Uma noite - Jikook 🏳️‍⚧️ | Mpreg

|21| Hospital

#pandagravidinho 🐼

🌑🌘🌗🌖🌕🌔🌓🌒🌑

"Jungkook"

Minha cabeça doía. Meus ouvidos captavam os sons de vozes ao redor, mas meus olhos, além de embaçados, estavam fixos na imagem de Dahyun sendo colocada sobre a maca antes de ser levada até a ambulância.

ㅡ P-Por favor, para onde irão levá-la?

ㅡ Para o hospital Rowe, o senhor é algum familiar dela? A conhece?

ㅡ E-Eu... ㅡ desviei meus olhos para Dahyun, sentindo meu coração se despedaçar. ㅡ eu sou casado com ela.

ㅡ O senhor pode entrar, vamos levá-la logo, ela ficará bem.

Assenti, seguindo para dentro da ambulância. Me sentei ao lado do corpo de Dahyun, ela se mantinha desacordada.

Os paramédicos faziam os primeiros socorros enquanto a ambulância já se locomovia numa velocidade acima do comum. Vi quando rasgaram seu vestido e meus olhos se arregalaram quando um corte grande em quase todo o seu abdômen sangrou um pouco mais.

ㅡ Precisamos parar o sangramento. Se isso continuar assim, ela entrará em choque.

Ambos faziam tudo muito rápido. Eu continuava assustado, olhando-os, mas meus olhos desviaram para sua barriga ainda tão pequena, suja de sangue.

ㅡ E-Ela está grávida. ㅡ avisei, vendo como ambos me olharam rápido. ㅡ ela deve ter três ou quatro meses, eu não sei, mas estamos esperando um bebê.

Eles se entreolharam. O outro estancava o sangramento da cabeça de Dahyun.

ㅡ Tudo bem, mas só poderemos saber a situação do bebê quando chegarmos ao hospital.

Assenti, tremendo. Desviei os olhos para a mão dela e a segurei firme, tentando de alguma forma pedir para que ela se mantivesse viva.

Não me importava mais nada do que ela havia me feito naquele momento, eu não era um monstro para ficar feliz com seu sofrimento.

Ao contrário, ver a única pessoa no qual me envolvi desde a minha adolescência até o fim do meu casamento da forma em como agora ela está me assusta. Eu nunca a desejei um mal assim.

Quando enfim chegamos ao hospital, Dahyun é levada às pressas para a sala de emergência. Eu sigo ao seu lado o tempo inteiro, mas sou proibido de entrar quando a levam para uma sala reservada ainda na emergência.

Quando estou sozinho, olho ao redor, perdido.

ㅡ O que eu faço? ㅡ fungo, vendo como minhas mãos ainda tremem. Respiro fundo, buscando meu celular. ㅡ para quem eu ligo?

Tento buscar pelos contatos das irmãs da Dahyun, mas não me recordo do número e já não os tenho mais em minha agenda. Meu contato com minha ex-sogra não era bom, talvez nós tivemos nos falado apenas três vezes durante quase nove anos e somente porque Dahyun me levava consigo quando viajava para vê-la. Eu também não tenho seu contato.

Um único nome vem a minha mente, mas nego para mim mesmo, fungando mais uma vez para discar o contato de uma pessoa que não seja o meu ex-melhor amigo traidor.

Ouço chamar, me sinto nervoso, ainda estou parado em frente a sala, mas não consigo ver nada do que fazem lá.

ㅡ Que ela não morra, que não morra... ㅡ murmuro, arregalando meus olhos quando enfim a chamada é atendida. ㅡ Alô? Mamãe?! Mãe, por favor, me ajuda. A Dahyun, e-ela... Mamãe, ela...