha quinze. — Então olhou para mim antes de se corrigir: — Ex-namorada.

HEAT WAVES | CONRAD FISHERWhere stories live. Discover now