Em um vasto, mas ainda sim, pequeno mundo enigmático, escondido entre as estrelas por um estranho domo escuro, uma grande floresta se estende, ocultando seres fantasticos e belos, carregando a pureza de suas almas no completo branco em seus olhos. E...
Bem, eu não poderia começar a falar sobre os elfos sem antes citar a criatura que se prende a suas histórias e lendas.
Sua forma é singular, mas sua aparição sempre começa com a mesma história. Geralmente é quando um rei desconhecido, de um reino desconhecido é coroado com uma coroa bem incomum, com um formato bem bizarro e impossível de descrever em palavras, uma coroa que não deveria estar ali.
Segundo as historias, depois de sua coroaçã não demora muito para que o rei comece a ficar meio deprimido, fraco, tanto fisico quanto mentalmente, e depois de um bom tempo o rei acaba ficando insano, ouvindo vozes, criando um fanatismo pelo que parece ser um símbolo muito esquisito, que é conhecido entre os seis reinos como Funth, a marca dos loucos, uma maldição presa em pele.
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É normal que comece a murmurar nomes estranhos como Sunnrec e Valac, além de inevitavelmente acabar se cegando ou arrancando a sua própria língua. O rei fica em um estado de loucura tão bizarro, que acaba levando o seu reino a ruína em pouco tempo, é como se existisse algum tipo de maldição maligna e corrosiva, que corrompe todos que ousam se sentar em um desses tronos de madeira e colocar uma dessas coroas grotescas, de formatos indescritíveis.
• As coroas estranhas •
Há quem diga que essas coisas são uma espécie de ser abismal e parasitário, que não parecem ter um propósito claro, além de trazer loucura e miséria onde passam.
No fim, ninguém sabe de onde elas vem ou quem as criou, mas existem, e sempre vão continuar existindo enquanto ainda tiver um rei ganancioso a ser coroado.
• Profecias •
Surgirão profecias falando sobre uma criança que virá a nascer, dizem ser nascido do cadáver de uma Bruxa, um bebê bem estranho e de uma aparência bem desconfortante, meio pálido, com um rosto cheio de deformidades, lembrando vagamente o rosto de um bode, e olhos completamente escuros, tão escuros e profundos quanto o próprio abismo.
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• A loucura do reino •
O mais engraçado, ou não, é que os camponeses simplesmente não percebem que algo de errado está acontecendo, é como se ninguém conseguisse enxergar o mal presente nessas coroas e as coisas estranhas que estão acontecendo ao redor do reino.
Como os animais sendo mortos de formas misteriosas, as plantas começando a murchar e a soltar um odor ardente, as plantações simplesmente morrendo e as frutas ficando com um gosto horrível. E além disso, uma espécie indescritível de flor roxa surgindo ao redor de todo o reino. A estranheza não se limita somente ao solo, pois as pessoas acabam ficando mais e mais violentas, matando umas às outras sem motivos e de formas horríveis, além de um clima mórbido e pesado, compartilhado por todos os moradores do reino, inclusive o rei, que se perde cada vez mais em sua própria loucura.
Mas no fim, nada disso importa, pois só existe um destino ao reino que abriga uma dessas coisas amaldiçoadas. A miséria, a loucura e no fim, o esquecimento de tudo e de todos que um dia já tiveram uma vida lá, sobrando apenas as ruínas e cadáveres pútridos, e um cheiro de morte seguido de uma neblina de natureza profana, que fica espalhada por todo reino.
"E enquanto ao rei?"
Bem, ele acaba se transformando em algo nada natural, como se tivesse se tornado só um monte de raízes misturadas a sua própria carne e vísceras, cercado por fungos e flores, fazendo com que o rei fique imobilizado e em um estado mental catatônico, aprisionado para sempre em seu trono e em sua mente, tornando-se um só com a coroa.
