Capitulo Oito

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SINA CONKLIN

          QUANDO ACORDEI NO DIA SEGUINTE, BELLY JÁ ESTAVA de pé. Troquei de roupa e desci, vendo minha irmã olhando para o telefone da casa, esperando. Lembrei dela trocando número com Cam, ela provavelmente deu o da casa.

Dei de ombros e fui para a cozinha tomar café, a casa estava silenciosa. Provavelmente, Jeremiah e Conrad não estavam, minha mãe e Susannah deviam estar ocupadas com alguma coisa e Belly, bom, ela estava ocupada demais encarando o telefone.

Fui para o deque depois do café e fiquei ali, pegando sol e lendo um dos livros que havia trago. As janelas estavam abertas e conseguia ouvir Belly murmurando alguma coisa para si mesma.

Coloquei bastante filtro solar, depois passei duas camadas de bronzeador. Não sabia se fazia sentido, mas achei melhor prevenir do que remediar. Misturei suco de cereja solúvel em uma garrafa de água, peguei meus fones e meu livro.

Enquanto fazia o suco, Belly me atualizou sobre a manhã. Conrad, graças a Deus, já tinha ido trabalhar. Mamãe e Susannah saíram cedo para uma de suas visitas às galerias de arte de Dyerstown e Jeremiah ainda estava dormindo. Isso explicava bem o motivo da casa estar tão silenciosa.

Estava bem divertido ficar ali quieta, não que eu falasse muito até porque eu preferia observar. Com os fones, não precisava ouvir Belly quase infartando perto do telefone e pude me concentrar apenas na leitura.

Isso até eu ter um pico de inspiração. Quase gritei quando a letra surgiu em minha cabeça e peguei o meu caderno, escrevendo as primeiras linhas. E então, a música veio com facilidade. Devia começar a tirar mais tempo para mim mesma, porque nunca me senti tão inspirada.

Belly me cutucou quando eu estava finalizando a música. A encarei e esperei que falasse o que queria:

— O Sr. Fisher acabou de ligar — arregalei os olhos na mesma hora. — ele queria saber da Susannah e dos meninos e eu disse que Conrad estava trabalhando e que Jeremiah estava dormindo. Disse que podia acordá-lo mas ele falou que não precisava, então perguntei se ele vinha este fim de semana mas ele disse que não.

Pisquei algumas vezes surpresa. O Sr. Fisher ainda não tinha nos visitado naquele verão. Ele sempre ia no fim de semana seguinte ao feriado de Quadro de Julho, porque era a época mais fácil para conseguir uns dias longe do escritório. Quando chegava, fazia churrasco o final de semana todo, sempre usando um avental. Fiquei me perguntando se Susannah ficaria triste por ele não ir, se os meninos se importariam.

— Você acha que os meninos e Susannah ficarão tristes por ele não vir? — Belly fez uma careta triste e pareceu pensar.

— Eu não sei.

— O que tá fazendo? — ela perguntou após alguns minutos de silêncio.

— Uma música nova, quer ver? — ela se animou e pegou o caderno.

Sometimes, all I think about is you
Late nights in the middle of June
Heat Waves been faking me out
Can't make you happier now

Ela sorriu e devolveu o caderno.

— Está realmente boa, mas pela letra tenho certeza de que foi pra alguém. Quem foi?

— Na verdade, não é bem pra alguém, eu só... escrevi pensando em algumas coisas.

Ela me olhou confusa e deu de ombros.

Ficamos em silêncio até ela voltar para dentro.

Assim que terminei a música, guardei o caderno e fechei os olhos. Acabei pegando no sono e acordei com jeremiah jogando gotinhas de refresco na minha barriga e Belly ao seu lado, segurando risada.

HEAT WAVES | CONRAD FISHERWhere stories live. Discover now