Capítulo 24

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Alícia Narrando...

Enzo me encarava, acho que esperando uma resposta, mas eu não sabia o que dizer, sabe aquele momento em que você fica sem reação pra lguma coisa. parece que seus sentidos sumiram. então, é assim que me sinto nesse momento. minha expressão fácil não estava das melhores, eu só queria abrir um buraco nesse chão agora, e me afundar nele.

– vo..cê. você está bêbado enzo, vá pra casa. _ apenas pronunciei isso.

– Não ali eu, eu am.. _ puf, ele caiu, encima de mim. Enzo desmaio, no meu colo. céus que homem pesado.

Não podia acreditar nisso. filho da mãe. que azar eu tenho. enzo cheirava a vodka. seu perfume ali não estava mais. estou quase caindo com ele. mas seguro firme, tirando forças não sei de onde. para o carregar até o sofá. que cretino. mas é claro que ele não está apaixonado por mim. só está bêbado. por um milésimo de segundo cogitei a ideia de ser verdade. juro que agora ele passou de todos os limites possíveis. não o aguento. quero matar esse cretino insuportável.

********

domingo 7 da manhã. e eu não dormi, não pude fechar os olhos com ele no meu apê. enzo ainda não acordou, segue dormindo feito um urso que inbernou. a raiva se fazia presente ainda dentro de mim. só não sei exatamente do que. se é por ele ter aparecido altas horas da noite na minha residência, ou por ter falado que está apaixonado por mim só porque está bêbado. e para ajudar acordei com uma cólica do cão. ou seja, com menos paciência que o normal. vou até ele, na sala. estou de pijama, calça e camisa.

– acorde Enzo, anda.

– me deixa dormir. só mais cinco minutinhos... por favor. _ com a voz embargada de sono ele respondeu.

– vamos, saia do meu apê. _ digo ríspida, sacudindo o mesmo. que mal se mexia.

– hã.. onde estou. alícia. _ enzo questionou, enquanto passava os dedos nos olhos para acordar.

– Não, a mãe joana. vamos levante. toma esse café. _ digo estendendo uma xícara de café quente e forte pra ele acordar de vez e sentir menos a ressaca.

– obrigada, mas.. como vim parar aqui. viemos juntos da boate._ pergunta. maneio a cabeça negando.

– Não, vim com a lavi. você sumiu da boate, e apareceu aqui horas depois. desmaiou no meu sofá, e te deixei ficar. só isso. _ vou até a cozinha e ele me segue.

– Não fiz besteira não né. _ Enzo quer saber, e claro que não vou contar que ele disse estar apaixonada por mim. se ele não se lembra. bom, pouco me importa. _ é mesmo é, sei.

E de novo meu subconsciente debocha de mim.

– Não. mas você precisa ir. vou receber visita daqui a pouco. _ minto, ele me olha, sorri de lado e fala.

– Em um domingo, a essa hora da manhã. conta outra alícia. você só não me quer aqui.

– Pense o que quiser! me agradeça por ter te deixado dormir aqui depois do seu desmaio. não beba tanto assim se não sabe, Enzo. ok. faça isso por você mesmo.

– Ok. estou indo. e a.. obrigada ali. _ enzo fala ainda sonolento.

*****

naquela manhã enzo se foi. e juro que o que eu mais gostaria é de ficar um tempo sem vê - lo. juro, minha cabeça está um mundo de confusão, de sentimentos nunca sentido. estou confusa. irei fazer de tudo e o impossível para não vê - lo por um tempo. o resto da tarde passou mais rápido que o previsto. e como todo domingo tedioso, não fiz nada. e logo a noite chegou. assisti a filmes de terror e comi muito chocolate, estou de tpm. precisava. também não recebi ligações de ninguém. apenas uma mensagem da minha mãe valeri.  avisando que amanhã chega na cidade, e que brevemente passará aqui pra me vê. estou com saudades. confesso.

ME ODEIA, OU ME QUER?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora